Exame de fósforo do sangue: como é feito, valores e resultados

Atualizado em dezembro 2023

O exame de fósforo é feito para monitorar a quantidade de fósforo no sangue, sendo solicitado pelo médico para monitorar doenças que afetam os rins ou o trato gastrointestinal.

Geralmente, o médico solicita esse exame juntamente com outros exames, como dosagem de cálcio, paratormônio ou vitamina D, por exemplo.

O fósforo é um mineral que pode ser obtido através da alimentação e auxilia no processo de formação de dentes e ossos, no funcionamentos dos músculos e nervos e fornecimento de energia. Veja para que serve o fósforo e onde encontrar.

Imagem ilustrativa número 1

Como é feito

O exame de fósforo no sangue é feito por meio da coleta de uma pequena quantidade de sangue em uma artéria do braço. A coleta deve ser feita com a pessoa em jejum de pelo menos 4 horas. Além disso, é importante informar o uso de medicamentos, como anticoncepcionais, antibióticos, como a isoniazida, ou anti-histamínicos, como a prometazina, por exemplo, pois podem interferir no resultado do exame.

O sangue coletado é encaminhado para o laboratório, onde será feita a dosagem de fósforo no sangue. Normalmente o médico solicita o exame de fósforo no sangue juntamente com a dosagem de cálcio, vitamina D e PTH, pois são fatores que interferem na concentração de fósforo no sangue. Saiba mais sobre o exame PTH.

O exame de fósforo no sangue normalmente é recomendado quando há níveis alterados de cálcio no sangue, quando há suspeita de problemas no trato gastrointestinal ou renal, ou quando a pessoa apresenta sintomas de hipocalcemia, como cãibras, sudorese, fraqueza e formigamento na boca, mãos e pés. Entenda o que é hipocalcemia e o que pode causar.

Valores de referência

Os níveis adequados de fósforo no sangue de adultos é entre 2,5 e 4,5 mg/dL, valores acima ou abaixo devem ser investigados e a causa tratada pelo médico.

No entanto, os valores porém variar de acordo com a idade e com o laboratório em que foi realizado o exame, podendo ser:

Idade Valor de referência
0 - 28 dias 4,2 - 9,0 mg/dL
28 dias a 2 anos 3,8 - 6,2 mg/dL
2 a 16 anos 3,5 - 5,9 mg/dL
A partir de 16 anos 2,5 - 4,5 mg/dL

O que significa fósforo alto

O fósforo elevado no sangue, também chamado de hiperfosfatemia, pode ser acontecer devido a:

  • Hipoparatireoidismo, já como o PTH se encontra em baixas concentrações, os níveis de cálcio e fósforo no sangue não são regulados adequadamente, já que o PTH é responsável por essa regulação;
  • Insuficiência renal, uma vez que os rins são responsáveis por eliminar o excesso de fósforo na urina, ficando, assim, acumulado no sangue;
  • Uso de suplementos ou medicamentos que contém fosfato, como laxantes, por exemplo;
  • Excesso de vitamina D, já que esse micronutriente é responsável por favorecer a absorção de fósforo a nível intestinal e sua reabsorção a nível renal;
  • Cetoacidose diabética, que pode acontecer em pessoas com diabetes do tipo 1;

O aumento do fósforo no sangue pode provocar calcificações nos olhos, pulmões, coração e vasos sanguíneos, aumentando o risco de ter infarto ou ataque cardíaco. Além disso, esse mineral remove o cálcio dos ossos, deixando-os mais frágeis e aumentando o risco de fratura.

O que significa fósforo baixo

O fósforo em concentrações baixas no sangue, também chamado de hipofosfatemia, pode acontecer devido a:

  • Deficiência de vitamina D, já que essa vitamina ajuda o intestino e os rins a absorver o fósforo, de forma que o déficit pode provocar uma diminuição do fósforo;
  • Má absorção, o que pode acontecer devido a uma diarreia crônica ou uma cirurgia a nível intestinal que dificulte a absorção de nutrientes;
  • Alcoolismo crônico, pois pode causar má nutrição e má absorção de nutrientes a nível intestinal;
  • Hiperparatireoidismo primário ou secundário, aumentando os níveis de PTH e diminuindo a concentração do fósforo no sangue;
  • Baixa ingestão de fósforo na dieta por períodos prolongado;
  • Hipotireoidismo e síndrome de Cushing, já que pode haver alteração na reabsorção de fósforo no organismo;
  • Uso de medicamentos, como os antiácidos de alumínio e magnésio, já que se unem ao fósforo ingerido, criando sais de fosfato que o corpo não consegue absorver.

Os níveis muito baixos de fósforo no sangue das crianças pode interferir no crescimento ósseo, por isso é importante que a criança tenha uma alimentação balanceada que envolva o consumo de alimentos ricos em fósforo, como sardinha, sementes de abóbora e amêndoas, por exemplo. Veja outros alimentos ricos em fósforo.