Síndrome hepatorrenal: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em março 2024

Síndrome hepatorrenal é uma doença grave caracterizada por lesão aguda nos rins em pessoas com doença do fígado avançada, como cirrose, ascite ou insuficiência hepática, com sintomas como dor abdominal, fraqueza ou pele e olhos amarelados.

Nesta síndrome ocorre um estreitamento dos vasos sanguíneos dos rins, levando à degradação da sua função, e desenvolvimento de insuficiência renal aguda, além de relaxamento dos vasos sanguíneos no corpo, resultando em hipotensão arterial.

A síndrome hepatorrenal é uma condição geralmente fatal, a não ser que seja realizado um transplante de fígado, que é o tratamento mais indicado para essa doença.

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Sintomas da síndrome hepatorrenal

Os principais sintomas da síndrome hepatorrenal são:

  • Fadiga;
  • Náuseas, vômitos e perda do apetite;
  • Pele e olhos amarelados;
  • Redução da eliminação de urina;
  • Urina escurecida;
  • Inchaço abdominal;
  • Confusão mental.

Além disso, pessoas com síndrome hepatorrenal também têm tendência a apresentar períodos de confusão mental e delírio, devido ao acúmulo de substâncias tóxicas no sangue, que resultam em encefalopatia hepática. Entenda o que é a encefalopatia hepática.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da síndrome hepatorrenal é feito pelo hepatologista através da avaliação dos sintomas, histórico de doença no fígado e exames laboratoriais que avaliam a função do fígado, rins e estado de saúde no geral.

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Geralmente, são solicitados pelo médico exames de sangue, como hemograma completo, painel de coagulação sanguínea, creatinina, provas de função hepática e renal, eletrólitos, alfa feto proteína e exames de urina.

Outros exames que podem ser solicitados pelo médico são ultrassom abdominal ou ecocardiograma, por exemplo.

Esses exames, além de confirmar o diagnóstico, também permitem identificar o tipo de síndrome hepatorrenal.

Tipos de síndrome hepatorrenal

Os principais tipos de síndrome hepatorrenal são:

  • Síndrome hepatorrenal tipo 1: está associada a uma rápida falência renal e a um excesso de produção de creatinina;
  • Síndrome hepatorrenal tipo 2: está associada a falência renal mais lenta, que é acompanhada de sintomas mais leves.

O tipo de síndrome hepatorrenal é identificado pelo hepatologista através do exames solicitados.

Possíveis causas

As principais causas da síndrome hepatorrenal são:

  • Hepatite viral;
  • Alcoolismo crônico;
  • Esteatohepatite não alcoólica;
  • Trombose da veia porta-hepática;
  • Uso de medicamentos, como paracetamol.

Além disso, uma das causas mais comuns da síndrome hepatorrenal é a cirrose no fígado. Saiba como identificar a cirrose hepática e como é feito o diagnóstico da doença.

Além da cirrose, outras doenças associadas à insuficiência hepática crônica e grave com hipertensão portal, como hepatite alcoólica e insuficiência hepática aguda também podem aumentar o risco de síndrome hepatorrenal.

Estes distúrbios do fígado, levam a um forte estreitamento dos vasos sanguíneos nos rins, que resulta numa redução acentuada da taxa de filtração glomerular e consequente insuficiência renal aguda.

Como é feito o tratamento

O tratamento da síndrome hepatorrenal deve ser feito com orientação do hepatologista, sendo que geralmente é iniciado com o uso de medicamentos, como terlipressina e albumina, noradrenalina, midodrina ou octreotida, por exemplo, para melhorar a circulação sanguínea nos rins e corrigir a pressão arterial.

Em alguns casos, também pode ser necessário fazer diálise para estabilizar a doença. Saiba como é feita a hemodiálise e quais os riscos deste tratamento.

Nos casos em que o tratamento com remédios não é eficaz, o médico pode fazer uma cirurgia para colocar um stent e conectar a veia porta à veia hepática, para reduzir a pressão portal e corrigir a pressão sanguínea.

No entanto, o tratamento definitivo para a síndrome hepatorrenal é o transplante de fígado. Veja como é feito e como é a recuperação do transplante de fígado.

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