Metaplasia intestinal: o que é, sintomas, causas e tratamento

Metaplasia intestinal é a transformação das células do revestimento do estômago ou esôfago, que se tornam semelhantes às células encontradas no intestino, causando sintomas como dor ou queimação no estômago, náuseas e ter fezes escuras.

A metaplasia é considerada uma alteração pré-cancerosa, o que significa que tem potencial para se tornar câncer de estômago ou esôfago, sendo causada principalmente por infecção pela bactéria H. pylori.

O tratamento da metaplasia intestinal é feito pelo gastroenterologista e envolve o uso de medicamentos para reduzir a acidez do do estômago e antibióticos para eliminar a bactéria H. pylori.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de metaplasia intestinal

Os principais sintomas de metaplasia intestinal são:

  • Dor e queimação no estômago;
  • Náuseas e vômitos;
  • Má digestão;
  • Sensação de barriga inchada;
  • Arrotos e gases intestinais constantes;
  • Fezes escuras e com sangue.

A metaplasia intestinal normalmente não causa sintomas, no entanto, pode causar sintomas associados à infecção pela bactéria H. pylori, que causa o aparecimento de gastrite e úlceras no estômago e intestino. Saiba identificar os sintomas úlcera no estômago.

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Na presença de sintomas de metaplasia intestinal, deve-se consultar o gastroenterologista para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento mais adequado.

A metaplasia intestinal é grave?

A metaplasia intestinal não é considerada grave, porém é uma lesão pré-cancerosa, ou seja, pode se transformar em câncer de estômago ou esôfago, quando não tratada adequadamente.

Assim, quando o médico confirma o diagnóstico da metaplasia intestinal, o tratamento é iniciado rapidamente, sendo também necessário acompanhamento médico regular para avaliar sua evolução.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da metaplasia intestinal, na maioria dos casos, é feito por acaso quando o gastroenterologista solicita a endoscopia digestiva, para outros problemas do sistema digestivo.

Marque uma consulta com o gastroenterologista na região mais próxima de você:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Durante a endoscopia digestiva, o médico normalmente realiza uma biópsia do tecido alterado, para confirmar a metaplasia intestinal e/ou a infecção pelo H. pylori e, assim, indicar o tratamento mais adequado. Veja mais como é feita a endoscopia e como se preparar

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Metaplasia intestinal é câncer?

A metaplasia intestinal não é considerada um tipo de câncer, no entanto, é uma lesão pré-cancerosas, ou seja, se não for revertida pode se tornar um câncer.

A pessoa que for diagnosticada com esta condição deve fazer acompanhamento com gastroenterologista a longo prazo, para eliminar a bactéria H. pylori e fazer exames rotineiramente para verificar se as lesões da metaplasia intestinal estão regredindo.

Possíveis causas

As causas da metaplasia intestinal ainda não são totalmente conhecidas, no entanto, é causada devido a uma irritação crônica das células do revestimento do estômago ou esôfago.

Quem tem maior risco

Alguns fatores podem contribuir para o surgimento da metaplasia intestinal, como:

  • Infecção pela bactéria H. pylori;
  • Refluxo gastroesofágico crônico ou refluxo biliar;
  • Gastrite crônica ou atrófica;
  • Esofagite ou esôfago de Barrett;
  • Hábito de fumar ou consumo frequente de bebidas alcoólicas;
  • Histórico familiar de câncer de estômago, especialmente parentes de primeiro grau;
  • Dieta pobre em vitamina C.

Em alguns casos, a metaplasia intestinal também pode ser causada pela acidez estomacal, como ocorre na gastrite, formação de nitrato no estômago e hipocloridria, pois essas situações danificam as células da parede do estômago. Veja o que é hipocloridria e como tratar.  

Tipos de metaplasia intestinal

A metaplasia intestinal é classificada em diferentes tipos de acordo com o grau de alteração das células e sua extensão, que inclui:

1. Metaplasia intestinal completa

A metaplasia intestinal completa, ou tipo I, é caracterizada pela transformação total das células do estômago ou esôfago em células intestinais, que ficam semelhantes à mucosa do intestino delgado.

Esse tipo de metaplasia intestinal raramente se transforma em câncer, mas deve ser acompanhado regularmente pelo endocrinologista.

2. Metaplasia intestinal incompleta

A metaplasia intestinal incompleta é caracterizada pela transformação parcial das células do esôfago ou estômago em células semelhantes à do intestino.

Esse tipo de metaplasia intestinal normalmente está associada à infecção pelo H. pylori e tem um risco aumentado de desenvolvimento de câncer.

A metaplasia intestinal incompleta pode ser classificada em subtipos que são tipo II ou tipo III.

3. Metaplasia intestinal focal

A metaplasia focal é caracterizada por afetar uma parte do estômago ou esôfago, ou seja, está localizada em uma pequena região.

4. Metaplasia intestinal extensa

A metaplasia intestinal extensa é caracterizada por afetar mais de uma região do estômago ou esôfago.

Esse tipo de metaplasia intestinal tem um risco maior de desenvolvimento de câncer de estômago ou esôfago.

Leia também: Câncer no estômago: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/cancer-de-estomago

Como é feito o tratamento

O tratamento da metaplasia intestinal deve ser feito com orientação do gastroenterologista para tratar sua causa e evitar sua evolução.

Os principais tratamentos para metaplasia intestinal são:

1. Remédios para metaplasia intestinal

Os principais remédios para metaplasia intestinal que podem ser indicados pelo médico são:

  • Antibióticos, como amoxicilina, claritromicina ou metronidazol, para eliminar a bactéria H. pylori;
  • Inibidores da bomba de prótons, como omeprazol, pantoprazol, lansoprazol ou esomeprazol, para bloquear a produção de ácido no estômago;
  • Antagonistas do receptor da histamina H2, como famotidina ou cimetidina, que também bloqueiam a produção de ácido pelo estômago;
  • Antiácidos, como hidróxido de alumínio ou hidróxido de magnésio, para neutralizar o ácido do estômago;

Esses remédios são indicados pelo gastroenterologista para reduzir a inflamação no estômago ou esôfago, causada pelo excesso de ácido no estômago ou infecção pelo H. pylori.

O médico também pode indicar suplementos de ácido ascórbico (vitamina C) pois podem ajudar a diminuir a inflamação e reduzir as lesões provocadas pela metaplasia intestinal. No entanto, não substituem o uso de remédios.

2. Cirurgia

A cirurgia pode ser recomendada para remover as lesões da metaplasia intestinal no estômago ou esôfago.

Essa cirurgia normalmente é feita através da endoscopia.

3. Acompanhamento médico regular

O acompanhamento médico regular deve ser feito com o gastroenterologista para avaliar a evolução da metaplasia intestinal.

Geralmente, após o tratamento com antibióticos, é recomendado repetir a endoscopia para verificar se a bactéria H. pylori foi eliminada.

Além disso, o médico deve recomendar a realização de endoscopia 1 vez por ano, nos casos de metaplasia incompleta ou extensa, ou histórico familiar de câncer de estômago ou esôfago.

A endoscopia também pode ser indicada a cada 2 ou 3 anos para pessoas com metaplasia intestinal focal com histórico familiar de câncer de estômago, metaplasia intestinal incompleta ou gastrite persistente por H. pylori.

4. Mudanças no estilo de vida

Evitar o uso de cigarros e o consumo de bebidas alcoólicas, além de realizar uma alimentação saudável, também pode ajudar a evitar a evolução da metaplasia intestinal e contribuir para a recuperação da parede do estômago ou esôfago.

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