Alguns remédios podem cortar ou diminuir o efeito da pílula, pois diminuem a concentração hormonal na corrente sanguínea da mulher, aumentando o risco da gravidez indesejada.
Confira uma lista dos remédios que podem cortar ou diminuir a eficácia da pílula anticoncepcional e da pílula do dia seguinte, mesmo quando o anticoncepcional é tomado em forma de comprimido, injeção ou adesivo.

Remédios que não devem ser usados juntos com a pílula
Os medicamentos que não devem ser usados em conjunto com pílula são:
1. Antibióticos
Mulheres que façam o uso da rifampicina e da rifabutina para tratar e tuberculose, hanseníase e meningite bacteriana, podem ter o efeito da pílula de anticoncepção reduzido, e por isso o uso de algum método contraceptivo nestes casos, deve ser conversado com o ginecologia anteriormente. No entanto, estes dois são os únicos antibióticos que reduzem a ação de anticoncepção da pílula. Entenda melhor sobre a interação da rifampicina e a rifabutina com a pílula.
2. Anticonvulsivantes
Os remédios usados para diminuir ou eliminar crises convulsivas, também podem comprometer a eficácia dos anticoncepcionais em forma de comprimidos, tais como o fenobarbital, carbamazepina, oxcarbamazepina, fenitoína, primidona, topiramato ou felbamato.
Caso seja necessário fazer uso de anticonvulsivantes, se deve conversar com o médico responsável pelo tratamento, que receitou os anticonvulsivantes, pois já existem remédios desta classe que podem ser usados de forma segura com os anticoncepcionais, como o ácido valproico, lamotrigina, tiagabina, levetiracetam ou gabapentina.
3. Remédios naturais
Os fitoterápicos, conhecidos popularmente como remédios naturais também interferem na eficácia da pílula anticoncepcional. Um exemplo de remédio natural que interfere na atividade do anticoncepcional é o Saw palmetto, que é uma planta medicinal muito utilizada para tratar problemas urinários e impotência. Veja outros uso da saw palmetto.
A erva-de-são-joão, ou hipericão, também não é indicada para consumo durante o uso da pílula, pois altera a concentração hormonal na corrente sanguínea.
Assim, em caso de uso de algum destes medicamentos, ainda que sejam naturais, deve-se utilizar preservativo em todas as relações, mas continuar tomando a pílula normalmente. A eficácia da pílula deverá voltar no 7º dia após parar de usar o medicamento que compromete sua eficácia.

4. Antifúngicos
Remédios usados para tratar fungos, seja de forma tópica ou sistêmica, como griseofulvina, cetoconazol, itraconazol, voriconazol ou clotrimazol, não são indicados para mulheres que façam uso de comprimidos anticoncepcionais, por isso, caso seja preciso usar algum antifúngico, se deve comunicar ao ginecologista antes de iniciar o tratamento.
5. Antirretrovirais
Os medicamentos desta classe costumam ser usados no tratamento de HIV e AIDS, entre os mais comuns estão o lamivudina, tenofovir, efavirenz e zidovudina.
Desta forma, caso a pessoa faça tratamento com algum desses remédios, o uso da pílula anticoncepcional não está indicado, devendo ser usado o preservativo como um dos possíveis métodos de anticoncepção.
6. Outros remédios
Outros remédios que também são contra indicados durante o uso da pílula são:
- Teofilina;
- Lamotrigina;
- Melatonina;
- Ciclosporina;
- Midazolam;
- Tizanidina;
- Etoricoxibe;
- Verapamil;
- Varfarina;
- Diltiazem;
- Claritromicina;
- Eritromicina.
Para mulheres que querem fazer uso da pílula anticoncepcional, mas que fazem tratamento com os medicamentos que estão contraindicados, devem primeiro entrar em contato com o médico responsável pelo tratamento, para que possa ser indicado outro remédio ou pensada outra opção de método contraceptivo. Conheça outros métodos anticoncepcionais além da pílula.