A paraplegia é o termo médico utilizado quando o paciente não consegue movimentar ou sentir as pernas, uma situação que podem ser permanente e que geralmente é causada por uma lesão na medula espinhal.
Além de não conseguir mexer as pernas, o paraplégico também não controla a urina e os intestinos e, por isso, é frequente ele sofrer com infecção urinária e prisão de ventre.

Paraplegia tem cura?
A paraplegia geralmente não tem cura, mas quando ela é provocada por uma compressão da medula espinhal ou por algumas doenças infecciosas ou degenerativas, ela pode ser curada.
No caso da compressão da medula, uma cirurgia pode ser eficaz para descomprimir a área, permitindo a transmissão dos impulsos nervosos e no caso das doenças, quando elas são tratadas adequadamente a paraplegia é revertida.
No entanto, na maioria das vezes a paraplegia não tem cura e a fisioterapia é recomendada para estimular a circulação sanguínea, evitar a formação de escaras, evitar a contratura das articulações e facilitar as transferências da cadeira para o sofá, e para a cama, por exemplo.
Tipos de paraplegia
Os tipos de paraplegia podem ser:
- Paraplegia Espástica: quando se observa um aumento anormal do tônus muscular das pernas, com aumento da rigidez;
- Paraplegia Flácida: quando os músculos das pernas ficam muito enfraquecidos;
- Paraplegia Completa: quando não há sensibilidade nem movimentação das pernas;
- Paraplegia Incompleta: quando há sensibilidade, mas a força das pernas é diminuída.
O médico neurologista indica o tipo de paraplegia que a pessoa possui após a consulta onde investiga a força muscular e a sensibilidade, mas exames de imagem como a ressonância magnética e tomografia computadorizada podem evidenciar a gravidade da lesão na medula.
Fisioterapia para paraplegia
A fisioterapia para paraplegia consiste em exercícios que melhoram a circulação sanguínea e evitam as deformidades que geralmente acontecem quando os músculos não são devidamente estimulados.
O tratamento fisioterapêutico deve ser orientado pelo fisioterapeuta, dependendo das necessidades que o paciente apresenta. Durante a reabilitação, o paciente pode fazer natação ou outro esporte adequado à sua realidade, de forma a melhorar a auto-estima e aumentar o bem-estar físico e emocional. Algumas orientações gerais são:
- Realizar movimentos passivos de acordo com a amplitude do quadril e das pernas;
- Fazer movimentos que preservem as articulações dos ombros, cotovelos e pulsos;
- Usar meias elásticas;
- Fazer exercícios que promovam o retorno venoso;
- Fazer musculação para fortalecer os músculos dos braços, peito, ombros e costas.
Por permanecerem muito tempo sentados na cadeira de rodas, estes pacientes podem desenvolver feridas conhecidas por escaras ou úlceras de pressão, que se não forem devidamente tratadas podem infeccionar. O que se pode fazer para diminuir o risco de escaras é mudar de posição de 2 em 2 horas e colocar uma almofada especial na cadeira de rodas para facilitar a circulação sanguínea neste local.
Qual a diferença entre paraplegia e tetraplegia?

Enquanto a paraplegia afeta apenas as pernas, a tetraplegia, também conhecida por quadriplegia, é diagnosticada quando a lesão na medula compromete o movimento dos 4 membros, os braços e as pernas, e o tronco. Saiba mais sobre a tetraplegia e como é feito o tratamento.
O que causa paraplegia
A paraplegia é causada por uma lesão medular grave, que impede que os impulsos nervosos cheguem até as pernas e pés. Alguns exemplos de situações que podem lesionar a medula vertebral são doenças infecciosas como mielite transversa, traumatismo como em acidentes de viação, AVC, tumores, fratura das vértebras, lesão por bombas ou armas de fogo, prática de esportes radicais e hérnia de disco.
Estes acontecimentos podem acontecer em qualquer fase da vida e como consequência a pessoa fica impossibilitada de caminhar, havendo necessidade de cadeira de rodas. Emocionalmente é normal a pessoa ficar abalada mas com a reabilitação pode-se encontrar novamente o bem-estar e melhorar a qualidade de vida mas na maioria dos casos a paraplegia é irreversível, e não tem cura.