Dor no coração: 8 principais causas e o que fazer

Atualizado em março 2024

A dor no coração é quase sempre associada ao infarto. Essa dor é sentida como um aperto, pressão ou peso sob o peito de duração de mais de 10 minutos, que pode irradiar para outras regiões do corpo, como as costas ou braços, e geralmente está associada ao formigamento nos braços.

No entanto, a dor no coração nem sempre significa infarto. Há outras condições em que o principal sintoma é a dor no tórax, em região do coração, como costocondrite (inflamação na região das costelas), arritmia cardíaca, alterações intestinais gerando gases e até mesmo, transtornos psicológicos, como ansiedade e síndrome do pânico. Saiba o que pode ser a dor no peito.

Quando a dor no coração durar mais de 10 minutos e/ ou vier acompanhada de algum outro sintoma como tontura, suor frio, dificuldade para respirar, sensação de aperto ou queimação no peito e dor de cabeça intensa, é importante buscar ajuda médica para que o diagnóstico e o tratamento sejam estabelecidos o mais rápido possível.

Médica auscultando o coração de uma mulher idosa

O que pode ser a dua dor no coração

Para identificar a possível causa da dor no coração e no peito, responda às questões a seguir:

A2
A dor tem piorado com o tempo?

Esta ferramenta deve ser usada apenas para identificar a possível causa da dor no coração. Por isso, não deve substituir a consulta com o médico, que é o responsável por confirmar o diagnóstico e recomendar o tratamento adequado.

Principais causas

A seguir indicamos as causas mais comuns da dor no coração e o que fazer em cada situação:

1. Excesso de gases

Geralmente esta é a razão mais comum de dor no peito, não possuindo relação com nenhuma condição cardíaca. O acúmulo de gases é muito comum em pessoas que sofrem com prisão de ventre, em que o excesso de gases empurram alguns órgãos abdominais e fazem com que haja sensação de dor em pontada no peito.

O que fazer: para eliminar o excesso de gases pode-se fazer uma massagem na barriga, com movimentos circulares e de cima para baixo, ou deitar no chão, flexionar os joelhos e pressionar sobre o abdômen.

Além disso, pode-se consumir alguns chás que ajudam a melhorar o funcionamento do intestino, evitar o acúmulo de gases e promover a sua eliminação, como o chá de erva-doce e o de hortelã-pimenta. Confira algumas opções de remédios caseiros para gases.

2. Ataque cardíaco

O ataque cardíaco é normalmente a primeira opção quando se trata de dor no coração, apesar de raramente ser de fato um infarto apenas quando se sente dor no coração. É mais comum em pessoas com pressão alta, com idade superior a 45 anos, fumantes ou com colesterol alto.

O infarto ou ataque cardíaco é sentido normalmente como um aperto, mas também pode ser sentido como furada, pontada ou queimação que pode irradiar para as costas, mandíbula e braços, causando sensação de formigamento. Veja como identificar o infarto.

O que fazer: na suspeita de infarto, é fundamental que a ambulância seja acionada ou a pessoa seja encaminhada para o hospital ou pronto-socorro mais próximo para que os primeiros socorros possam ser iniciados. No caso de perda de consciência, além de acionar a ambulância, é indicado iniciar a massagem cardíaca. Confira os primeiros socorros na suspeita de infarto.

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3. Costocondrite

A costocondrite é caracterizada pela inflamação das cartilagens que ligam as costelas ao osso esterno, que é o osso localizado meio do peito, que pode acontecer devido à má postura, artrite, atividade física excessiva ou respiração profunda. A depender da intensidade, a dor da costocondrite pode ser confundida com a dor sentida no infarto. Conheça mais sobre a costocondrite.

O que fazer: nesse caso, é recomendado ficar em repouso e fazer uma compressa morna no local, pois assim é possível diminuir a inflamação e os sintomas. No entanto, em alguns caos, principalmente quando a dor é muito forte e constante, o médico pode recomendar o uso de medicamentos anti-inflamatórios.

