Discinesia: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em setembro 2023

Discinesia são movimentos anormais e involuntários que podem afetar partes do corpo como a face, tronco ou membros, podendo causar sintomas como tremores, espasmos e/ou torções difíceis de controlar e posturas incomuns com o corpo.

Estes movimentos anormais são causados por alterações do funcionamento de áreas do cérebro que controlam os movimentos devido a efeitos colaterais de alguns medicamentos ou doenças, como paralisia cerebral, AVC ou Parkinson, por exemplo.

Em caso de suspeita de discinesia, é recomendado consultar um neurologista. O tratamento deve ser específico para sua causa e pode envolver o uso de medicamentos para controlar os movimentos anormais e cirurgia em alguns casos.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

Os principais sintomas de discinesia são:

  • Movimentos involuntários, como tremores, espasmos ou torções;
  • Dificuldade para controlar os movimentos;
  • Posturas incomuns com corpo.

Além disso, dependendo da causa da discinesia e parte do corpo afetada, a pessoa também pode apresentar sintomas como incapacidade de andar, crises convulsivas ou dificuldade de raciocínio e não conseguir realizar suas tarefas diárias sozinha.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico de discinesia normalmente é feito pelo neurologista baseado nos sintomas, histórico de saúde da pessoa e alterações verificadas no exame neurológico, em que o médico realiza testes para verificar a presença de movimentos anormais.

Caso deseje marcar uma consulta, é possível encontrar o neurologista mais próximo de você utilizando a ferramenta abaixo:

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Além disso, é comum o médico também indicar exames, como a dosagem de hormônios da tireoide, sódio ou cálcio no sangue, ressonância magnética e, em alguns casos, testes genéticos, para identificar a causa da discinesia.

Possíveis causas

As principais causas de discinesia são:

  • Uso de medicamentos, como antipsicóticos e aqueles usados no tratamento da doença de Parkinson;
  • Alterações hormonais, devido a hipertireoidismo ou hipoparatireoidismo, por exemplo;
  • Desequilíbrio de minerais no sangue, como sódio ou cálcio;
  • Doenças neurológicas, como paralisia cerebral, AVC, doença de Parkinson ou doença de Huntington;
  • Tumores e metástases, especialmente quando afetam partes do cérebro que controlam os movimentos.

Nestes casos, o funcionamento de áreas do cérebro responsáveis pelo controle dos movimentos do corpo pode estar prejudicado, levando ao desenvolvimento de discinesia.

Tipos de discinesia

Alguns exemplos dos principais tipos de discinesia são:

1. Discinesia tardia

A discinesia tardia é um tipo de discinesia mais frequente em pessoas que fazem uso de medicamentos, como clorpromazina e haloperidol, por longos períodos. Afeta principalmente a face, língua, pescoço e tronco, podendo estar associado a outros tipos de discinesia.

2. Atetose

A atetose é um tipo de discinesia que afeta principalmente as extremidades do corpo, como as mãos e pés, e se caracteriza por movimentos lentos, sinuosos e involuntários. 

3. Coreia

A coreia é uma discinesia caracterizada por movimentos contínuos, breves e rápidos que afeta com mais frequência a cabeça, face, braços e pernas. Algumas vezes, pode surgir em combinação com a atetose.

Esta discinesia é comum em caso de febre reumática e pode demorar até 8 meses para surgir após a infecção pela bactéria Streptococcus pyogenes. Entenda melhor o que é febre reumática e os sintomas.

4. Distonia

Este tipo de discinesia consiste na contração involuntária e persistente de músculos, podendo causar dificuldade para movimentar as partes do corpo afetadas e posturas anormais. Confira mais sintomas de distonia.

Como é feito o tratamento

O tratamento para discinesia, sempre que possível, deve ser específico para sua causa. Pode envolver o ajuste ou suspensão de medicamentos causadores, uso de antitireoidianos, em caso de hipertireoidismo, e a reposição de minerais do sangue, por exemplo.

Além disso, dependendo do tipo de discinesia, o médico pode indicar medicamentos como anticonvulsivantes, propranolol ou risperidona, aplicação de toxina botulínica e, em alguns casos, a cirurgia de estimulação cerebral profunda para tentar controlar os movimentos anormais.