Tumor de Askin: o que é, sintomas e tratamento

O tumor de Askin é um tipo de câncer raro e agressivo que se forma na parede do tórax, envolvendo os tecidos próximos ao pulmão, podendo causar sintomas como dor no peito, tosse seca e perda de peso rápida.

Também conhecido como tumor neuroectodérmico primitivo periférico, o tumor de Askin é uma forma rara de sarcoma de Ewing, um grupo de cânceres que afeta principalmente os ossos ou tecidos moles.

O tratamento para o tumor de Askin é feito por uma equipe médica, envolvendo oncologistas e cirurgiões. Geralmente, a quimioterapia é indicada como primeiro passo, e depois avalia-se a necessidade de cirurgia e/ou radioterapia, dependendo do caso.

Principais sintomas

Os principais sintomas do tumor de Askin são:

• Dor no peito ao respirar ou se mover:
• Dor nos ossos, como nas costelas ou no esterno, que geralmente piora à noite;
• Inchaço ou sensibilidade perto dos ossos;
• Presença de caroço no tórax, doloroso ou não;
• Febre constante;
• Tosse seca;
• Perda de peso rápida;
• Falta de ar;
• Fadiga constante;
• Fraturas ósseas sem trauma aparente, por enfraquecimento dos ossos.

Em casos mais raros, pode ocorrer a síndrome de Horner, que é a interrupção da transmissão nervosa do cérebro para o rosto e olho em um lado do corpo, podendo ocorrer a diminuição do tamanho da pupila e a pálpebra caída.

Os sintomas costumam surgir de forma lenta e discreta, e por serem pouco específicos, podem dificultar o diagnóstico.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do tumor de Askin é feito pelo oncologista através da avaliação dos sintomas apresentados, avaliação física e histórico de saúde da pessoa.

O médico poderá solicitar exames de imagem, como raio-X, ressonância magnética, tomografia computadorizada com contraste e PET scan, para ajudar a visualizar o tumor e avaliar se está invadindo outras regiões do corpo.

Marque uma consulta com o oncologista mais perto de você, se deseja confirmar o risco de tumor de Askin, usando a ferramenta a seguir:

Além disso, exames de sangue também são solicitados para avaliar o estado geral e detectar sinais indiretos da doença, como o aumento da enzima LDH, assim como testes genéticos para ajudar a diferenciar de outros tumores parecidos.

No entanto, a biópsia é o exame para confirmar o diagnóstico do tumor de Askin, pois envolve a retirada de uma amostra do tumor para análise detalhada. Entenda melhor como é realizada a biópsia.

Possíveis causas

O tumor de Askin ocorre por uma alteração genética que aparece espontaneamente e leva à formação de células cancerígenas. 

Ainda não se sabe ao certo o que a provoca essa alteração genética, porém não são herdadas dos pais. E costuma ser mais comum em adolescentes, adultos jovens e pessoas brancas, especialmente de origem europeia.

Como é feito o tratamento

O tratamento do tumor de Askin é feito por uma equipe médica, envolvendo oncologistas e cirurgiões, que podem indicar:

• Quimioterapia, para reduzir o tumor, facilitar a cirurgia e aumentar as chances de cura. Costuma ser o primeiro passo do tratamento e pode durar de 6 meses a 1 ano;
• Cirurgia, quando é possível retirar todo o tumor com segurança, já que oferece melhores resultados;
• Radioterapia, em alguns casos pode ser usada como alternativa quando a cirurgia não é adequada ou antes da cirurgia, para reduzir o tumor. No entanto, pode trazer efeitos colaterais a longo prazo, como problemas no crescimento ósseo.

Além disso, quando a quimioterapia inicial não funciona como o esperado, pode ser avaliada a possibilidade de usá-la em doses mais altas, junto com o uso de células-tronco para ajudar na recuperação do organismo. No entanto, os benefícios dessa abordagem ainda estão em estudo.