Sinal de Babinski: o que é, para que serve, causas e tratamento

Sinal de Babinski é um reflexo que ocorre ao estimular a pele da planta do pé, da lateral externa do calcanhar em direção ao dedão do pé, para avaliar as fibras nervosas presentes entre o córtex cerebral e medula espinhal.

Geralmente, esse sinal é avaliado em consultas com o neurologista, sendo considerado um reflexo normal quando a pessoa encolhe os dedos dos pés, e positivo quando estica o dedão para trás e os outros dedos do pé se abrem como se fosse um leque. 

O sinal de Babinski, ou reflexo de Babinski, é positivo durante os primeiros dois anos de vida do bebê, devido a imaturidade do sistema neurológico. Porém, quando é positivo em adultos, é indicativo de danos neurológicos como AVC, poliomielite ou meningite, por exemplo.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve

O sinal de Babinski serve para avaliar a integridade de fibras nervosas presentes entre o córtex cerebral e medula espinhal, o que auxilia no diagnóstico de doenças neurológicas.

A avaliação do sinal de Babinski faz parte do exame neurológico em consultas de rotina ou quando a pessoa apresenta sintomas de doenças neurológicas, como dor de cabeça ou dor no pescoço, paralisia ou rigidez em alguma parte do corpo, convulsões ou tremores, por exemplo. 

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Como é feito

O exame que avalia o reflexo de Babinski é feito pelo neurologista no consultório ou no hospital, estimulando a sola do pé com um objeto pontiagudo.

Esse estímulo inicia-se na lateral externa do calcanhar e segue em direção ao dedão do pé.

Assim, de acordo com o movimento dos dedos do pé, como flexão plantar ou extensão dorsal, o médico identifica se o sinal de Babinski é normal ou positivo.

Como entender o resultado

O resultado do sinal de Babinski pode ser normal, positivo ou ausente:

1. Exame normal 

Em crianças com mais de 2 anos, adolescentes ou adultos, o o exame é considerado normal quando ocorre flexão plantar dos dedos do pé ao receber o estímulo.

Essa flexão plantar é caracterizada por a pessoa dobrar ou encolher os dedos para dentro.

2. Sinal de Babinski positivo

O sinal de Babinski é considerado positivo quando a pessoa realiza um movimento de extensão do dedão do pé, ou seja, estica o dedão do pé para trás e os outros dedos se abrem como se fosse um leque ao receber o estímulo.

Esse sinal positivo é considerado normal em bebês até 2 anos de idade, devido a imaturidade do sistema nervoso, e geralmente desaparece por volta dos 12 aos 18 meses de vida.

No entanto, em crianças com mais de 2 anos, adolescentes ou adultos, o sinal de Babinski positivo é indicativo de danos neurológicos, e em casos mais graves, pode ser acompanhado da flexão do joelho ou quadril.

Nesses casos, o neurologista deve solicitar exames adicionais, como ressonância magnética, eletroencefalograma, eletromiografia, por exemplo, para identificar a causa do dano neurológico.

3. Sinal de Babinski ausente

Em algumas pessoas, o sinal de Babinski pode ser ausente, ou seja, não ocorre flexão ou extensão dos dedos do pé ao receber o estímulo.

Nesses casos, o médico pode realizar outras variações do sinal de Babinski para provocar a flexão dos dedos, como o sinal de Chaddock, estimulando o maléolo lateral no tornozelo, ou o sinal de Gordon estimulando a panturrilha.

Além disso, também podem ser realizados outros exames, como o sinal de Oppenheim, aplicando pressão no lado medial da tíbia, na canela, ou sinal de Throckmorton, estimulando a articulação do dedão do pé.

Possíveis causas do sinal de Babinski positivo

O sinal de Babinski positivo em crianças com mais de 2 anos, adolescentes ou adultos, pode ser causado por:

  • Meningite;
  • Poliomielite;
  • AVC;
  • Raiva;
  • Lesão ou tumor no cérebro ou na medula espinhal;
  • Infecções virais no cérebro;
  • Paralisia cerebral.

Além disso, o sinal de Babinski também pode ser positivo no caso de doenças neurodegenerativas, como esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica, doença de Parkinson ou Alzheimer, por exemplo.

Como é feito o tratamento

O tratamento para o sinal de Babinski positivo é feito pelo neurologista e varia de acordo com a condição neurológica diagnosticada através dos exames complementares.

No caso de infecções, como a meningite, por exemplo, o tratamento pode ser feito com o uso de antibióticos ou antivirais, o que varia com o tipo de microrganismo responsável pela infecção. Veja como é feito o tratamento da meningite.

Já para doenças neurodegenerativas, o tratamento geralmente envolve o uso de remédios para aliviar os sintomas, fisioterapia ou terapia ocupacional, de forma a melhorar a qualidade de vida.