A trombocitemia essencial, ou TE, é uma doença hematológica caracterizada pelo aumento na quantidade de plaquetas no sangue, o que aumenta o risco de trombose e hemorragias.
A trombocitemia essencial é normalmente assintomática, sendo descoberta apenas após a realização de um hemograma de rotina. No entanto, o diagnóstico só é confirmado pelo médico após a exclusão de outras possíveis causas do aumento de plaquetas, como a anemia ferropriva, por exemplo.
O tratamento normalmente é feito com medicamentos capazes de reduzir o número de plaquetas no sangue e diminuir o risco de trombose, e devem ser utilizados conforme a indicação do clínico geral ou hematologista.

Principais sintomas
Os principais sintomas de trombocitemia essencial são:
- Sensação de queimação nos pés e nas mãos;
- Esplenomegalia, que é o aumento do baço;
- Dor no peito;
- Sudorese;
- Fraqueza;
- Dor de cabeça;
- Cegueira transitória, podendo ser parcial ou completa;
- Perda de peso.
Além disso, as pessoas diagnosticadas com trombocitemia essencial possuem mais risco de trombose e hemorragia.
De forma geral, a TE é normalmente assintomática, sendo percebida apenas após a realização do hemograma. Essa doença é mais comum de acontecer em pessoas acima dos 60 anos, mas também pode acontecer em pessoas com menos de 40 anos.
Trombocitemia essencial é câncer?
A trombocitemia essencial não é câncer, uma vez que não há a proliferação de células malignas, mas sim se células normais, nesse caso, das plaquetas, caracterizando o quadro de plaquetose ou trombocitose. Essa doença permanece estável por cerca de 10 a 20 anos e possui baixo índice de transformação leucêmica, menos de 5%.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico é feito pelo clínico geral ou hematologista de acordo com os sinais e sintomas apresentados pelo paciente, além do resultado dos exames laboratoriais. É importante também excluir as outras causas de aumento de plaquetas, como doenças inflamatórias, mielodisplasia e carência de ferro, por exemplo. Conheça as principais causas de aumento das plaquetas.
O diagnóstico laboratorial da trombocitemia essencial é feito inicialmente por meio da análise do hemograma, em que é observada o aumento das plaquetas, sendo o valor acima de 450 000 plaquetas/ mm³ de sangue. Normalmente é realizada a repetição da concentração de plaquetas em dias diferentes para verificar se o valor permanece aumentado.
Caso o aumento da quantidade de plaquetas seja persistente, o médico pode indicar a realização de um teste genético para identificar a presença de uma mutação que pode confirmar o diagnóstico da TE. Em alguns casos, pode ser feita a biópsia da medula óssea, em que pode ser observado um aumento na concentração de megacariócitos, que são as células sanguíneas precursoras das plaquetas.
Como é feito o tratamento
O tratamento para a trombocitemia essencial tem como objetivo diminuir o risco de trombose e hemorragia, sendo normalmente recomendado pelo médico o uso de medicamentos para diminuir a quantidade de plaquetas no sangue, como Anagrelida e a Hidroxiureia, por exemplo.
A hidroxiureia é o medicamento normalmente recomendado para pessoas consideradas de alto risco, ou seja, que possuem mais de 60 anos, já tiveram episódio de trombose e possuem contagem de plaquetas superior à 1500000/ mm³ de sangue. No entanto, esse medicamento apresenta alguns efeitos colaterais, como por exemplo hiperpigmentação da pele, náuseas e vômitos.
O tratamento dos pacientes caracterizados como de baixo risco, que são aqueles com menos de 40 anos, normalmente é feito com ácido acetilsalicílico de acordo com a orientação do clínico geral ou hematologista.
Além disso, para diminuir o risco de trombose é importante evitar fumar e tratar possíveis doenças de base, como por exemplo hipertensão, obesidade e diabetes, pois aumentam o risco de trombose. Saiba o que fazer para evitar a trombose.