A encefalopatia de Wernicke é uma condição neurológica aguda, que pode causar sintomas como movimento involuntário, repetitivo e incontrolado dos olhos, dificuldade e perda do equilíbrio ao caminhar, e confusão mental.
Esta doença é causada pela deficiência da vitamina B1, ou tiamina, podendo estar relacionada a fatores como alcoolismo crônico, cirurgia bariátrica, anorexia nervosa e desnutrição grave, por exemplo.
Por ser uma emergência médica, na suspeita de encefalopatia de Wernicke, deve-se procurar o atendimento de urgência mais próximo. Assim, o médico fará o diagnóstico correto e indicará o tratamento, que é feito com a administração de tiamina por via intravenosa.
Sintomas de encefalopatia de Wernicke
Os principais sintomas de encefalopatia de Wernicke são:
- Nistagmo, que é o movimento involuntário, repetitivo e incontrolado dos olhos;
- Dificuldade na coordenação e equilíbrio ao caminhar;
- Alterações de humor;
- Confusão mental;
- Pressão baixa, ou hipotensão;
- Sonolência;
- Batimentos acelerados do coração.
A pessoa com encefalopatia de Wernicke também pode apresentar e neuropatia periférica, uma condição que afeta os nervos periféricos e que coordenam diversas funções no corpo, como sensação de dor ou movimentos musculares.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da encefalopatia de Wernicke pode ser feito pelo clínico geral ou neurologista, por meio de um exame físico, da avaliação dos sintomas e do histórico de saúde da pessoa.
Se deseja confirmar o risco de encefalopatia de Wernicke, marque uma consulta com o especialista mais perto da sua região:
Para confirmar o diagnóstico, o médico pode solicitar o hemograma completo, e exame de imagem, como ressonância magnética, para descartar outras causas com sintomas similares, como AVC e encefalopatia hepática, por exemplo.
Possíveis causas
A encefalopatia de Wernicke é causada pela deficiência da vitamina tiamina, ou B1, um nutriente que é essencial para o funcionamento do organismo e do sistema nervoso.
Assim, os fatores que aumentam o risco de encefalopatia de Wernicke são:
- Alcoolismo crônico;
- Desnutrição grave;
- Hiperêmese gravídica;
- Nutrição parenteral prolongada;
- Cirurgias bariátricas;
- Síndromes de imunodeficiência.
Câncer, doenças hepáticas, hipertireoidismo e anorexia nervosa grave, também aumentam o risco de deficiência de vitamina B1 e, consequentemente, encefalopatia de Wernicke.
Leia também: Vitamina B1 (tiamina): para que serve, quantidade e alimentos ricos tuasaude.com/alimentos-ricos-em-vitamina-b1Como é feito o tratamento
A encefalopatia de Wernicke deve ser feito pelo neurologista ou clínico geral e tem o objetivo de corrigir a deficiência de vitamina B no cérebro.
Por ser uma condição grave, o tratamento deve ser feito com internação hospitalar, onde o médico administra até 500 mg de tiamina pela via intravenosa, três vezes ao dia, durante 2 dias. Em seguida, o médico ajusta para uma dosagem de 250 mg de tiamina diária por 5 dias, por via intravenosa ou intramuscular.
Após a alta hospitalar, o médico recomenda a suplementação oral de tiamina, até que a pessoa não apresente mais riscos de deficiência desta vitamina. O médico também pode recomendar a suplementação de vitamina B1 junto com o mineral magnésio.
Possíveis complicações
As possíveis complicações da encefalopatia de Wernicke incluem:
- Lesão neurológica;
- Psicose de Korsakoff;
- Insuficiência cardíaca;
- Acidose láctica.
Algumas pessoas também podem desenvolver a síndrome de Korsakoff, um transtorno neuropsiquiátrico associado a distúrbios de memória a curto prazo e dificuldade para formar novas memórias e aprender coisas novas.
Essas possíveis complicações acontecem principalmente se a pessoa não for diagnosticada e tratada imediatamente.
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