Plaquetas altas: o que pode ser, como identificar e como diminuir

Revisão clínica: Marcela Lemos
Biomédica
novembro 2022

A plaqueta alta pode acontecer devido à prática intensa de atividade física, estresse ou ser consequência do trabalho de parto. No entanto, o aumento da quantidade de plaquetas, chamada de trombocitose ou plaquetose, pode ser também indicativo de doenças, como anemia hemolítica, anemia ferropriva, síndrome mieloproliferativa ou leucemia, por exemplo.

A plaqueta alta normalmente não causa sinal ou sintoma, sendo identificada através do hemograma. É considerado plaqueta alta quando são identificadas mais de 450.000 plaquetas/ µL de sangue. Conheça mais sobre as plaquetas.

Assim, caso seja verificado aumento da concentração de plaquetas, é importante que o hematologista ou clínico geral seja consultado para que seja identificada a causa da plaquetose e, assim, seja possível iniciar o tratamento mais adequado.

Imagem ilustrativa número 2

Causas de plaquetas altas

As principais causas de plaquetas altas são:

  • Prática intensa de atividade física;
  • Trabalho de parto;
  • Estresse;
  • Uso de adrenalina;
  • Tabagismo;
  • Anemia hemolítica grave;
  • Anemia ferropriva;
  • Síndromes Mieloproliferativas, como Trombocitemia essencial, Policitemia Vera e Mielofibrose;
  • Sarcoidose;
  • Infecções agudas e crônicas;
  • Leucemia;
  • Após hemorragia aguda;
  • Após retirada do baço, conhecida como esplenectomia;
  • Neoplasias;
  • Colite ulcerativa;
  • Após operações.

É importante que a causa do aumento de plaquetas seja identificado para que o médico possa indicar a melhor opção de tratamento.

Como identificar

As plaquetas altas podem ser identificadas através da realização do hemograma, em que é verificada a quantidade de plaquetas circulantes, assim como das outras células do sangue e suas características. No entanto, para identificar a causa do aumento da quantidade de plaquetas, o médico pode indicar a realização de outros exames para confirmar a causa e, assim, ser iniciado o tratamento mais adequado.

Na maioria dos casos o aumento da quantidade de plaquetas não causa sintomas, no entanto em algumas situações, dependendo da causa, a pessoa pode apresentar náusea, vômito, tontura e formigamento das extremidades, por exemplo.

Valor de referência

O valor considerado normal de plaquetas é entre 150.000 e 450.000 plaquetas por mm³ de sangue. Assim, é considerado plaquetas altas quando são identificadas mais de 450.000/ mm³.

Como saber se o resultado está normal

Para saber se a quantidade de plaquetas está normal ou alterado, insira o resultado do seu exame na calculadora a seguir:

Erro
Erro
Erro
Erro
Mínimo admitido, pode alterar para o valor do seu laboratório
Erro
Máximo admitido, pode alterar para o valor do seu laboratório

Como diminuir as plaquetas altas

De acordo com a concentração de plaquetas no sangue, presença de sintomas e estado geral da pessoa, o clínico geral ou hematologista, pode recomendar o uso de ácido acetilsalicílico com o objetivo de diminuir o risco de trombose, ou hidroxiureia, que é um medicamento capaz de diminuir a produção de células sanguíneas pela medula óssea.

Além disso, caso a concentração de plaquetas seja muito elevada ao ponto de colocar a vida do paciente em risco devido à grande chance de formação de coágulo, pode ser recomendada a realização da trombocitoaférese terapêutica, que é um procedimento pelo qual se extrai, com o auxílio de um equipamento, o excesso de plaquetas, sendo, por tanto, capaz de equilibrar os valores de plaquetas circulante.

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Escrito, atualizado e revisto clinicamente por Marcela Lemos - Biomédica, em novembro de 2022.

Bibliografia

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  • LIFELABS CLINICAL LABORATORY. Burnaby Reference Laboratory. Disponível em: <https://lifelabs.azureedge.net/lifelabs-wp-cdn/2018/10/brl_ranges.pdf>. Acesso em 29 nov 2022
  • Siddiqui, T. I., & Dikshit, D. K.. Platelets and atherothrombosis: causes, targets and treatments for thrombosis. Current medicinal chemistry. Vol.20, n.22. 2779-2797, 2013
  • Deppermann, C., & Kubes, P.. Platelets and infection. Seminars in Immunology . Vol. 28, n.6. 536-545, 2016
Revisão clínica:
Marcela Lemos
Biomédica
Mestre em Microbiologia Aplicada, com habilitação em Análises Clínicas e formada pela UFPE em 2017 com registro profissional no CRBM/ PE 08598.