Plaquetas: o que são, funções e valores de referência

Revisão clínica: Marcela Lemos
Biomédica
junho 2022

As plaquetas são pequenos fragmentos de uma célula produzida pela medula óssea, o megacariócito, e atuam principalmente no processo de coagulação sanguínea, sendo fundamentais para evitar grandes sangramentos.

O processo de produção do megacariócito pela medula óssea e fragmentação em plaquetas dura cerca de 10 dias e é regulado pelo hormônio trombopoietina, que é produzido pelo fígado e pelos rins.

A quantidade de plaquetas circulantes pode ser identificada através de um hemograma, em que são avaliados todos os componentes do sangue, incluindo as plaquetas, sendo útil para diagnosticar a trombocitose, que é quando existe excesso de plaquetas circulantes, e a plaquetopenia, que é quando há menores quantidades de plaquetas, o que aumenta o risco de sangramentos. Saiba mais sobre a plaquetopenia.

Imagem ilustrativa número 1

Funções das plaquetas

A principal função da plaqueta é formar o tampão plaquetário, que tem como objetivo parar o sangramento. Na ausência de plaquetas, podem ocorrer vários vazamentos espontâneos de sangue em pequenos vasos, o que pode comprometer o estado de saúde da pessoa. Veja como é que as plaquetas atuam para parar o sangramento.

Valores de referência

O valor de referência das plaquetas é entre 150.000 e 450.000/ mm³ de sangue. Valores acima ou abaixo do valor de referência podem ser indicativos de doenças, sendo importante investigar mais detalhadamente o motivo da alteração.É importante que o resultado seja avaliado pelo médico, que deve levar em consideração os outros resultados do hemograma e o resultado de outros exames que possam ter sido solicitados.

Alterações das plaquetas

De acordo com a quantidade circulante de plaquetas, pode ser identificado um aumento, chamado de plaquetose ou trombocitose, ou diminuição, chamada de trombocitopenia ou plaquetopenia.

1. Plaquetas altas

O aumento da quantidade de plaquetas, também conhecido como trombocitose, está normalmente relacionado a alterações na medula óssea, doenças mieloproliferativas, anemias hemolíticas e após procedimentos cirúrgicos, por exemplo, pois há uma tentativa do organismo em evitar grandes sangramentos. Conheça outras causas do aumento de plaquetas.

2. Plaquetas baixas

A diminuição da quantidade de plaquetas circulantes, também conhecida como trombocitopenia ou plaquetopenia, pode ser consequência de doenças auto-imunes, doenças infecciosas, deficiência nutricional de ferro, ácido fólico ou vitamina B12 e problemas relacionados a problemas no baço, por exemplo. Essa diminuição pode ser percebida por alguns sintomas, como sangramentos no nariz e nas gengivas, aumento do fluxo menstrual, manchas roxas na pele e sangue na urina, por exemplo. Veja mais sobre as plaquetas baixas.

Quando é indicada a doação de plaquetas

A doação de plaquetas pode ser feita por qualquer pessoa que tenha mais que 50 kg e esteja bem de saúde e tem como objetivo auxiliar na recuperação da pessoa que está em tratamento para leucemia ou outros tipos de câncer, pessoas submetidas à transplante de medula óssea e cirurgias cardíacas, por exemplo.

A doação de plaquetas pode ser feita sem qualquer prejuízo para o doador, já que a reposição de plaquetas pelo organismo dura cerca de 48 horas, e é feita a partir da coleta de sangue total do doador, que depois é processado no laboratório para que haja a separação das plaquetas.

A doação de plaquetas só é permitida para mulheres que nunca estiveram grávidas e para pessoas que não fizeram uso de aspirina, ácido acetil-salicílico ou anti-inflamatórios não hormonais nos 3 dias antes da doação.

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Escrito, atualizado e revisto clinicamente por Marcela Lemos - Biomédica, em junho de 2022.
Revisão clínica:
Marcela Lemos
Biomédica
Mestre em Microbiologia Aplicada, com habilitação em Análises Clínicas e formada pela UFPE em 2017 com registro profissional no CRBM/ PE 08598.