12 principais causas de espinhas (e o que fazer)

Atualizado em junho 2023

As espinhas podem ser causadas por fatores genéticos, uso de produtos oleosos na pele, exposição excessiva ao sol ou alterações hormonais que ocorrem na adolescência, gravidez ou TPM, por exemplo.

Essas condições podem resultar em aumento da oleosidade da pele, acúmulo de sebo e células mortas, que podem obstruir os folículos pilosos, e levar a uma inflamação ou crescimento de bactérias, como a Propionibacterium acnes, e desenvolvimento das espinhas.

Para evitar o surgimento de espinhas é importante manter a pele limpa, usar produtos que controlam o excesso de oleosidade da pele, ou usar pomadas ou comprimidos receitados pelo dermatologista, de acordo com a gravidade dos sintomas e o tipo de acne. Veja os principais tipos de acne.  

Imagem ilustrativa número 1

Principais causas de espinhas

Os principais fatores que podem causar espinhas são:

1. Adolescência

Durante a adolescência, principalmente entre os 12 e 18 anos de idade, é a fase mais comum de surgirem espinhas, devido ao aumento da produção de hormônios andrógenos, como a testosterona.

Esses hormônios aumentam a oleosidade da pele por estimular as glândulas sebáceas da pele a produzir mais sebo, resultando em obstrução dos poros, inflamação e proliferação de bactérias, como a Propionibacterium acnes.

O que fazer: deve-se consultar o dermatologista para avaliação da pele e ser indicado o melhor tratamento, que pode ser feito com cremes, pomadas ou loções de antibióticos, como peróxido de benzoíla, ou retinoides, como tretinoína, por exemplo. Confira as principais pomadas para espinhas

2. Limpeza incorreta da pele

A pele que não limpa corretamente pode ficar com acúmulo de oleosidade, o que obstrui os poros e facilita a formação de cravos e o desenvolvimento de espinhas.

O que fazer: o rosto deve ser lavado pelo menos 2 vezes ao dia, ao levantar e principalmente ao dormir, para remover o excesso de sujeira e oleosidade da pele, de preferência, com produtos específicos para o tipo de pele, orientados após avaliação do dermatologista. 

3. Não retirar a maquiagem

A maquiagem deve ser retirada assim que possível, pois o acúmulo na pele também causa obstrução dos poros e facilita a formação de cravos e espinhas, principalmente os produtos que são produzidos à base de óleos.

O que fazer: para quem tem tendência à acne é recomendado usar maquiagens específicas para peles oleosas, à base de água, entretanto o ideal mesmo é tentar deixar a pele o mais natural possível, além de sempre lavar o rosto e retirar toda a maquiagem com demaquilante ao chegar em casa.

4. Usar produtos muito gordurosos

O uso de protetor solar ou cremes hidratantes muito oleosos ou gordurosos, não ideais para cada tipo de pele, aumentam a formação de cravos e espinhas.

O que fazer: deve-se sempre tentar escolher produtos específicos para o tipo de pele, e que são chamados de "não-comedogênicos", pois são os que causam menor tendência à obstrução dos poros da pele.

5. Consumo de alimentos inflamatórios

Consumir alimentos inflamatórios para a pele, como leite, doces, carboidratos e frituras, podem aumentar o risco de ter espinhas, já que estimulam a inflamação da pele e o surgimento de cravos e espinhas.

O que fazer: evitar alimentação rica em carboidratos, gorduras e preferir focar em uma dieta rica em frutas, legumes, verduras, ômega-3 e água, pois têm efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios.

Assista o video a seguir com a nutricionista Tatiana Zanin, outros alimentos que inflamam a pele

youtube image - 5 piores alimentos que INFLAMAM o seu corpo

6. Exposição excessiva ao sol

Se expor ao sol excessivamente pode formar espinhas, pois a radiação UV pode acelerar a inflamação e produção de oleosidade da pele, o que facilita a produção de acne.

O que fazer: evitar se expor demais ao sol, preferindo horários de menor incidência de radiação UV, como antes das 10h ou após às 16h. Além de sempre passar protetor solar, como no mínimo FPS 30, adequado ao tipo de pele.

7. Predisposição genética

A predisposição genética é um dos principais fatores para a formação de espinhas, pois podem alterar a quantidade de ácidos graxos no sebo, e resultar em obstrução das glândulas sebáceas e lesões inflamatórias na pele.

O que fazer: o tratamento é feito com produtos tópicos, prescritos pelo dermatologista, e nos casos mais graves, como na acne de grau II ou IV, por exemplo, pode ser necessário o uso de medicamentos em comprimidos, como antibióticos ou isotretinoína, por exemplo.

8. TPM

Durante a tensão pré-menstrual (TPM), que ocorre de 1 a 2 semanas antes da menstruação, podem surgir espinhas, pois quando os níveis de estrogênio e progesterona diminuem, as glândulas sebáceas podem produzir mais óleo.

