Vitamina E: para que serve e quando tomar o suplemento

Atualizado em setembro 2022

A vitamina E é uma vitamina lipossolúvel essencial para o funcionamento do organismo devido à sua ação antioxidantes e às suas propriedades anti-inflamatórias, que ajudam a melhorar o sistema imune, a pele e o cabelo, assim como prevenir doenças como aterosclerose e o Alzheimer.

Esse tipo de vitamina é absorvida no organismo como se fosse uma gordura, sendo armazenada no fígado e no tecido adiposo para ser utilizado pelo organismo quando há necessidade.

A vitamina E pode ser obtida através da alimentação, sendo encontrada principalmente dos óleos vegetais e nos frutos secos. Também pode ser obtida em forma de suplementos nutricional nas farmácias, lojas de produtos naturais ou lojas onlines, devendo ser consumida sob orientação do médico ou do nutricionista.

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A principal função da vitamina E no organismo é evitar os danos causados pelos radicais livres das células, possuindo, assim, diversos benefícios para a saúde, sendo os principais:

1. Melhorar o sistema imune

O consumo adequado de vitamina E, principalmente em pessoas mais velha, ajuda a melhorar o sistema imune, já que os radicais livres podem prejudicar a resposta normal do organismo aos agentes patogênicos.

Além disso, alguns estudos indicam que a suplementação com vitamina E aumenta a resistência a infecções, inclusive pelo vírus Influenza.

2. Melhorar a saúde da pele e do cabelo

A vitamina E promove a integridade da pele e mantém as paredes celulares, aumentando a sua firmeza. Por isso, poderia prevenir o envelhecimento precoce e o surgimento de rugas, melhorar a cicatrização e algumas condições de pele, como a dermatite atópica, por exemplo. Além disso, a vitamina E pode evitar os danos causados pelos raios UV na pele.

Além disso, essa vitamina também promove a saúde do cabelo, já que cuida da integridade das fibras e aparentemente melhora a circulação sanguínea do couro cabeludo, fazendo com que cresça saudável e com brilho.

3. Prevenir doenças neurológicas

A deficiência de vitamina E está relacionada com alterações no sistema nervoso central. Por isso, alguns estudos procuram incluir os suplementos dessa vitamina para prevenir e/ou tratar doenças e condições como Parkinson, Alzheimer ou Síndrome de Down.

No caso do Alzheimer, foi verificado que a vitamina E pode influenciar os processos neurodegenerativos que estão associados com essa condição. No entanto, é necessária a realização de mais estudos que verifiquem essa relação, já que os resultados encontrados são contraditórios.

4. Prevenir doenças cardiovasculares

O consumo de vitamina E pode diminuir a morbidade e a mortalidade causada pela doenças cardiovasculares. De acordo com algumas investigações, a ingestão de antioxidantes como a vitamina E pode diminuir o estresse oxidativo e a inflamação no organismo, estando esses fatores associados com o surgimento desse tipo de doença.

Além disso, a vitamina E ajuda a controlar e a manter os níveis de colesterol no sangue, além de diminuir a agregação plaquetária e, por sua vez, o risco de trombose.

5. Combater a infertilidade

O consumo de vitamina E pode ajudar a melhorar a qualidade do esperma, aumentando a motilidade dos espermatozoides nos homens. No caso das mulheres, os estudos não são conclusivos.

6. Melhorar a resistência e a força muscular

A suplementação com o antioxidante vitamina E pode proporcionar efeitos benéficos contra o dano do tecido oxidativo induzido pelo exercício, o que poderia aumentar a resistência e a força muscular, assim como acelerar a sua recuperação depois do treino.

7. Ajudar no tratamento do fígado gordo

Devido a sua ação antioxidante e anti-inflamatória, a suplementação de altas doses de vitamina E em pessoas com fígado gordo não alcoólico aparentemente ajuda a diminuir os níveis de enzimas hepáticas circulantes no sangue e alguns outros fatores indicativos de dano hepático, como a diminuição do acúmulo de gordura no fígado e a fibrose.

Quais os alimentos ricos em vitamina E

Os alimentos ricos em vitamina E são principalmente os óleos vegetais, como os de girassol e o azeite; os frutos secos, como as avelãs, as amêndoas ou os amendoins; e as frutas, como o abacate e o mamão, por exemplo. Confira uma lista mais completa dos alimentos ricos em vitamina E.

