Ressonância magnética: o que é, para que serve e como é feita

Atualizado em dezembro 2023

Ressonância magnética (RM) é um exame de diagnóstico que utiliza um campo magnético de alta intensidade e ondas de rádio, permitindo visualizar com grande definição as estruturas internas dos órgão, sendo capaz de identificar vários problemas de saúde, como aneurismas, tumores, alterações nas articulações ou outras lesões nos órgãos internos.

Esse exame, também conhecido como ressonância magnética nuclear (RMN), é solicitado pelo médico nos casos de suspeita de alterações no cérebro, medula espinhal, coração, ossos, articulações ou outros órgãos como rins, fígado ou vesícula biliar, podendo em alguns casos ser utilizado o contraste de gadolínio, para obter imagens com mais qualidade.

A ressonância magnética pode ser realizada gratuitamente pelo SUS, desde que tenha indicação médica, mas também é realizada em hospitais ou clínicas de exames particulares, e os resultados devem ser analisados pelo médico que solicitou o exame.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve

A ressonância magnética serve para avaliar, identificar, diagnosticar e acompanhar o tratamento de várias condições de saúde, como:

  • Doenças neurodegenerativas como Alzheimer ou esclerose múltipla;
  • Doenças cerebrovasculares, como tumor cerebral, AVC, aneurisma, malformações, lesões ou traumas no cérebro;
  • Inflamações ou infecções no cérebro, nervos, ossos ou articulações;
  • Infarto do miocárdio, aneurisma da aorta ou doenças cardíacas congênitas;
  • Hérnia de disco, tendinite, lesões nos ligamentos ou cistos;
  • Lesões ou alterações na medula espinhal;
  • Alterações nos vasos sanguíneos, como aneurismas ou coágulos.

Além disso, a ressonância magnética pode ser indicada para avaliar lesões, alterações, massas ou tumores nos órgãos do corpo, como mama, fígado, vesícula biliar, pulmões, rins, útero, ovários, próstata, baço, pâncreas, ossos, medula espinhal ou glândulas adrenais, por exemplo.

A ressonância magnética também pode ser indicada para doenças do sistema gastrointestinal, como cirrose, doença de Crohn ou colite ulcerativa, por exemplo.

Em alguns casos, o médico pode indicar a realização da ressonância magnética com contraste de gadolínio, pois permite uma melhor captação e a qualidade da imagem.

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Ressonância magnética de corpo todo

A ressonância magnética de corpo todo, também chamada de ressonância magnética de corpo inteiro, é indicada para avaliar a presença de tumores, assim como se espalhou para outros órgãos, pois faz uma varredura que vai da cabeça aos pés.

Além disso, esse tipo de ressonância magnética também pode ser indicada nos casos em que a pessoa apresenta dores em várias partes do corpo, podendo auxiliar o médico a identificar a causa.

A ressonância magnética de corpo todo não é indicada para check-up de rotina ou para a prevenção de doenças, uma vez que é um exame que identifica alterações na forma dos órgãos e sistemas, podendo levar a diagnósticos falso-positivos, ansiedade na pessoa e a tratamentos desnecessários.

Como se preparar para o exame

Para se preparar a ressonância magnética, alguns cuidados são importantes, como:

  • Informar ao médico se possui marcapasso, desfibrilador, stent cardíaco, dispositivos metálicos ou eletrônicos implantados em qualquer lugar do corpo, neuroestimuladores ou eletrodos;
  • Informar se está grávida, suspeita de gravidez ou se está amamentando, no caso de mulheres;
  • Tomar os remédios de uso habitual normalmente, com pouca água, conforme orientação médica;
  • Evitar tomar remédios que não foram orientados pelo médico, inclusive remédios caseiros e chás;
  • Fazer jejum absoluto cerca de 2 horas antes do exame, conforme orientado pelo médico, no caso de necessidade de utilização de contraste de gadolínio ou sedação;
  • Não utilizar brincos, piercings, relógio, grampos de cabelo, óculos, dentaduras, aparelhos de audição ou qualquer outra bijuteria ou material metálico no dia do exame.

