Anorgasmia: o que é e como tratar esse transtorno

Atualizado em abril 2021

A anorgasmia é uma doença que causa dificuldade ou incapacidade de chegar ao orgasmo. Ou seja, a pessoa não consegue sentir o ponto máximo de prazer durante uma relação sexual, mesmo que haja uma intensidade e estimulação sexual considerada normal, e passa a ter uma diminuição do desejo sexual devido à frustração.

Esse problema atinge principalmente mulheres, e pode ser causado por fatores físicos ou psicológicos, como ansiedade e depressão e/ou uso de drogas ou de certos medicamentos, que impedem a sensação de prazer que caracteriza o orgasmo, podendo causar desconforto e dor.

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Principais sintomas

O principal sintoma da anorgasmia é a ausência de orgasmo mesmo quando há estimulação adequada durante o ato sexual. Além disso, podem aparecer também sintomas de dor nos testículos, no caso dos homens, ou dor no baixo ventre ou na região anal, nas mulheres, o que pode gerar uma aversão ao contato sexual.

A anorgasmia pode ser causada pelo envelhecimento, por problemas físicos devido a doenças que afetam a região reprodutiva do corpo, como diabetes e esclerose múltipla, devido a cirurgias ginecológicas como histerectomia, uso de medicamentos para controlar pressão alta, depressão ou alergias ou pelo uso excessivo de álcool e cigarro.

Além disso, esse problema também pode ser decorrente de pressões psicológicas, questões religiosas, problemas pessoais, histórico de abusos sexuais, culpa por sentir prazer com o sexo ou devido a problemas no relacionamento com o parceiro.

Tipos de anorgasmia

Existem 4 tipos de anorgasmia, como mostrado a seguir:

  • Primária: o paciente nunca teve a experiência de sentir um orgasmo;
  • Secundária: o paciente costumava sentir orgasmos, mas deixou de ter;
  • Situacional: o orgasmo só não é obtido em algumas situações, como durante o sexo vaginal ou com um determinado parceiro, mas o prazer ocorre normalmente durante a masturbação ou sexo oral, por exemplo;
  • Generalizado: incapacidade de sentir orgasmo em qualquer situação.

Assim, o diagnóstico é feito pelo médico com base na história clínica e sexual do paciente, e na avaliação física para identificar a presença de alterações nos órgãos genitais.

Opções de tratamento

O tratamento da anorgasmia deve ser orientado por um urologista ou ginecologista e, normalmente, é feito com mudanças no estilo de vida, terapia psicológica, terapia sexual e uso de alguns medicamentos:

1. Mudança dos estilos de vida

Deve-se procurar conhecer melhor o próprio corpo através da estimulação do apetite sexual, que pode ser feita por meio da masturbação, do uso de vibradores e acessórios sexuais que aumentam o prazer durante o contato íntimo.

Além disso, pode-se usar novas posições e fantasias sexuais que estimulem as sensações de bem estar e prazer.

2. Realização de terapia sexual

Fazer terapia sexual de casal ou individual ajuda a identificar o que causa o bloqueio no momento do contato íntimo e a encontrar soluções para superar esse problema.

Além disso, a psicoterapia também ajuda a avaliar problemas de infância ou fatos na vida que afetam a percepção do prazer no sexo, como repressão dos pais, crenças religiosas ou traumas causados por abusos sexuais, por exemplo. A terapia também pode ajudar a tratar problemas atuais que possam estar a causar estresse e ansiedade, que são fatores que se refletem no contato íntimo.

3. Uso de medicamentos

O uso de medicamentos é indicado para controlar doenças que possam estar causando a diminuição do prazer sexual, como diabetes e esclerose múltipla.

O médico também pode indicar remédios em forma de comprimidos ou cremes que contenham hormônios sexuais para estimular a os órgãos reprodutores, especialmente em mulheres na pós-menopausa. No entanto, é importante que a pessoa saiba que não existe nenhum medicamento específico para tratar a anorgasmia.