4. Pericardite

A pericardite é a inflamação no pericárdio, que é a membrana que reveste o coração. Essa inflamação é percebida por meio de dor muito forte que pode ser facilmente confundida com as dores do infarto. A pericardite pode ser causada por infecções ou surgir a partir de doenças reumatológicas, como o lúpus, por exemplo. Conheça outras causas da pericardite.

O que fazer: é indicado que o cardiologista seja consultado para que seja iniciado o tratamento mais adequado, que pode variar de acordo com a causa, podendo ser recomendado o uso de antibióticos, analgésicos e/ ou anti-inflamatório não esteroide.

5. Isquemia cardíaca

A isquemia cardíaca, que pode levar ao infarto ou a angina, é a diminuição da passagem de sangue pelas artérias por conta da presença de placas que acabam por obstruir o vaso. Essa condição é percebida por conta da dor forte ou sensação de queimação no peito, que pode irradiar para a nuca, queixo, ombros ou braços, além de palpitação, mal estar, náusea. Veja como identificar a isquemia cardíaca.

O que fazer: o médico pode indicar o uso de medicamentos para reduzir os batimentos cardíacos, dilatar os vasos sanguíneos e/ ou controlar a pressão arterial, além de ser recomendada a prática de atividade física e a alimentação pobre em gordura.

6. Arritmia cardíaca

A arritmia cardíaca é a frequência inadequada do ritmo cardíaco, ou seja, batimentos cardíacos acelerados ou lentos, além de sensação de fraqueza, tontura, mal-estar, palidez, suor frio e dor no coração.

A arritmia pode acontecer tanto em pessoas saudáveis quanto naquelas que já possuem uma doença cardíaca instalada e tem como principais causas pressão alta, doença coronariana, problema na tireoide, exercício físico intenso, insuficiência cardíaca, anemia e envelhecimento. Conheça mais sobre a arritmia cardíaca.

O que fazer: o tratamento para arritmia cardíaca recomendado pelo cardiologista pode variar de acordo com a gravidade e causa da arritmia, podendo ser indicado o uso de medicamentos ou, em alguns casos, o uso de marcapasso para os casos de bradicardias e ablação nas taquicardias.

7. Síndrome do pânico

A síndrome do pânico é um transtorno psiquiátrico em que há crises repentinas de medo que provocam sintomas como falta de ar, suor frio, formigamento, perda de controle sobre si mesmo, zumbido no ouvido, palpitações e dor no peito. Geralmente essa síndrome ocorre mais em mulheres, no final da adolescência e início da vida adulta.

A dor sentida na síndrome do pânico pode ser confundida com a dor do infarto, porém existem algumas características que as diferenciam. A dor na síndrome do pânico geralmente é contínua, concentrada no peito, tórax e pescoço e está bastante associada a situações de medo, estresse, ansiedade. A dor do infarto é mais forte, pode ser irradiada para outras regiões do corpo e dura mais que 10 minutos, porém não dura por muito tempo e pode ir e voltar ao longo das horas. Saiba como reconhecer a síndrome do pânico.

O que fazer: é importante seguir a orientação do psiquiatra, que normalmente envolve o uso de medicamentos antidepressivos e ansiolíticos, que ajudam a promover o alívio dos sintomas, além de ser importante também fazer psicoterapia com regularidade.

8. Ansiedade

A ansiedade pode deixar a pessoa improdutiva, ou seja, incapaz de realizar tarefas simples do dia a dia. Em crises de ansiedade há aumento na tensão do músculo das costelas e aumento nos batimentos cardíacos, o que faz com que haja sensação de aperto e dor no coração.

Além da dor no peito, outros sintomas da ansiedade são respiração rápida, batimentos cardíacos acelerados, náuseas, alteração no funcionamento do intestino e muita transpiração. Conheça outros sintomas de ansiedade.

O que fazer: dependendo da intensidade, é possível aliviar os sintomas de ansiedade através de chás calmantes, como o chá de camomila ou o de tília, por exemplo. No entanto, quando as crises de ansiedade são frequentes, o médico pode indicar o uso de ansiolíticos ou antidepressivos, acompanhamento com psicólogos e atividade física.