A alergia a ovo é um tipo de alergia alimentar muito comum em crianças, que é causada pela ingestão desse alimento, podendo gerar sintomas leves, como coriza e náuseas e, em casos mais graves, levar a sintomas, como dificuldade para respirar, sensação de bolo na garganta e queda da pressão arterial.
Causada pelo consumo do ovo ou de preparações que contenham ovo, como suflês, maionese, bolos e pudins, por exemplo, esse tipo de alergia acontece devido a uma reação muito forte do sistema imunológico à presença de proteínas da clara ou da gema do ovo, como albumina, ovoalbumina e ovomucina.
A alergia a ovo é mais comum em crianças, que tende a desaparecer por volta dos 16 anos, e um dos tratamentos recomendados para essa condição inclui evitar alimentos e produtos com ovos, devendo ser feito sempre com o acompanhamento de um médico e um nutricionista.

Principais sintomas
Os sintomas da alergia a ovo que podem surgir dentro de alguns minutos a algumas horas após a ingestão do ovo ou de alimentos que contêm ovo, são:
- Vermelhidão, lesões e coceira na pele;
- Cólicas e dor no estômago;
- Náuseas e vômitos;
- Coriza e espirros;
- Formigamento na boca.
Além disso, em casos mais graves de alergia a ovo, também podem surgir sintomas de anafilaxia, que pode incluir tosse seca, chiado no peito, dificuldade para respirar, inchaço na língua e garganta, palidez e tontura. Entenda o que é a anafilaxia e saiba o que fazer.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico da alergia a ovo é feito por um médico, que vai avaliar os sinais e sintomas apresentados pela pessoa, o estado de saúde atual e o histórico familiar de alergias.
Além disso, o médico também poderá solicitar alguns exames complementares, como teste cutâneo e o teste de provocação oral, onde se deve ingerir uma pequena quantidade de ovo, no hospital, para que o médico observe os sintomas. Conheça todos os testes recomendados para identificar alergias.
Tratamento da alergia a ovo
O tratamento da alergia a ovo varia de acordo com a gravidade dos sintomas apresentados.
Tratamento em casos leves
A principal forma de tratar a alergia leve é excluir o ovo da alimentação, sendo importante evitar consumir não somente o ovo puro, mas também qualquer alimento que possa conter vestígios desse alimento, como:
- Bolos;
- Pães;
- Biscoitos;
- Empanados;
- Pudins;
- Algumas massas;
- Maionese.
Além disso, é recomendado observar atentamente os rótulos dos alimentos, porque muitos indicam que podem conter alguns compostos do ovo, como albumina, globulina, lecitina, ovoalbumina e ovoglobulina.
Alguns medicamentos, como anti-histamínicos, também podem ser prescritos pelo médico para aliviar sintomas leves da alergia, como coriza, espirros e coceiras na pele.
Tratamento em casos graves
Em casos graves de alergia a ovo, como anafilaxia, o tratamento pode ser feito em casa, caso já faça uso de caneta auto injetora de adrenalina, um hormônio que ajuda a regularizar os batimentos do coração, ou no hospital, onde também poderá ser administrada a adrenalina via intramuscular, o oxigênio e outros medicamentos.
Causas da alergia
A alergia a ovo é causada por uma reação exagerada do sistema imunológico, que caracteriza as proteínas da clara ou da gema do ovo como perigosas, estimulando a liberação de compostos que causam os sinais e sintomas de alergia.
Alguns fatores, como não receber leite materno exclusivo até os 6 meses, o consumo de cigarro e bebidas alcoólicas durante a gestação, ter asma e ter pais com alergia a ovo podem aumentar as chances de desenvolver alergia a ovo.
Quem tem alergia a ovo pode tomar vacina?
Algumas vacinas, como a vacina contra H1N1, influenza, a vacina contra febre amarela, Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola) e Tetra Viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) são produzidas com proteínas do ovo. No entanto, somente quem possui alergia grave à proteína do ovo não deve receber vacinas com esse componente.
Por isso, pessoas que tenham alergia a ovo devem sempre consultar um médico antes de tomar vacinas, para avaliar o grau de alergia e verificar se há contraindicações ou não.
Quando incluir o ovo na alimentação da criança
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a introdução de novos alimentos, incluindo os ovos, na dieta da criança a partir dos 6 meses de idade. No entanto, é importante ressaltar que a alimentação da criança deve ser sempre orientada por um médico, ou nutricionista.
Comer ovos a partir dos 6 meses pode ajudar a diminuir o risco da criança desenvolver alergia a esse alimento. Assim, a Sociedade Brasileira de Pediatria conclui que não existe evidência científica para excluir o ovo da alimentação da criança.