4 estratégias para sair da depressão (tem cura?)

Entre as estratégias para sair da depressão estão a psicoterapia, o uso de antidepressivos e práticas alternativas como meditação e atividade física, que contribuem para aliviar os sintomas e promover o bem-estar.

A psicoterapia é considerada a primeira opção de tratamento para a depressão, podendo ser usada sozinha ou combinada com outras estratégias, de acordo com a necessidade de cada pessoa.

Leia também: Tratamento para depressão (remédios, terapia e opções naturais) tuasaude.com/tratamento-da-depressao

Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicação, sempre indicada pelo psiquiatra. Já em situações mais graves, a pessoa pode precisar de hospitalização e acompanhamento médico até que os sintomas estejam controlados.

Imagem ilustrativa número 1

Estratégia para sair da depressão

Algumas estratégias podem ajudar a tratar a depressão, como:

1. Psicoterapia

O tratamento da depressão geralmente se inicia com o apoio psicológico, como na psicoterapia, que é um conjunto de estratégias e técnicas usadas pelo psicólogo para ajudar a lidar com questões emocionais e estimular o autoconhecimento.

Além disso, a psicoterapia também ajuda a resolver conflitos internos, organizar os pensamentos e recuperar o bem-estar, sendo a terapia cognitivo-comportamental uma das técnicas mais utilizadas.

Leia também: Terapia cognitivo-comportamental: o que é, como funciona (e técnicas) tuasaude.com/terapia-cognitivo-comportamental

2. Uso de medicamento

O uso de medicamento costuma ser indicado pelo psiquiatra em casos de depressão moderada ou grave, sendo os mais utilizados:

Classe do antidepressivo Alguns nomes genéricos Efeitos colaterais
Antidepressivos tricíclicos Imipramina, Clomipramina, Amitriptilina ou Nortriptilina Boca seca, retenção urinária, prisão de ventre, sonolência, pressão baixa, tonturas ao levantar e problemas sexuais, como disfunção erétil
Inibidores seletivos da recaptação da serotonina Fluoxetina, Paroxetina, Citalopram, Escitalopram, Sertralina ou Trazodona Tontura, boca seca, produção excessiva de suor, nervosismo, náusea, dor de cabeça e problemas de ejaculação
Inibidores da recaptação ou aumento da atividade da serotonina e da noradrenalina Venlafaxina, Desvenlafaxina, Duloxetina ou Mirtazapina Boca seca, insônia, nervosismo, tremores, tonturas, vômitos, problemas de ejaculação, excesso de suor e visão turva
Inibidores da Monoaminoxidase Seleginina, Pargilina, Fenelzina ou Toloxatona Aumento da produção de suor, hipotensão postural, aumento dos batimentos cardíacos, náusea, insônia e disfunção sexual

Os medicamentos para depressão são usados para repor os neurotransmissores no cérebro, como serotonina, dopamina e noradrenalina que, normalmente, estão diminuídos na depressão, causando a queda de humor e falta de energia, por exemplo. 

Os antidepressivos costumam começar a fazer efeito entre 2 e 6 semanas. O tempo de uso, a dose e o tipo de medicamento indicado pelo médico variam conforme os sintomas e a resposta de cada pessoa ao tratamento, podendo se estender de alguns meses a anos. Entenda mais quais são os antidepressivos.

3. Terapias alternativas

Existem terapias alternativas que podem ajudar a sair da depressão, complementando o tratamento médico. Entre elas estão:

  • Acupuntura: pode aliviar diversos sintomas associados à esta doença, como dor, ansiedade e insônia. Conheça os benefícios da acupuntura;
  • Meditação: proporciona autoconhecimento e controle dos sentimentos, o que pode melhorar a confiança e autoestima;
  • Atividade física: a prática regular de exercício ajuda a liberar hormônio como serotonina e endorfina, essenciais no tratamento da depressão, além de melhorar o bem-estar. O exercício em grupo, como um esporte, pode ter ainda mais benefícios, devido a melhora da convivência social;
  • Reiki: é um técnica que proporciona relaxamento e bem-estar, podendo ser útil para combater sintomas da depressão;
  • Alimentação antidepressiva: existem alimentos, como banana, amendoim, aveia e leite, que aumentam os níveis de triptofano e magnésio, por exemplo, e que ajudam a estimular a produção de hormônios do bem estar. 
Leia também: Alimentos para melhorar a depressão e o humor tuasaude.com/dieta-e-depressao

Além disso, é recomendado investir em hobbies como música, leitura e atividades em grupo, por exemplo, pois são atividades que melhoram a autoestima e a autoconfiança, sendo importantes passos para sair da depressão. Veja mais dicas de como melhorar a autoestima.

4. Novas terapias

Alguns tipos de tratamento atuam diretamente no cérebro e são chamados de neuromodulação. Eles costumam ser indicados quando a depressão não melhora com os métodos mais comuns, como psicoterapia ou uso de medicações. 

Entre essas opções está a estimulação magnética transcraniana, que utiliza pulsos magnéticos para ativar áreas do cérebro relacionadas ao humor, de forma não invasiva. 

Existem também outras técnicas, como a estimulação do nervo vago e a estimulação cerebral profunda, que são mais invasivas, utilizando pequenos eletrodos para reorganizar a atividade cerebral.

A eletroconvulsoterapia, apesar de mais antiga, também faz parte do grupo de neuromodulação e continua sendo utilizada em ambiente hospitalar, de forma controlada. Entenda como funciona a eletroconvulsoterapia.

Esse método é recomendado principalmente nos casos mais graves de depressão, já que pode ajudar a aliviar sintomas rapidamente e reduzir riscos associados, como o suicídio.

Quanto tempo dura o tratamento da depressão?

O tratamento da depressão não tem um tempo definido. Algumas pessoas apresentam melhora em poucos meses, enquanto outras precisam de acompanhamento por anos. 

O tempo do tratamento varia conforme a causa, a gravidade da doença e também o compromisso da pessoa em seguir o tratamento corretamente.

Depressão tem cura?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é uma condição tratável. Com acompanhamento adequado, é possível reduzir os sintomas, melhorar o bem-estar e alcançar estabilidade.

O termo 'cura' pode ser considerado relativo, já que cada pessoa responde de forma diferente, mas muitas conseguem chegar a uma melhora duradoura dos sintomas.

Cuidados durante o tratamento

Alguns cuidados são importantes durante o tratamento da depressão, como:

  • Não manter o mesmo remédio, se não houver melhora após 6 semanas, esse é o tempo necessário para qualquer remédio fazer efeito, assim, se neste período nenhuma melhora foi notada, é importante conversar com o psiquiatra para aumentar a dose ou, em alguns casos, mudar o tipo de remédio;
  • Fazer reavaliações com o psiquiatra, sendo importante ter consultas de acompanhamento com o médico nos tempos predeterminado, a cada 3 ou 6 meses, por exemplo, para que sejam reavaliados os sintomas e necessidade de ajuste das doses;
  • Procurar ajuda sempre que não estiver bem, já queé mais difícil vencer uma depressão sozinho, portanto é fundamental falar com um amigo, familiar, psicólogo ou com o médico sempre que notar piora dos sintomas;
  • Traçar objetivos, como começar um projeto, um trabalho ou uma atividade nova, pois podem ser atitudes que ajudam a dar sentido à vida;
  • Evitar hábitos pouco saudáveis, como consumo de álcool, tabagismo, estresse, ficar muito tempo nas redes sociais e não dormir adequadamente, por exemplo.

Além disso, atitudes simples do dia a dia podem ajudar no tratamento da depressão, como se expor ao sol por pelo menos 15 minutos, buscar ambientes iluminados e arejados, contribuem para melhorar o bem-estar e acelerar a recuperação.

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