Além disso, deve-se informar ao médico se possui próteses metálicas, placas ou parafusos em alguma articulação, implante coclear ou auricular, bombas de medicamentos, clipes cirúrgicos ou de aneurisma ou filtros de coágulos, por exemplo.

Também é importante informar ao médico se apresenta alergia ao gadolínio ou qualquer outro tipo de contraste radiológico, látex ou remédios e se apresenta problemas de saúde, como asma, bronquite asmática ou insuficiência renal.

No dia da ressonância, é importante levar todos os exames realizados anteriormente, como exames de sangue, cateterismos, ultrassons, cintilografia, raio X de tórax, tomografia computadorizada ou ressonância magnética feito anteriormente, por exemplo.

Como é feita

A ressonância magnética é feita pelo médico radiologista, em hospitais ou clínicas especializadas, e geralmente dura cerca de 15 a 60 minutos, ou até 2 horas dependendo da área a ser examinada.

Para a sua realização do exame é necessário permanecer deitado dentro do aparelho que emite o campo magnético, evitando movimentar o corpo, já que qualquer movimento pode alterar a qualidade do exame.

Em pessoas que não conseguem ficar paradas, como crianças, portadores de claustrofobia, demência ou esquizofrenia, por exemplo, pode ser necessário realizar o exame com sedação para induzir o sono. Caso contrário, o exame pode não ser eficaz.

As imagens obtidas da ressonância magnética são captadas, visualizadas e registradas no computador, permitindo detectar alterações, que devem ser interpretadas pelo médico que solicitou o exame.

Ressonância magnética com contraste

Em alguns casos, o médico pode aplicar o contraste de gadolínio diretamente na veia, pois é uma forma de causar maior definição das imagens, principalmente para visualizar órgãos ou vasos sanguíneos.

Assim, para aplicar o contraste é administrado soro fisiológico na veia, pelo enfermeiro, para que o médico possa injetar contraste de gadolínio.

Qual a diferença entre ressonância magnética e tomografia computadorizada?

Tanto a ressonância magnética como a tomografia computadorizada são exames de imagem que permitem avaliar órgãos e estruturas internas do corpo e diagnosticar condições de saúde.

No entanto, esses exames são diferentes, pois a ressonância magnética não utiliza radiação ionizante para a obtenção dos resultados, que é utilizada na tomografia computadorizada. Entenda para que serve e quando é necessária uma tomografia computadorizada.

A ressonância magnética utiliza um campo magnético de alta intensidade e ondas de rádio, que provocam uma agitação das moléculas do corpo, gerando imagens de alta definição dos órgãos internos que são captadas pelo aparelho e transferidas para um computador.

Tipos de ressonância magnética

O tipo de ressonância magnética depende do local que se pretende "investigar". Os mais comuns incluem:

  • Ressonância magnética da pelve, abdômen ou tórax: serve para diagnosticar tumores ou massas em órgãos como útero, intestino, ovários, próstata, bexiga, pâncreas, ou coração, por exemplo;
  • Ressonância magnética do crânio: ajuda a avaliar malformações cerebrais, hemorragia interna, trombose cerebral, tumores cerebrais e outros alterações ou infecções no cérebro ou nos seus vasos;
  • Ressonância magnética da coluna: ajuda a diagnosticar problemas na coluna e medula espinhal, como tumores, calcificações, hérnias ou fragmentos de ossos, após fraturas;
  • Ressonância magnética do ombro, joelho ou tornozelo: serve para avaliar os tecidos moles dentro da articulação, como a bursa, tendões e ligamentos.

O tipo de ressonância magnética é solicitado pelo médico de acordo com a condição de saúde que se deseja investigar.

Cuidados após o exame

Após a ressonância magnética, deve-se beber água ou outros líquidos, exceto bebidas alcoólicas, e urinar com frequência para eliminar o resto do contraste de gadolínio, caso tenha sido utilizado.

No caso de ter sido necessária sedação, deve-se evitar dirigir após o exame pois a pessoa pode ficar sonolenta, sendo importante ter um acompanhante que possa dirigir para voltar para a casa após o exame.