Linfoma: o que é, tipos, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em julho 2023

O linfoma é um câncer que afeta os linfócitos, um tipo de célula de defesa do organismo, e que pode surgir nos linfonodos, medula óssea ou outras partes do corpo, causando sintomas como febre, suor noturno, cansaço excessivo e o surgimento de ínguas em regiões como axila, virilha e pescoço.

Embora os sintomas geralmente sejam semelhantes, existem diferentes tipos de linfoma, como o linfoma de Burkitt e o linfoma folicular, e a sua identificação geralmente é feita por meio da biópsia de linfonodos afetados, sendo importante para que o tratamento mais apropriado possa ser indicado.

Em caso de suspeita de linfoma, é importante consultar um clínico geral, hematologista ou oncologista para uma avaliação e iniciar o tratamento apropriado, que pode envolver desde quimioterapia até cirurgia.

Imagem ilustrativa número 1

Tipos de linfoma

Os principais tipos de linfoma são:

1. Linfoma de Hodgkin

O linfoma de Hodgkin é um tipo de câncer que surge a partir dos linfócitos do tipo B, que multiplicam excessivamente e tornam-se malignos, provocando uma inflamação no corpo e o aparecimento dos sintomas, que normalmente têm início nos linfonodos do pescoço, tórax ou axilas.

Esse tipo de linfoma pode ser diagnosticado nos estágios mais iniciais, de forma que o seu tratamento e cura são mais fáceis. Conheça mais sobre o linfoma de Hodgkin.

2. Linfoma não-Hodgkin

O linfoma não-Hodgkin é mais comum que o linfoma de Hodgkin, porém o seu diagnóstico costuma acontecer apenas em fases mais avançadas da doença, de forma que o tratamento pode ser mais complexo. Esse tipo de linfoma também se desenvolve a partir das células de defesa do corpo, os linfócitos, podendo se desenvolver de maneira desordenada e iniciar em qualquer parte do corpo. Veja mais sobre o linfoma não-Hodgkin.

Principais sintomas

Os principais sintomas de linfoma são:

  • Febre;
  • Suor noturno;
  • Ínguas que aumentam de tamanho;
  • Perda de peso sem causa aparente;
  • Cansaço excessivo;
  • Coceira;
  • Mal-estar.

Geralmente, as ínguas surgem acima da clavícula, no pescoço, axila, virilha, mas também podem ocorrer em outras partes do corpo e, normalmente, as línguas não doem, são mais duras, irregulares e pouco móveis.

Além disso, outros sintomas, como dor no abdome, falta de ar e tosse, também podem ocorrer dependendo da parte do corpo afetada pelo linfoma. Conheça outros sintomas de linfoma.

Em caso de suspeita de linfoma é importante consultar um clínico geral, hematologista ou oncologista para uma avaliação e, no caso do diagnóstico ser confirmado, iniciar o tratamento mais apropriado.

Qual diferença entre linfoma e leucemia

Na leucemia, as células malignas começam a se multiplicar na medula óssea, enquanto que no linfoma, o câncer se inicia nos linfonodos, ou ínguas. Além disso, apesar de alguns sintomas serem parecidos, como febre e suor noturno, na leucemia é mais comum acontecer sangramento e surgir manchas roxas pelo corpo. Entenda melhor o que é leucemia e os seus sintomas.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico de linfoma geralmente é confirmado pelo clínico geral, hematologista ou oncologista levando em consideração os sintomas apresentados e a biópsia da íngua, que além de confirmar o diagnóstico também pode mostrar o tipo de linfoma.

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Podem ser também solicitados outros exames para confirmar o diagnóstico:

  • Exames de sangue: servem para avaliar as células e enzimas do sangue, pois alterações no leucograma, como aumento do linfócitos e aumento da desidrogenase láctica (LDH) podem indicar presença de linfoma;
  • Raio X: fornece imagens de partes do corpo que podem estar afetadas pelo linfoma;
  • Tomografia computadorizada: permite visualização de imagens de partes do corpo com mais detalhes do que o raio X, podendo detectar o linfoma;
  • Ressonância magnética: assim como a tomografia computadorizada, serve para detectar áreas do corpo afetadas pelo linfoma por meio de imagens;
  • Pet-scan: é um tipo de tomografia computadorizada, que ajuda na detecção de metástase, que é quando o linfoma se espalha para várias partes do corpo;

Estes exames podem ser úteis para avaliar a gravidade do linfoma e auxiliar na indicação do tratamento mais apropriado.

