7 causas de depressão (e o que fazer)

A depressão pode ser causada por fatores genéticos e hereditários, sociais, psicológicos e biológicos, como ter um familiar com depressão, gravidez e pós-parto, e disfunções nos neurotransmissores, por exemplo.

A depressão é um transtorno psicológico caracterizado por sintomas que incluem tristeza persistente, irritabilidade fácil, falta de interesse em atividades que antes eram divertidas e ter pensamentos suicidas.

Em casos de confirmação da depressão, o psiquiatra e/ou psicólogo pode indicar o uso de medicamentos e sessões de psicoterapia, por exemplo, para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida da pessoa.

Possíveis causas da depressão

Alguns fatores que podem causar a depressão são:

1. Fatores genéticos e hereditários

A depressão pode ser causada por fatores hereditários, onde familiares de primeiro grau de pessoas com depressão apresentam cerca de 3 vezes mais chances de desenvolver depressão do que a população em geral.

Fatores genéticos, como variações no gene que transporta o neurotransmissor serotonina e outras variações genéticas, também estão relacionadas com um risco aumentado de depressão, principalmente quando são combinados com fatores estressores ambientais.

2. Alterações biológicas e bioquímicas

Disfunções nos neurotransmissores serotonina, dopamina e noradrenalina, são condições bioquímicas que podem contribuir para os sintomas de depressão.

Já condições biológicas, como doenças neurodegenerativas e lesões vasculares são associadas com maior risco de depressão.

Mudanças no ritmo circadiano e na exposição à luz do sol podem provocar alterações nos níveis de serotonina, desencadeando a depressão sazonal.

3. Gravidez e pós-parto

Durante a gravidez, a depressão pode ser causada devido às variações hormonais comuns da gestação ou pelo medo de ser mãe pela primeira vez, especialmente se a mulher tem histórico familiar de depressão.

Neste período, gravidez de alto risco, falta de apoio social, violência doméstica, privação de sono e histórico de abuso sexual, também podem contribuir para o surgimento da depressão na gravidez ou no pós-parto.

4. Fatores ambientais e psicossociais

Os fatores psicossociais que podem desencadear a depressão são:

• Estresse crônico e ansiedade;
• Perda de uma pessoa querida;
• Desemprego ou mudança brusca de condições financeiras;
• Conflitos conjugais e términos de relacionamento;
• Problemas na escola, faculdade ou trabalho;
• Trauma psicológico, abuso, violência ou negligência;
• Falta ou diminuição de apoio social ou sobrecarga do cuidador.

Fatores ambientais, como dependência de álcool e drogas, também podem favorecer a depressão.

5. Uso de remédios

O uso frequente de remédios como corticosteroides, opioides, interferons, mefloquina, contraceptivos liberadores de progesterona implantados e propranolol, podem causar depressão em algumas pessoas. Isso porque esses medicamentos podem provocar efeitos colaterais ansiogênicos e depressogênicos.

Entretanto, é importante ressaltar que o surgimento da depressão pode não estar relacionada com os remédios, mas sim com outros fatores.

6. Condições cognitivas e de personalidade

A baixa autoestima é uma condição de personalidade, onde a pessoa pode se sentir facilmente sobrecarregada pelo estresse ou que é geralmente pessimista, aumentando o risco de depressão.

Outros fatores de risco de depressão são as distorções cognitivas, como atenção e memória negativas, dificuldade para se livrar de pensamentos angustiantes e baixa percepção de competência e confiança.

7. Fatores em crianças e adolescentes

Alguns fatores que podem contribuir para a depressão em crianças e adolescentes são:

• Acontecimentos estressantes, como bullying ou maus tratos;
• Problemas no sono;
• Doenças crônicas, como epilepsia, diabetes tipo 1 e doenças autoimunes;
• Consumo precoce de bebidas alcoólicas e cannabis;
• Uso prolongado de redes sociais;

Além disso, crianças com transtorno de ansiedade, transtorno obsessivo compulsivo e transtorno de estresse pós-traumático, também estão relacionados com a depressão infantil.

O que fazer

Em casos de confirmação da depressão, o tratamento indicado pelo médico pode incluir o uso de medicamentos antidepressivos, como fluoxetina e paroxetina, que devem ser tomados conforme o grau dessa condição.

É fundamental também realizar sessões de psicoterapia, para ajudar a diminuir as dificuldades emocionais, estimulando o autoconhecimento e a resolução de conflitos internos da pessoa.

É indicado também que a pessoa pratique atividades que promovam a sensação de bem-estar, como atividade física, leitura, passeios ao ar livre ou meditação, por exemplo.