Embolização: o que é, para que serve, como é feita (e cuidados)

Atualizado em março 2024

Embolização é um procedimento cirúrgico para bloquear o fluxo sanguíneo ou linfático em uma parte do corpo, sendo normalmente indicado para o tratamento de hemorroidas, aneurismas, próstata aumentada, mioma uterino ou tumores, como câncer de fígado ou pâncreas, por exemplo.

Esse tipo de tratamento tem como objetivo de impedir ou reduzir o fluxo de sangue ou linfa de forma proposital, eliminando conexões anormais entre vasos sanguíneos, interrompendo sangramentos ou impedindo o crescimento de tumores.

A embolização é feita no hospital pelo radiologista intervencionista com anestesia geral ou local com sedação, e utilizando diferentes substâncias ou materiais para bloquear total ou parcialmente veias, artérias ou vasos linfáticos.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve

A embolização serve para interromper o fluxo de sangue ou linfa, de forma total ou parcial, em uma parte do corpo, com o objetivo de prevenir ou interromper sangramentos ou bloquear o fluxo de sangue para um tumor ou uma área de tecido anormal.

Além disso, esse tipo de procedimento também pode ser indicado para eliminar conexões anormais entre vasos sanguíneos.

A embolização é feita pelo radiologista intervencionista no hospital, podendo ser necessário de 1 a 2 dias de internamento hospitalar após o procedimento.

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Quando é indicado

A embolização é indicada para o tratamento de:

  • Hemorroidas;
  • Aneurisma cerebral ou renal;
  • Mioma uterino;
  • Próstata aumentada ou varicocele;
  • Malformações arteriovenosas ou vasculares;
  • Câncer ou tumores, como câncer de fígado, pâncreas, cerebral ou próstata;
  • Osteoartrite no joelho;
  • Doenças renais policísticas.

Além disso, a embolização pode indicada nos casos de transplantes de órgãos, como o transplante renal, de forma a desobstruir vasos linfáticos que podem estar afetando o funcionamento do órgão ou do rim novo.

Leia também: Transplante renal: o que é, como é feito, riscos e recuperação tuasaude.com/transplante-de-rins

Como se preparar

Para se preparar para a embolização, deve-se informar ao médico se usa remédios anticoagulantes, pois o médico pode orientar suspender esses medicamentos alguns dias antes da cirurgia.

Deve-se informar também se possui alergia à anestésicos, contrastes radiológicos ou qualquer outro medicamento, substância ou alimento.

Antes de realizar o procedimento, o médico irá solicitar exames de risco cirúrgico, hemograma e exames de imagem, como hemograma, ultrassom, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, por exemplo.

No caso de fazer anestesia geral ou sedação, é recomendado fazer jejum absoluto, por pelo menos 6 horas antes da embolização, ou conforme orientação médica.

Como é feita

A embolização é feita no hospital pelo radiologista intervencionista, com aplicação de anestesia local com sedação ou anestesia geral, realizando uma fluoroscopia que é a utilização de um aparelho de raio X em tempo real para guiar o cateter até a artéria, veia ou vaso linfático que se deseja embolizar.

Para realizar o procedimento de embolização, o médico deve seguir alguns passos:

  1. Aplicar a anestesia local e a sedação, ou a anestesia geral;
  2. Realizar a assepsia da pele por onde o cateter será inserido;
  3. Fazer um pequeno corte na pele da virilha, pescoço ou braço na altura do punho ou cotovelo, por onde será introduzido o cateter de embolização;
  4. Inserir o cateter no vaso sanguíneo ou linfático;
  5. Aplicar o contraste radiológico através do cateter, visualizando sempre no raio X, para conduzir o cateter até o até o vaso que se deseja embolizar;
  6. Aplicar o material ou a substância de embolização no vaso para promover a redução ou interrupção do fluxo sanguíneo ou de linfa no local;
  7. Remover o cateter, fechar o corte e fazer um curativo no local.

A embolização geralmente dura cerca de 30 minutos, mas pode variar de acordo com a região a ser tratada e complexidade do procedimento.

Geralmente, é recomendado que a pessoa permaneça internada por 1 a 2 dias após a embolização.

O que é utilizado na embolização?

Para fazer a embolização o médico pode usar diferentes materiais, como pequenos balões, esponjas de gelatina, líquidos esclerosantes, esferas, microesferas, molas metálicas ou espirais, por exemplo.

Além disso, podem ser usadas substâncias químicas, como quimioterápico ou esferas radioativas, nos casos de embolização de câncer.

O tipo de substância ou material varia de acordo com a indicação médica.

Tipos de embolização

Os principais tipos de embolização são:

1. Embolização arterial

A embolização arterial é feita bloqueando ou interrompendo o fluxo sanguíneo de uma artéria em uma determinada região do corpo.

2. Radioembolização

A radioembolização é feita nos casos de câncer, utilizando esferas radioativas que são colocadas dentro da artéria, como a artéria hepática, para liberar radiação no local do tumor. 

3. Quimioembolização

A quimioembolização também é feita nos casos de câncer, como câncer de fígado ou pâncreas, por exemplo, utilizando quimioterápicos aplicados diretamente na artéria próxima ao tumor ou utilizando pequenas esferas com o quimioterápico na artéria que libera a medicação no local do tumor.

Leia também: Quimioterapia: o que é, como é feita, efeitos colaterais (e cuidados) tuasaude.com/efeitos-colaterais-da-quimioterapia

Cuidados após a embolização

A recuperação da embolização é rápida e a pessoa pode ter alta hospitalar no mesmo dia ou 1 ou 2 dias após o procedimento, o que varia com a condição de saúde e complexidade da embolização.

Geralmente, após a embolização o médico indica o uso de remédios analgésicos para aliviar a dor ou desconforto ou antieméticos para prevenir náuseas, sendo importante também evitar exercícios vigorosos ou levantar pesos, por pelo menos 1 semana após o procedimento, ou conforme orientação médica.

Além disso, é importante beber bastante água ou outros líquidos, exceto bebidas alcoólicas, e urinar com frequência para eliminar o resto do contraste.

Possíveis riscos

Os principais riscos da embolização são sangramento e infecção no local de inserção do cateter, formação de coágulos sanguíneos em vasos próximos ao local da embolização, deslocamento ou migração da substância ou material utilizado na embolização ou reação alérgica ao contraste utilizado.

Além disso, também podem ocorrer lesões nos vasos sanguíneos, infecções no órgão embolizado ou necrose de tecidos, especialmente quando é feita embolização em mais de um vaso, AVC ou cegueira, quando é feita a embolização cerebral.

Outra complicação que pode ocorrer é a síndrome pós-embólica, caracterizada por sintomas como náuseas, vômitos, perda do apetite e febre acima de 38.5°C, principalmente após a embolização de mioma ou embolização de tumores.

Leia também: Mioma uterino: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/o-que-e-mioma

Quando ir ao médico

É importante ir ao médico ou ao hospital se surgir:

  • Sangramento excessivo no local em que o cateter foi inserido;
  • Vermelhidão ou inchaço no corte na pele;
  • Náuseas e vômitos intensos;
  • Dificuldade para respirar;
  • Sangramento vaginal intenso;
  • Dor abdominal;
  • Febre.

Além disso, deve-se ir ao hospital imediatamente se surgirem sintomas de AVC, como falta de força num lado do corpo, fala embolada ou lenta, boca torta e sobrancelha caída, por exemplo. Saiba identificar os sintomas de AVC