Dor no esôfago: 7 principais causas (e como tratar)

Atualizado em setembro 2023

A dor no esôfago pode ser causada pelo refluxo gastroesofágico, esofagite, tumor, presença de divertículos, espasmo esofágico ou lesões na região.

Os principais sintomas provocados por estas doenças são dor no tórax, azia, refluxo, dificuldade para engolir ou sensação de bolo na região da garganta. Muitas vezes, a dor é intensa e confundida com doenças cardíacas, pulmonares ou musculares.

Por isso, é sempre necessária a avaliação médica para a realização de exames como endoscopia digestiva, manometria, ultrassom ou radiografia com contraste da região, que identificam as alterações na estrutura do órgão e permitem que o médico indique o tratamento mais adequado.

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Principais causas

As principais causas da dor no esôfago são:

1. Refluxo gastroesofágico

O refluxo gastroesofágico é uma situação em que acontece a volta do conteúdo do estômago para o esôfago, causando azia, gosto amargo na boca, tosse à noite, laringite recorrente e queimação no peito. Confira outros sintomas de refluxo gastroesofágico.

Como tratar: é indicado o uso de remédios para diminuir a acidez do suco gástrico, como Omeprazol, Pantoprazol, Esomeprazol ou Famotidina, por exemplo, sendo também necessário fazer mudanças de hábitos, como evitar alimentos que facilitam o refluxo, como frituras, gorduras, hortelã, pimenta, cafés, chás, tomate, alimentos ácidos, além de evitar comer muito, deitar logo após comer e usar roupas apertadas. 

Caso o refluxo gastroesofágico não seja tratado adequadamente, algumas das complicações possíveis são esofagite, esôfago de Barrett, estreitamento do esôfago e, até câncer.

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2. Esofagite

A esofagite é a inflamação do esôfago que pode causar sintomas como dor ou sensação de queimação no tórax, dor ou dificuldade para engolir, gosto amargo na boca e tosse. Conheça mais sintomas de esofagite.

A esofagite aumenta o risco de provocar o esôfago de Barrett, que surge quando as células inflamadas passam por uma transformação, chamada de metaplasia, para suportar a exposição frequente à acidez, e que tem risco aumentado de provocar câncer de esôfago.

Outras causas de esofagite incluem infecções por fungos, vômitos frequentes, uso de medicamentos como aspirina, anti-inflamatórios e antibióticos, como Clindamicina, hérnia de hiato ou ingestão de substâncias cáusticas ou ácidas, por exemplo.

Como tratar: se causada por por refluxos, o tratamento da esofagite também é feito com a inibição da acidez do estômago, com medicamentos como Pantoprazol, Omeprazol ou Famotidina, por exemplo, além das mudanças nos hábitos alimentares. Se causada por infecções, são indicados medicamentos como antibióticos, antifúngicos ou antivirais até a cicatrização da lesão. Já nos casos de irritação por medicamentos, substâncias ou radiação, pode ser necessária a dilatar o esôfago, caso a sua função tenha sido comprometida.

Veja mais detalhes sobre como acontece a esofagite assistindo ao vídeo a seguir:

3. Espasmo esofágico

Não se sabe com certeza qual a causa do espasmo esofágico, no entanto há fatores que podem desencadear uma atividade descoordenada desse órgão, provocando contrações dolorosas e anormais do esôfago, como por exemplo alimentos muito quentes ou frios.

Como consequência da alteração no funcionamento do esôfago, podem surgir alguns sintomas, como dificuldade para deglutir e dor no tórax, que podem acontecer durante o sono, piorar após as refeições, e serem acompanhadas de queimação, refluxo e dificuldade para engolir. Em alguns casos, a dor pode ser tão intensa que pode simular um infarto agudo do miocárdio.

Como tratar: a dor pode ser aliviada com antiácidos e, para controlar os espasmos, o médico pode indicar medicamentos como nitratos, hidralazina, bloqueador do canal de cálcio, toxina botulínica e ansiolíticos, por exemplo. 

4. Câncer de esôfago

O tumor no esôfago é raro, e na maioria dos casos, está relacionado à existência de doença do refluxo e esôfago de Barrett, entretanto, outros fatores de risco são tabagismo, consumo de álcool, lesão cáustica, infecção por HPV, obesidade e refluxo esofágico.

O principal sintoma do câncer de esôfago é a dificuldade para deglutir alimentos, que piora gradualmente, começando com alimentos sólidos e pode chegar aos líquidos. Outros sinais e sintomas que podem surgir são emagrecimento, rouquidão, dor ao engolir e anemia, o que pode fazer com que a pessoa sinta-se cansada. Veja como identificar o câncer de esôfago.

Como tratar: o tratamento é indicado pelo médico de acordo com o tipo e gravidade da lesão e, geralmente, inclui cirurgia para retirada do tumor, além de quimioterapia ou radioterapia. 

5. Acalásia

Acalásia é uma doença provocada pela lesão ou perda dos neurônios responsáveis pela inervação dos músculos do esôfago. Desta forma, o esôfago perde a sua capacidade de relaxar durante a deglutição e de realizar a peristalse, que são as ondas de movimentos do tubo digestivo formadas para levar o alimento no sentido sentido correto, até o estômago e intestinos. 

Assim, na acalásia ocorre uma dilatação e deformidade gradual do esôfago, que podem piorar com o tempo e causar sintomas como dificuldade para engolir, refluxo, dor no tórax e emagrecimento. Conheça mais sobre a acalásia.

Como tratar: apesar de não ter cura, o médico poderá indicar tratamentos para reduzir a pressão no esôfago e os sintomas, como nitratos ou hidralazina. As cirurgias de dilatação do esôfago ou miotomia são alternativas para facilitar o esvaziamento do esôfago nos casos mais graves. Em último caso, pode ser necessária a remoção do esôfago.

6. Divertículos esofágicos

Divertículos são alterações na estrutura do esôfago que, geralmente, são pequenos, mas podem crescer e se tornarem capazes de reter saliva e alimentos. Os sintomas surgem quando os divertículos esofágicos são grandes, provocando dificuldade para deglutir, mal hálito e aspiração de alimentos para os pulmões. 

Como tratar: pode ser indicada uma cirurgia para remoção do divertículos esofágicos mais volumosos ou que provocam sintomas.

7. Lesões no esôfago

Uma importante causa de dor no esôfago, apesar de rara, é a formação de lesões ou perfuração, que acontecem tanto pela presença de vômitos intensos, como durante procedimentos como endoscopia ou colocação de tubos nasogástricos, traumatismos em acidentes ou, até, devido à corrosão provocada por esofagite ou câncer. 

Em caso de lesão no esôfago, há intensa dor no tórax, que piora ao respirar ou tossir, e pode haver saída de sangue durante os vômitos. Também pode haver inflamação do mediastino, área onde ficam localizados outros órgãos importantes como coração e pulmões, o que é perigoso e pode colocar a vida da pessoa em risco.

Como tratar: é necessária a aspiração das secreções com sonda, uso de antibióticos e evitar comer até a cicatrização das lesão. Quando o ferimento é grande ou não pode ser contido, é indicada a cirurgia para correção..

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