Hipertrofia dos cornetos nasais: causas, sintomas e tratamento

Atualizado em novembro 2019

A hipertrofia dos cornetos nasais corresponde ao aumento desses estruturas, devido principalmente a rinite alérgica, o que interfere na passagem de ar e resulta sintomas respiratórios, como roncos, boca seca e congestão nasal.

Os cornetos nasais, também conhecidos como conchas nasais ou carne esponjosa, são estruturas presentes na cavidade nasal que têm como funções aquecer e umedecer o ar inspirado para que chegue nos pulmões. No entanto, quando os cornetos estão aumentados, o ar não consegue passar com tanta eficiência para os pulmões, resultando em dificuldade respiratória.

O tratamento indicado pelo médico depende do grau de hipertrofia, causa e sinais e sintomas apresentados pela pessoa, podendo ser recomendado o uso de medicamentos ou realização de um procedimento cirúrgico com o objetivo de promover a desobstrução da cavidade respiratória.

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Principais causas

A hipertrofia dos cornetos acontece principalmente como consequência da rinite alérgica, em que devido à presença de fatores desencadeantes da alergia, há inflamação das estruturas respiratórias e, consequentemente, aumento dos cornetos nasais.

No entanto, essa situação também pode acontecer devido à sinusite crônica ou a alterações na estrutura do nariz, principalmente o desvio de septo, em que há alteração da posição da parede que separa as narinas devido a pancadas ou alterações da sua formação durante a vida fetal. Saiba como identificar o desvio de septo.

Sintomas da hipertrofia dos cornetos

Os sintomas de hipertrofia dos cornetos estão relacionados com alterações respiratórias, já que o aumento dessas estruturas dificulta a passagem de ar. Por isso, além da dificuldade respiratória, é possível que seja observado:

  • Roncos;
  • Congestão nasal e aparecimento de secreção;
  • Boca seca, já que a pessoa passa a respirar pela boca;
  • Dor no rosto e na cabeça;
  • Alteração da capacidade olfativa.

Esses sintomas são semelhantes aos sintoma de gripes e resfriados, no entanto, diferentemente dessas doenças, os sintomas de hipertrofia dos cornetos não passam e, por isso, é importante ir ao otorrinolaringologista ou ao clínico geral para que seja feita a avaliação da cavidade nasal e outros exames com o objetivo de realizar o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado.

Como é o tratamento

O tratamento da hipertrofia dos cornetos nasais varia de acordo com a causa, grau de hipertrofia e sintomas apresentados pela pessoa. Nos casos mais leves, quando a hipertrofia não é significativa e não compromete a passagem do ar, pode ser indicado pelo médico o uso de medicamentos para aliviar a inflamação e, assim, diminuir o tamanho dos cornetos, como descongestionantes nasais e corticoesteroides.

Quando o tratamento com medicamentos não é suficiente ou quando há obstrução significativa da passagem do ar, pode ser recomendada a realização de um procedimento cirúrgico, sendo o mais conhecido como turbinectomia, que pode ser total ou parcial. Na turbinectomia parcial, apenas uma parte do corneto nasal hipertrofiado é removido, enquanto que na total toda a estrutura é removida. Outras técnicas cirúrgicas são as turbinoplastias, que reduzem o tamanho das conchas nasais e não as retiram e costumam ter um pós operatório com menos complicações. Entenda como é feita a turbinectomia e como deve ser a recuperação.

Em alguns casos, é preciso também fazer cirurgia para corrigir o desvio de septo e, muitas vezes, esse procedimento é acompanhado pela realização de cirurgia estética.