Refluxo vesicoureteral: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em fevereiro 2023

O refluxo vesicoureteral é o fluxo anormal da urina, chamado refluxo retrógrado, em que a urina presente na bexiga volta para o ureter até o rim, e normalmente não causa sintomas, sendo identificado através de exames para investigar a causa de infecções urinárias, uma vez que o refluxo vesicoureteral aumenta o risco de desenvolver infecções urinárias.

Esta alteração é identificada principalmente em crianças que apresentam infecções urinárias muito frequentes, e geralmente é considerada uma alteração congênita, ou seja, que surge desde o nascimento, devido a um defeito na válvula da junção ureterovesical, que tem como função não deixar a urina da bexiga subir até o rim.

O tratamento do refluxo vesicoureteral é feito pelo urologista ou pediatra, e deve ser iniciado o mais rápido possível para evitar danos nos rins, podendo ser indicado o uso de remédios antibióticos e/ou cirurgia, de acordo com o grau da alteração.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas do refluxo vesicoureteral

Os principais sintomas do refluxo vesicoureteral são:

  • Vontade de urinar toda a hora;
  • Sensação de queimação ou dor ao urinar;
  • Sensação de peso na bexiga;
  • Urinar com pouca quantidade;
  • Urina turva;
  • Dor no fundo das costas;
  • Febre.

Esses sintomas geralmente estão relacionados à infecção urinária causada pelo refluxo vesicoureteral, e por isso, normalmente essa condição é identificada em exames para investigar a causa da infecção urinária. Saiba identificar todos os sintomas de infecção urinária.

Como confirmar o diagnóstico

O refluxo vesicoureteral pode ser suspeitado pelo pediatra ou urologista, através da presença dos sintomas e histórico de infecções urinárias frequentes, especialmente em crianças.

Cuidar da sua saúde nunca foi tão fácil!

Marque uma consulta com nossos Urologistas e receba o cuidado personalizado que você merece.

Marcar consulta

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Foto de uma doutora e um doutor de braços cruzados esperando você para atender

Para confirmar o diagnóstico do refluxo vesicoureteral, o médico deve solicitar exames que avaliam o funcionamento do sistema urinário e alterações na anatomia bexiga e/ou uretra, como exame de urina, ultrassom dos rins, ureteres e bexiga, ou uretrocistografia miccional. Saiba como é feita a uretrocistografia miccional.

O exame de uretrocistografia miccional, além de confirmar o diagnóstico, é capaz de determinar o grau do refluxo vesicoureteral.

Possíveis causas

O refluxo vesicoureteral é causado, na maioria dos casos, devido a um defeito na válvula da junção ureterovesical, que impede que a urina retorne para o ureter após chegar à bexiga, o que acontece durante o desenvolvimento da criança ainda durante a gestação e, por isso, é considerada uma alteração congênita.

No entanto, essa situação também pode ocorrer devido ao mau funcionamento da bexiga, obstrução do fluxo urinário, danos no músculo da bexiga ou nos nervos que controlam o esvaziamento da bexiga.

Graus de refluxo vesicoureteral

De acordo com as características observadas no exame e nos sintomas apresentados, o médico pode classificar o refluxo vesicoureteral em graus, sendo eles:

  • Grau I: é verificado retorno da urina apenas até o ureter e, por isso, é considerado o grau mais leve;
  • Grau II: há retorno de urina até o rim;
  • Grau III: existe retorno de urina até o rim e é verificada dilatação no órgão;
  • Grau IV: existe um retorno maior de urina ao rim e dilatação do órgão, podendo ainda ser verificados sinais de perda de função;
  • Grau V: retorno de urina ao rim que resulta em grande dilatação e alteração no ureter, sendo considerado o grau mais grave do refluxo vesicoureteral.

Dependendo do grau do refluxo, sinais e sintomas apresentados e idade da pessoa, o médico consegue indicar o melhor tipo de tratamento.

Como é feito o tratamento

O tratamento do refluxo vesicoureteral deve ser feito de acordo com a recomendação do urologista ou pediatra e pode variar de acordo com o grau do refluxo. Assim, em refluxos de grau I a III é comum a indicação de uso de antibióticos, pois assim é possível diminuir os sintomas relacionados com a infecção bacteriana, promovendo alívio dos sintomas. Até porque quando ocorre em crianças com menos de 5 anos, a cura espontânea é frequente.

No entanto, no caso dos refluxos de grau IV e V é normalmente recomendada a realização de cirurgia com o objetivo de promover melhora do funcionamento do rim e diminuir o retorno da urina. Além disso, o tratamento cirúrgico pode também ser indicado para as pessoas que não tiveram boa resposta ao tratamento com antibióticos ou que continuaram tendo infecções urinárias recorrentes.

É ainda importante que todas as pessoas diagnosticadas com refluxo vesicoureteral sejam acompanhadas regularmente pelo médico, pois assim é possível monitorar a função do rim, promovendo o seu bom funcionamento.