HPV na boca: sintomas, tratamento e formas de transmissão

Atualizado em dezembro 2022

O HPV na boca é a infecção pelo papiloma vírus humano na mucosa bucal, o que geralmente acontece devido ao contato direto com lesões genitais durante o sexo oral desprotegido, com uma pessoa infectada pelo HPV, levando ao surgimento de sintomas como lesões ou pequenas verrugas esbranquiçadas, aftas frequentes ou feridas brancas ou vermelho-claras.

As lesões causadas pelo HPV na boca, embora sejam raras, são mais frequentes na borda lateral da língua, lábios e no céu da boca, mas qualquer local da superfície oral pode ser afetado, como garganta ou a base da língua.

O HPV na boca pode aumentar o risco de desenvolver câncer na boca, pescoço ou faringe e, por isso, é importante consultar o clínico geral ou estomatologista sempre que surgirem sintomas do HPV na boca, para que seja feito o diagnóstico e e iniciado o tratamento mais adequado, para evitar o surgimento do câncer.

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Imagem ilustrativa número 2
Foto de HPV na boca

Sintomas de HPV na boca

Os principais sintomas de HPV na boca são:

  • Lesões ou pequenas verrugas esbranquiçadas, na boca ou na garganta, que podem se juntar e formar placas;
  • Feridas de cor branca, vermelha-clara ou da mesma cor da pele;
  • Aftas frequentes na borda da língua, bochechas ou céu da boca;
  • Dor de garganta constante;
  • Dificuldade para engolir;
  • Rouquidão;
  • Tosse com sangue;
  • Dor de ouvido constante;
  • Íngua no pescoço;
  • Garganta inflamada recorrentemente.

Além disso, a maior parte dos casos diagnosticados descobre a infecção apenas quando surgem complicações mais graves, como câncer, sendo que outros sintomas também podem estar presentes, como perda de peso sem motivo aparente, inchaço ou dor na mandíbula ou ínguas no pescoço, por exemplo.

No caso de surgimento dos sintomas de HPV na boca ou caso exista suspeita de se estar infectado por HPV na boca, deve-se consultar o clínico geral ou estomatologista, para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento mais adequado.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do HPV na boca é feito pelo clínico geral ou estomatologista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde, e observação das lesões na boca ou garganta.

Por vezes é o dentista que observa alguma lesão que possa indicar uma infecção por HPV, em exames ou tratamentos odontológicos de rotina.

Para confirmar o diagnóstico, o médico deve fazer uma biópsia para ser analisada no laboratório, e verificar a presença da infecção pelo HPV, seu tipo e se a lesão é benigna ou maligna. Veja os principais exames que detectam o HPV

Como se pega HPV na boca

A principal forma de transmissão do HPV para a boca é através do sexo oral desprotegido, no entanto, também é possível que a transmissão aconteça através do beijo, especialmente se existir alguma lesão na boca que facilite a entrada do vírus.

Além disso, a infecção por HPV na boca é mais comum de ocorrer em pessoas que têm parceiros múltiplos, que fumam ou que fazem uso excessivo de bebidas alcoólicas.

Assista ao vídeo a seguir para entender um pouco mais sobre o HPV:

Como é feito o tratamento

Muitos casos de HPV curam sem qualquer tipo de tratamento e sem causar nenhuma sintoma, por isso, é frequente que a pessoa nem saiba que esteve infectada.

No entanto, quando surgem lesões na boca, o tratamento indicado pelo médico geralmente é o laser, a cirurgia, a crioterapia, ou o uso de medicamentos, como ácido tricloroacético a 70 ou 90% ou interferon alpha, 2 vezes por semana, durante cerca de 3 meses.

Existem 24 tipos de HPV que podem afetar a região da boca, sendo que nem todos estão relacionados ao surgimento de câncer. Os tipos que possuem um maior risco de malignidade são HPV 16, 18, 31, 33, 35 e 55. Já os que possuem médio risco são o HPV 45 e 52, e os que possuem baixo risco são o HPV 6, 11, 13 e 32.

Após o tratamento indicado pelo médico é importante realizar outros exames para confirmar a eliminação das lesões, no entanto, é muito difícil eliminar o vírus do HPV do corpo e por isso, nem sempre pode-se dizer que o HPV tem cura, porque o vírus pode voltar a se manifestar após algum tempo.

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