Câncer no estômago: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em maio 2023

O câncer de estômago, também chamado de câncer gástrico, é um tumor maligno que surge em qualquer local do estômago e normalmente aparece como uma úlcera, provocando sintomas como azia constante, dor no estômago, anemia e perda de apetite.

No entanto, também é comum que este tipo de câncer não cause nenhum sintoma específico, o que faz com que o tumor vá se desenvolvendo gradualmente e acabe sendo diagnosticado numa fase já muito avançada, quando as chances de cura são mais baixas.

O ideal é que sempre que se suspeita de algum problema no estômago, ou quando se tem histórico pessoal ou familiar de câncer no estômago, se marque uma consulta com um gastroenterologista, que poderá avaliar os sintomas e indicar a realização de exames, como a endoscopia, por exemplo, de forma a identificar se existe alguma alteração que precise de tratamento.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

Os principais sintomas que podem ser indicativos de câncer de estômago são:

  • Azia constante;
  • Dor na barriga frequente;
  • Náuseas e vômitos;
  • Diarreia ou prisão de ventre;
  • Sensação do estômago cheio, após as refeições;
  • Perda de apetite;
  • Fraqueza e cansaço;
  • Vômito com sangue ou sangue nas fezes;
  • Emagrecimento sem causa aparente.

Estes sintomas podem ser comuns a outros problemas de saúde, como um vírus no estômago ou úlcera gástrica e, por isso, só o médico pode fazer o diagnóstico correto e confirmar a doença, através de exames, como ressonância magnética ou endoscopia, por exemplo. Saiba reconhecer os sintomas de câncer no estômago.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico de câncer no estômago deve ser realizado por um gastroenterologista e, geralmente é feito com exames de sangue e endoscopia com biopsia. Veja como é feita a endoscopia.

Além disso, o médico pode ainda recomendar fazer outros exames, como uma tomografia computadorizada, PET-scan, e/ ou ultrassonografia para confirmar o diagnóstico e avaliar a evolução do câncer, permitindo adequar melhor o tratamento.

Para investigar a possibilidade de câncer de estômago, marque uma consulta com o oncologista mais próximo:

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Possíveis causas

Não se conhece a causa específica par o aparecimento de câncer no estômago, no entanto, parece ser mais comum nas seguintes situações:

  • Infecção no estômago por Helicobacter pylori;
  • ​Ingestão exagerada de alimentos em conserva por secagem, fumeiro, salga ou vinagre;
  • Presença de uma úlcera ou gastrite crônica não tratada;
  • Cirurgias prévias no estômago;
  • Histórico de anemia perniciosa, acloridria ou atrofia gástrica;
  • Predisposição genética, ou seja, quando existe histórico na família de câncer de estômago e outros tumores.

Além disso, a doença é mais comum em pessoas com mais de 55 anos e afeta mais os homens.

Como é feito o tratamento

O tratamento para câncer de estômago pode ser feito com cirurgia, quimioterapia, radioterapia, terapia-alvo ou imunoterapia, dependendo do tipo e da evolução do câncer e do estado geral de saúde da pessoa:

1. Cirurgia

A cirurgia para câncer de estômago é o tratamento mais comum e com melhores resultados no tratamento deste tipo de câncer, quando em estágio inicial. A cirurgia pode ser usada para remover apenas o câncer, uma parte do estômago, ou todo o estômago, bem como os gânglios linfáticos da região, dependendo do estágio da doença.

Alguns procedimentos cirúrgicos que podem ser realizados são:

  • Resseção endoscópica da mucosa: realizada nas fases iniciais da doença, em que o câncer é removido através de endoscopia;
  • Gastrectomia subtotal: consiste na retirada de apenas uma parte do estômago, conservando a outra parte saudável;
  • Gastrectomia total: consiste na remoção de todo o estômago e está indicado para quando o câncer atingiu já todo o órgão ou se localiza na parte superior.

Na cirurgia de gastrectomia, além de parte ou do estômago todo, são removidos alguns gânglios linfáticos que se encontram em torno do órgão, com o objetivo de avaliar a presença de células tumorais. Esse procedimento ajuda a definir a extensão da doença no corpo, sendo fundamental para a decisão sobre a indicação de outros tratamentos.

Além disso, no caso de outros órgãos que se encontram em torno do estômago, como o pâncreas ou o baço, serem afetados por células tumorais e se o médico entender, esses órgãos podem também ser removidos.

2. Quimioterapia

A quimioterapia para câncer de estômago utiliza remédios para eliminar as células cancerígenas, que podem ser tomados via oral ou por injeção nas veias. Existem vários medicamentos usados no tratamento deste câncer que são frequentemente utilizados em combinação para obter melhores resultados.

A quimioterapia pode ser feita antes da cirurgia, para ajudar a reduzir o tamanho do tumor, e depois da cirurgia, para eliminar as células cancerígenas que possam não ter sido removidas.

Alguns efeitos colaterais que podem ocorrer durante o tratamento com quimioterapia,são:

  • Náuseas e vômitos;
  • Perda de apetite;
  • Perda de cabelo;
  • Diarreia;
  • Inflamações na boca;
  • Anemia.

Por ter ação em todo o corpo, a quimioterapia torna o sistema imune mais frágil o que aumenta o risco de desenvolver infecções. Geralmente, os efeitos colaterais desaparecem ao fim de alguns dias após o tratamento.

3. Radioterapia

A radioterapia para câncer de estômago utiliza radiações para destruir, reduzir ou controlar o desenvolvimento do câncer. A radioterapia pode ser realizada após a cirurgia, para destruir as células muito pequenas que não foram removidas durante a cirurgia, ou em conjunto com a quimioterapia, para impedir que o câncer surja novamente.

Os efeitos colaterais que podem ser causados pela radioterapia podem ser:

  • Queimaduras na pele, na região afetada pelo tratamento;
  • Náuseas e vômitos;
  • Diarreia;
  • Dor no corpo;
  • Anemia.

Os efeitos colaterais da radioterapia são mais intensos quando é feita juntamente com quimioterapia.

4. Imunoterapia

A imunoterapia consiste no uso de remédios que estimulam a imunidade para atacar as células cancerígenas. A imunoterapia pode ser feita em conjunto com quimioterapia e ajuda a reduzir o crescimento e desenvolvimento do câncer.

Alguns efeitos colaterais que podem ocorrer durante o tratamento são a febre, fraqueza, náuseas, vômitos, tosse e diarreia. Saiba mais sobre a imunoterapia, quais os tipos e quando é indicada.