Pielonefrite: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em julho 2023

A pielonefrite é a inflamação dos rins, normalmente causada por uma infecção urinária que subiu pelos ureteres e chegou até aos rins. Nestes casos é comum o aparecimento de sintomas como dor forte na região lombar, vontade constante de urinar, febre, mal-estar e dor pélvica.

Na presença de sinais e sintomas indicativos de pielonefrite é importante consultar um nefrologista ou clínico geral, para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado, que normalmente é feito com o uso de antibióticos.

É importante que o tratamento seja feito logo após o diagnóstico, promovendo a eliminação da bactéria e evitando que a inflamação progrida, causando dano renal ou levando ate mesmo a perda da função dos rins.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de pielonefrite

Os principais sintomas de pielonefrite são:

  • Dor na região lombar e pélvica;
  • Dor abdominal;
  • Dor e ardência ao urinar;
  • Vontade constante de urinar;
  • Urina com mau cheiro;
  • Urina avermelhada ou rosada;
  • Mal-estar;
  • Febre;
  • Calafrios e suor excessivo;
  • Tremor;
  • Náuseas e vômitos;
  • Urina turva.

À medida que a bactéria se prolifera nos rins, é possível haver perda progressiva da função desse órgão devido à inflamação intensa, o que pode levar a lesão nos rins e consequentemente, a falência renal.

Alguns estudos indicam que o paciente com pielonefrite e lesão renal aguda possui maior risco de evoluir para doença renal crônica, sendo o risco quanto mais grave for a lesão renal.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da pielonefrite é feito pelo nefrologista ou pelo clínico geral por meio da avaliação dos sintomas apresentados pela pessoa, exame físico associado ao resultado dos exames complementares, como o exame de urina e o exame de imagem.

No exame de urina, podem ser identificados hemácias, leucócitos, presença de nitritos e bactérias. Já no exame de cultura da urina (urocultura), é possível identificar a bactéria que está causando a infecção. Isso permite escolher o antibiótico mais adequado para eliminar a infecção. Entenda como é feita a urocultura.

Marque uma consulta com o urologista mais próximo, usando a ferramenta a seguir, para que os sintomas seja avaliados mais detalhadamente e sejam indicados exames que ajudem a confirmar o diagnóstico:

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O melhor exame de imagem para auxiliar no diagnóstico da pielonefrite é a tomografia computadorizada (TC) de abdome. Além de ser bastante sensível, pode auxiliar no diagnóstico de complicações da pielonefrite, com o abscesso renal e obstrução do ureter, que pode contribuir para perpetuar a infecção. Contribui também para diagnosticar a litíase renal (pedra nos rins) que pode contribuir para gerar a pielonefrite.

Tipos de pielonefrite

A pielonefrite pode ser classificada em dois tipos principais de acordo com a forma como se desenvolve:

  • Pielonefrite aguda, quando a infecção surge de forma repentina e intensa, desaparecendo ao fim de algumas semanas ou dias com o tratamento adequado e podendo comprometer o funcionamento do rim, que pode ser reversível desde que o tratamento seja realizado corretamente;
  • Pielonefrite crônica, que é caracterizada por infecções bacterianas recorrentes e que não foram bem curadas, provocando inflamação prolongada e progressiva no rim e lesões graves que podem levar a injúria renal aguda, seguida de doença renal crônica evoluindo para doença renal crônica terminal se não tratada adequadamente.

Assim, na presença de sinais e sintomas indicativos de pielonefrite, é importante que o nefrologista ou clínico geral seja consultado para que sejam feitos exames que ajudem a confirmar o diagnóstico e identificar o microrganismo responsável pela infecção, sendo então possível iniciar o tratamento mais adequado, que normalmente envolve o uso de antibióticos.

Principais causas

A pielonefrite normalmente acontece como resultado de uma infecção urinária não tratada corretamente, em que as bactérias presentes no trato urinário sobem pelos ureteres e se instalam nos rins, onde proliferam e provoca inflamação. As principais bactérias relacionadas com a pielonefrite são Escherichia coli, Proteus sp., Klebsiella sp., Pseudomonas aeruginosa e Enterococcus sp., principalmente crianças, idosos e pacientes com cálculo.

Além disso, a pielonefrite pode resultar e uma infecção generalizada, onde a bactéria que está causando infecção, circula na corrente sanguínea e acomete outros órgãos.

A pielonefrite é mais comum em mulheres devido à proximidade entre o ânus e a uretra, o que favorece a ocorrência de infecções, no entanto, pode acontecer também com mais facilidade em pessoas que possuem o sistema imune comprometido como pacientes com diabetes, imunossuprimidos, idosos, pacientes internados com uso de sonda vesical, pessoas com problemas na motilidade da bexiga, pessoas com cálculo renal e em homens com hiperplasia prostática.

Tratamento da pielonefrite

O tratamento da pielonefrite geralmente é feito com antibióticos de acordo com o perfil de sensibilidade do microrganismo e deve começar o quanto antes para prevenir lesões nos rins e evitar que as bactérias se espalhem pela corrente sanguínea causando septicemia. Além disso, para aliviar a dor, o médico pode indicar o uso de analgésicos e anti-inflamatórios, sendo que este deve ser utilizado com cautela pois pode contribuir para injúria renal aguda.

A pielonefrite aguda, quando não tratada, pode favorecer a ocorrência de septicemia, abscesso renal, falência renal, hipertensão e pielonefrite crônica. Em caso de pielonefrite crônica, lesões graves no rim que evoluam para injúria renal grave e perda da função renal, além do uso de antibióticos, pode ser necessário fazer diálise todas as semanas para filtrar o sangue. Pode ocorrer ou não a recuperação parcial ou total da função renal após o tratamento.

Quando a pielonefrite é causada por obstrução ou malformação do rim, pode ser necessária a cirurgia para corrigir o problema.