Suplementos de vitamina E

O consumo regular de alimentos ricos em vitamina E é capaz de fornecer a quantidade diária adequada desse nutriente. No entanto, o suplemento de vitamina E pode ser recomendado pelo médico nas seguintes situações:

  • Pessoas com má-absorção de gorduras, como pode acontecer após cirurgia bariátrica, síndrome do intestino irritável ou pancreatite crônica, por exemplo;
  • Alterações genéticas nas enzimas alfa-TTP ou na apolipoproteína B, que causam uma deficiência grave dessa vitamina;
  • Recém-nascidos prematuros, já que a deficiência de vitamina E pode causar retinopatia do prematura e anemia hemolítica;
  • Colesterol alto e para melhorar a circulação sanguínea;
  • Em pessoas com hipertensão arterial já que ajuda a regular a pressão sanguínea devido ao aumento do óxido nítrico;
  • Casais com problema de fertilidade;
  • Em pessoas mais velhas para combater os radicais livres e melhorar o sistema imune.

Além disso, o suplemento também pode ser indicado pelos dermatologistas para manter a saúde da pele e do cabelo.

Como usar a vitamina E

É importante que o médico ou nutricionista seja consultado antes de iniciar o uso do suplemento de vitamina E, já que o objetivo terapêutico poderá ser diferente para cada pessoa, o que interfere na dose e tempo de uso.

Geralmente é recomendado o uso de 1 cápsula de 180 mg (400 UI) por dia. No entanto, a dose diária depende do objetivo pelo qual o suplemento está sendo indicado, devendo-se buscar a orientação de um médico. O ideal é que a cápsula seja ingerida durante uma refeição mais pesada, como almoço ou jantar, para ajudar na absorção da vitamina.

Além disso, o médico poderá indicar a realização de exames para avaliar a eficácia da vitamina E, dependendo da doença a ser tratada, e, por isso, é fundamental que se tenha acompanhamento médico.

A vitamina E pode ser usada em cremes para o rosto?

A vitamina E pode ser aplicada na pele como tratamento antienvelhecimento, já que melhora a aparência da pele, previne a formação de rugas e possui propriedades anti-inflamatórias que permitem que a pele fique mais jovem e hidratada. De forma geral, a maioria dos cremes para o rosto contém vitamina E em sua composição.

É importante que o uso de creme seja suspendido caso seja notada qualquer alteração na pele, e que o médico seja consultado.

Quantidade de vitamina E recomendada

Para manter os níveis adequados de vitamina E no organismo, é recomendado o consumo de 15 mg por dia. No caso do consumo de vitamina E como suplemento diário como parte de um multivitamínico, a recomendação é de no máximo 150 mg.

No caso dos idosos, para melhorar a imunidade pode ser recomendado entre 50 a 200 mg de vitamina E por dia na forma de suplemento. No entanto, é recomendado que o seu uso seja orientado pelo médico ou pelo nutricionista, que pode adaptar melhor as doses de acordo com a necessidade de cada pessoa.

No caso dos recém-nascidos prematuros, o pediatra pode sugerir a administração entre 10 a 15 mg de vitamina E diários.

Possíveis efeitos secundários

Até o momento não foram encontrados efeitos secundários relacionados com a ingestão da vitamina E proveniente dos alimentos.

Por outro lado, apesar da suplementação de vitamina E ser considerada segura, o uso acima da dose recomendada durante um grande período de tempo pode aumentar o risco de sangramento e de ocorrência de AVC hemorrágico e, por isso, a dose máxima recomendada em adultos deve ser de 1100 mg/dia para os suplementos de vitamina E natural ou sintética.

Quando não é indicado

Os suplementos de vitamina E devem ser evitados por pessoas que estão utilizando remédios anticoagulantes, antiagregantes plaquetários, sinvastatina ou niacina, assim como por pessoas que estejam fazendo tratamento com radioterapia ou quimioterapia. Em qualquer um destes casos é muito importante obter a orientação de um médico.

O uso de suplemento de vitamina E também não é indicado para pessoas com hemorragias ativas, antes de cirurgia ou no pós-operatório.