Linfoma de Hodgkin: o que é, sintomas, tratamento e cura

Atualizado em julho 2022
  1. Sintomas
  2. Diagnóstico
  3. Causas
  4. Estágios
  5. Tem cura?
  6. Tratamento
  7. Marcar Consulta

O linfoma de Hodgkin é um tipo de câncer que surge no sistema linfático, que é composto pelos gânglios linfáticos e outros tecidos que têm como função produzir as células responsáveis pela imunidade.

Nesse tipo de câncer, também chamado de doença de Hodgkin, é possível verificar alteração nas células da imunidade, principalmente nos linfócitos, que se multiplicam de forma excessiva, tornando-se malignas e causando uma reação inflamatória, que leva ao aparecimento de ínguas inchadas, febre e coceira na pele, por exemplo.

Sempre que existirem sinais e sintomas suspeitos do linfoma de Hodgkin é importante consultar o clínico geral, o oncologista ou o hematologista para realizar exames que confirmem o diagnóstico e identifiquem o estágio da doença, ajudando na seleção da melhor forma de tratamento para alcançar a cura.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

O principal sintoma do linfoma de Hodgkin é o inchaço dos gânglios linfáticos, principalmente no pescoço, virilha ou axilas. Outros sintomas que podem estar presentes são:

  • Febre;
  • Perda de peso sem causa aparente;
  • Diminuição do apetite;
  • Suor noturno;
  • Coceira na pele;
  • Aumento do abdômen devido ao aumento do baço.

Em casos mais raros, principalmente quando o linfoma não é identificado e tratado e atinge outros órgãos, é possível notar a presença de outros sintomas como dor no peito, dificuldade para respirar, cansaço excessivo, tosse, desconforto abdominal e sintomas de má digestão.

Na presença de qualquer sintoma, é importante que o clínico geral seja consultado para que sejam feitos exames que possam identificar o linfoma e, dessa forma, haver o encaminhamento para um especialista e início do tratamento.

Como é feito o diagnóstico

Inicialmente, o diagnóstico é feito pelo médico por meio de exame físico, em que é feita a palpação dos gânglios linfáticos, além de ser realizada a avaliação dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa. É também indicada a realização do hemograma com o objetivo de avaliar as células do sangue, principalmente os linfócitos, já que é comum identificar alterações nesse tipo de células, ajudando a confirmar o diagnóstico e a gravidade da doença.

Pode ser também indicada a realização de exames de imagem como tomografia computadorizada, ressonância magnética ou PET scan, com o objetivo de verificar a extensão da doença e identificar se houve espalhamento para outros órgãos, sendo esses exames importantes para saber o estágio da doença, o que interfere diretamente no tipo de tratamento a ser realizado.

Para confirmar o diagnóstico, o médico pode solicitar a realização de uma biópsia do linfonodo, em que as células do linfonodo inchado são analisadas no laboratório com o objetivo de identificar alterações indicativas do linfoma. Em alguns casos, o médico pode também indicar a biópsia da medula óssea feita a partir da coleta de uma pequena amostra do osso da bacia, para verificar se há comprometimento da medula óssea.

O que causa o linfoma de Hodgkin

O linfoma de Hodgkin surge quando os linfócitos ou células precursoras sofrem alterações genéticas, o que faz com que multipliquem de forma excessiva e transformem-se em células malignas, levando ao desenvolvimento de uma resposta inflamatória, dando início aos sintomas.

Ainda não são esclarecidos os fatores que levam ao desenvolvimento das alterações nas células do sangue, no entanto pessoas que já tiveram infecção pelo vírus Epstein-Barr, que são portadoras do vírus HIV que fazem uso de medicamentos imunossupressores ou que possuem parentes em primeiro grau que tiveram essa doença, possuem mais risco de desenvolver esse tipo de linfoma.

Estágios do linfoma de Hodgkin

O linfoma de Hodgkin pode ser classificado em alguns estágios, sendo eles:

  • Estágio I: há comprometimento apenas de um grupo de linfonodos ou de apenas um órgão fora do sistema linfático;
  • Estágio II: há comprometimento de dois ou mais grupos de linfonodos do mesmo lado do diafragma, que é o músculo localizado abaixo dos pulmões e que separa o tórax do abdômen;
  • Estágio III: há comprometimento de grupos de linfonodos em lados diferente do diafragma;
  • Estágio IV: há comprometimento dos linfonodos e de outros órgãos fora do sistema linfático, principalmente medula óssea, pulmões e fígado.

A partir da identificação do estágio da doença, o hematologista, oncologista ou clínico geral pode indicar o tratamento mais adequado para que seja possível alcançar a cura.

O linfoma de Hodgkin tem cura?

O linfoma de Hodgkin tem cura quando é identificado logo nos primeiro estágios e tratado logo em seguida. Além disso, há maiores chances de cura quando a pessoa tem menos de 60 anos, é capaz de realizar as atividades do dia a dia normalmente, possui níveis de LDH circulantes no sangue normais e possui linfoma no estágio I ou II e com metástase em apenas um dos linfonodos.

Como é feito o tratamento

O tratamento para linfoma de Hodgkin pode variar de acordo com o estágio de desenvolvimento do câncer e a idade do paciente, possuindo como objetivo evitar a progressão da doença e promover a cura, podendo ser recomendado:

  • Quimioterapia: é o tratamento mais usado neste tipo de linfoma e utiliza medicamentos tóxicos que eliminam as células cancerígenas do organismo;
  • Radioterapia: geralmente é usado após a quimioterapia para reduzir o tamanho das ínguas e garantir que as células cancerígenas sejam completamente eliminadas. No entanto, também pode ser usado antes da quimioterapia caso as ínguas estejam muito grande;
  • Remédios esteroides: são utilizados nos casos mais avançados de linfoma para melhorar os efeitos da quimioterapia, acelerando o tratamento.

Nos casos mais graves, em que o linfoma de Hodgkin não responde ao tratamento ou volta a surgir, pode ser necessário voltar a fazer quimioterapia com doses maiores de remédios tóxicos e, nesses casos, também pode ser preciso fazer transfusões de sangue ou medula óssea, por exemplo. Veja mais detalhes do tratamento para linfoma.

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