Causas de linfoma

O linfoma é causado pela multiplicação exagerada de linfócitos, o que pode afetar o funcionamento dos nódulos linfáticos, da medula óssea e outros órgãos.

Além disso, em caso menor imunidade, como na infecção pelo HIV e transplantados, algumas infecções, como pelo vírus Epstein-Barr ou Helicobacter pylori, uso de medicamentos imunossupressores, doenças autoimunes e histórico de exposição a pesticidas e herbicidas existe maior risco de desenvolver linfoma.

Como é feito o tratamento

O tratamento do linfoma pode envolver:

1. Quimioterapia

A quimioterapia é um tratamento que consiste na administração de medicamentos pela veia para eliminar as células cancerosas que causam o linfoma. Dessa forma, medicamentos quimioterápicos como a doxorrubicina, bleomicina, dacarbazina e vimblastina podem ser indicados dependendo do tipo e gravidade do linfoma.

Embora efeitos colaterais, como queda de cabelo, enjoo e vômitos, possam ocorrer, o tratamento pode demorar algumas semanas ou meses, necessitar ser repetido ou complementado com a radioterapia e imunoterapia para aumentar a sua eficácia. Confira como aliviar os efeitos colaterais da quimioterapia.

2. Radioterapia

A radioterapia é um tratamento utilizado para destruir células cancerosas através de uma radiação emitida por uma máquina diretamente no linfonodo afetado pelo linfoma e, geralmente, é utilizada em conjunto com outros métodos de tratamento para aumentar as chances de eliminar as células que causam o linfoma.

Além disso, a radioterapia pode provocar efeitos colaterais como perda de apetite, enjoo e sensação de calor no local aplicado. Veja o que comer paa aliviar os efeitos da radioterapia.

3. Imunoterapia

Alguns tipos de linfoma podem ser tratados com medicamentos imunoterápicos, que ajudam o sistema imunológico a combater as células do linfoma, e os efeitos colaterais geralmente são menores do que os da quimioterapia.

Esses medicamentos também podem ser indicados em conjunto com outras técnicas de tratamentos, aumentando as chances de cura do linfoma. Alguns medicamentos de imunoterapia usados para tratamento de linfoma são rituximabe, bortezomib e lenalidomida.

4. Transplante de medula óssea

Em alguns casos, o transplante de medula óssea pode ser uma opção e consiste em destruir as células doentes relacionadas com o linfoma e substituir por células-tronco saudáveis, que podem ser da própria pessoa ou de um doador. Saiba mais sobre o que são células tronco e como podem ajudar.

Geralmente, antes de receber as células-tronco saudáveis, é necessário realizar quimioterapia com doses altas para matar todas as células cancerosas do corpo.

5. Terapia gênica

A terapia com células T, também chamada de terapia CAR-T-cell, é uma forma de tratamento em que células de defesa do corpo são retiradas e reprogramadas com um tipo específico de partícula para aumentar a imunidade e a capacidade de combater as células cancerosas quando reintroduzidas no organismo. Este tratamento, ainda está sendo estudado e não está disponível em todos os hospitais. Saiba mais como é realizado o tratamento pela técnica CAR-T-cell.

6. Cirurgia

Em alguns casos, geralmente quando os linfonodos aumentam muito de tamanho ou quando o linfoma afeta poucos linfonodos, o médico pode indicar a cirurgia para retirada deste órgão.

O linfoma tem cura?

O linfoma pode ser curado em alguns casos, principalmente quando diagnosticado nas fases iniciais, no entanto a resposta ao tratamento também depende do tipo de linfoma, o que pode dificultar a cura.