O que fazer: é importante manter a pele limpa, lavando pelo menos 2 vezes por dia, de manhã e à noite, ou usar produtos tópicos receitados pelo dermatologista. Além disso, em alguns casos, o ginecologista pode indicar o uso de anticoncepcionais para acne, como a drospirenona ou o dienogeste, por exemplo. Veja os principais anticoncepcionais para acne.  

9. Gravidez

Durante a gravidez, ocorre um aumento da produção de estrogênio e progesterona, que são normais na gestação, e que favorecem a produção de sebo e aumento da oleosidade da pele, e resultar no desenvolvimento de espinhas.

Geralmente, as espinhas na gravidez são mais intensas no primeiro trimestre, e tendem a diminuir no final da gestação.

O que fazer: é orientado optar por lavar a pele com sabonete neutro ou suave 2 vezes por dia e aplicar uma loção tônica sem álcool e sem ácidos, sempre após lavar e secar o rosto. Deve-se evitar tratamentos em comprimido, ácidos ou procedimentos estéticos neste período. Veja como tratar as espinhas na gravidez.  

10. Síndrome dos ovários policísticos

A síndrome dos ovários policísticos é a disfunção hormonal mais comum em mulheres, relacionada ao aumento do hormônio testosterona, que estimula a produção de óleo pela pele, deixando-a mais tendenciosa à produção de acne.

O que fazer: o tratamento da síndrome dos ovários policísticos é feito pelo ginecologista e envolve o uso de pílulas anticoncepcionais, espironolactona, clomifeno, letrozol ou gonadotropinas, por exemplo, de acordo com os sintomas apresentados. Veja todas as opções de tratamento para a síndrome dos ovários policísticos.

11. Menopausa

Durante a menopausa, algumas mulheres podem apresentar espinhas, devido à diminuição dos níveis de estrogênio no corpo e aumento da testosterona, o que pode resultar em maior oleosidade da pele e surgimento da acne.

O que fazer: é importante manter o rosto sempre limpo, lavando 2 vezes por dia e usando uma solução tônica. Em alguns casos, o dermatologista pode indicar o uso de remédios tópicos contendo antibióticos ou retinoides. 

Além disso, caso seja necessário, o ginecologista pode indicar a terapia de reposição hormonal. Saiba como é feita e quando é indicada a terapia de reposição hormonal.   

12. Efeito colateral de medicamentos

Alguns medicamentos, como corticoides, anticonvulsivantes, anabolizantes, lítio ou antidepressivos, podem causar como efeito colateral reações de inflamação da pele, com formação de espinhas.

O que fazer: deve-se consultar o médico responsável pelo tratamento, para que seja avaliada a possibilidade de mudança do medicamento ou doses. De forma alguma deve-se interromper o uso de remédio por conta própria.

Além disso, deve-se adotar medidas para redução da acne durante o uso do medicamento, como usar loções de limpeza ou cremes que diminuem a formação de espinhas, como ácido retinoico, por exemplo.

Como evitar espinhas

Para evitar o surgimento de espinhas, deve-se ter alguns cuidados, como:

  • Lavar o rosto com sabonete neutro ou suave, pelo menos 2 vezes por dia;
  • Passar uma loção tônica na pele, após lavar o rosto, para limpar e desobstruir os poros;
  • Usar hidratante não oleoso após passar o tônico de limpeza;
  • Evitar exposição excessiva ao sol;
  • Aplicar protetor solar oil free diariamente, com no mínimo FPS 30, mesmo em dias nublados;
  • Fazer esfoliação da pele, de 1 a 2 vezes por semana, para remover as células mortas da pele;
  • Evitar o uso de maquiagem, hidratantes ou de shampoos muito oleosos;
  • Evitar doces e frituras, além de bebidas alcoólicas e as gaseificadas;
  • Beber pelo menos 8 copos de água por dia, para manter a pele hidratada.

Além disso, é importante ter uma alimentação rica em ômega 3, zinco e antioxidantes, como salmão, sementes de girassol, frutas e legumes, pois são ricos em antioxidantes que ajudam a reduzir a inflamação da pele.

Confira no vídeo a seguir mais dica para uma alimentação para evitar espinhas:

youtube image - ACNE: O que comer para acabar com as espinhas

Como é feito o tratamento

O tratamento das espinhas é feito pelo dermatologista, e varia de acordo com a gravidade dos sintomas e tipo de acne.

Geralmente, o tratamento envolve cuidados diários com a pele, podendo também ser receitado pelo médico o uso de pomadas, cremes ou loções contendo ácido salicílico, adapaleno ou peróxido de benzoíla, que têm ação anti-inflamatória e/ou antibacteriana.

Nos casos mais graves de acne, o médico pode indicar o uso de remédios na forma de comprimidos, como antibióticos ou isotretinoína. Confira todas as opções de tratamento para espinhas.  

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