Teste de Cooper: o que é, como é feito e resultados

Revisão clínica: Carlos Bruce
Personal Trainer
novembro 2022

O teste de Cooper é um teste que tem como objetivo avaliar a capacidade cardiorrespiratória através da análise da distância percorrida durante 12 minutos, em uma corrida ou caminhada, sendo utilizado para avaliar o condicionamento físico da pessoa.

Este teste permite ainda determinar indiretamente o volume de oxigênio máximo (VO2 máx), que corresponde à capacidade máxima de captação, transporte e utilização de oxigênio, durante o exercício físico, sendo um bom indicador da capacidade cardiovascular da pessoa.

Imagem ilustrativa número 2

Como é feito o teste

Para fazer o teste de Cooper, a pessoa deve correr ou caminhar, sem interrupções, durante 12 minutos, numa esteira ou em uma pista de corrida mantendo um ritmo ideal de caminhada ou corrida. Após este período, deve ser registada a distância que foi percorrida.

A distância percorrida e, então, aplicada em uma fórmula que é utilizada para calcular o VO2 máximo, sendo então verificada a capacidade aeróbica da pessoa. Assim, para calcular o VO2 máximo levando em consideração a distância percorrida em metros pela pessoa em 12 minutos, deve-se colocar a distância (D) na fórmula seguinte: VO2 max = (D – 504)/ 45.

De acordo com o VO2 obtido, é então possível que o profissional de educação física ou médico que esteja acompanhando a pessoa avalie a sua capacidade aeróbica e saúde cardiovascular.

Como determinar o VO2 máximo?

O VO2 máximo corresponde à capacidade máxima que uma pessoa tem em consumir oxigênio durante a prática de exercício físico, que pode ser determinado indiretamente, através de testes de desempenho, como é o caso do teste de Cooper.

Este é um parâmetro muito utilizado para avaliar a função cardiorrespiratória máxima da pessoa, sendo um bom indicador da capacidade cardiovascular, já que está diretamente relacionado com o débito cardíaco, concentração de hemoglobina, atividade enzimática, frequência cardíaca, massa muscular e concentração de oxigênio arterial. Saiba mais sobre o VO2 máximo.

Como entender o resultado

O resultado do teste de Cooper deve ser interpretado pelo médico ou profissional de educação física levando em consideração o resultado do VO2 e fatores como composição corporal, quantidade de hemoglobina, que tem como função transportar o oxigênio e volume sistólico máximo, que podem variar de homem para mulher.

As tabelas a seguir permitem identificar a qualidade da capacidade aeróbica que a pessoa apresenta em função da distância percorrida (em metros) em 12 minutos:

1. Capacidade aeróbica em Homens

A capacidade aeróbica em homens de acordo com a idade está indicada na tabela a seguir:

 Idade
CAPACIDADE AERÓBICA13-1920-2930-3940-4950-59
Muito fraca< 2090< 1960< 1900< 1830< 1660
Fraca2090-22001960-21101900-20901830-19901660-1870

Média

2210-25102120-24002100-24002000-22401880-2090
Boa2520-27702410-26402410-25102250-24602100-2320
Excelente> 2780> 2650> 2520> 2470> 2330

2. Capacidade aeróbica em Mulheres

A capacidade aeróbica em mulheres de acordo com a idade está indicada na tabela a seguir:

 Idade
CAPACIDADE AERÓBICA13-1920-2930-3940-4950-59
Muito fraca< 1610< 1550< 1510< 1420< 1350
Fraca1610-19001550-17901510-16901420-15801350-1500

Média

1910-20801800-19701700-19601590-17901510-1690
Boa2090-23001980-21601970-20801880-20001700-1900
Excelente2310-2430> 2170> 2090> 2010> 1910

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Escrito por Marcela Lemos - Biomédica. Atualizado por Manuel Reis - Enfermeiro, em novembro de 2022. Revisão clínica por Carlos Bruce - Personal Trainer, em agosto de 2020.

Bibliografia

  • LIMA, Frederico L. Proposta de estudo qualitativo sobre o teste de Cooper tradicional e o modificado na esteira ergométrica. Trabalho de Conclusão de Curso, 2010. Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas.
  • SILVA, Michel S. Relação entre a performance no teste de 12 minutos de Cooper e o limiar anaeróbio em adultos. R. da Educação Física/UEM Maringá. Vol. 20. 1. ed; 61-67, 2009
Revisão clínica:
Carlos Bruce
Personal Trainer
Formado pela Universidade Federal do Rio De Janeiro em 2012, com registro profissional no CREF 038849-G/RJ.