Hipertonia muscular: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em agosto 2023

Hipertonia muscular é o aumento anormal do tônus muscular, em que o músculo perde a capacidade de relaxar, podendo resultar em aumento da rigidez devido à contração muscular constante.

Essa situação acontece principalmente devido a lesões nos neurônios motores superiores que pode acontecer como consequência da doença de Parkinson, lesões na medula espinhal, doenças metabólicas e paralisia cerebral, que é a principal causa de hipertonia nas crianças.

As pessoas com hipertonia apresentam dificuldade para se movimentar, já que existe uma disfunção neuronal no controle da contração muscular, além de também poder haver desequilíbrio e espasmos musculares. É recomendado que a pessoa com hipertonia seja acompanhado pelo médico neurologista e realize sessões de fisioterapia para aliviar as dores e melhorar a movimentação.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sinais e sintomas

O principal sinal indicativo de hipertonia é a dificuldade em realizar movimentos devido ao sinal nervoso constante de contração muscular. Além disso, outros sinais e sintomas de hipertonia são:

  • Dor muscular devido à contração constante;
  • Diminuição dos reflexos;
  • Falta de agilidade;
  • Cansaço excessivo;
  • Falta de coordenação;
  • Espasmos musculares.

Além disso, os sintomas podem variar de acordo com a gravidade da hipertonia e com o fato de evoluir ou não juntamente com a doença responsável por essa alteração. Assim, no caso de hipertonia leve, pode haver pouco ou nenhum efeito na saúde da pessoa, enquanto que no caso de hipertonia grave pode haver imobilidade e aumento da fragilidade óssea, além de maior risco de fraturas ósseas, infecção, surgimento de escaras e desenvolvimento de pneumonia, por exemplo.

Dessa forma, é importante que a causa da hipertonia seja identificada para que o tratamento adequado seja iniciado com o objetivo de promover o bem estar da pessoa e melhorar a qualidade de vida.

Causas de hipertonia

A hipertonia ocorre quando as regiões do cérebro ou medula espinhal que controlam os sinais relacionados com a contração e o relaxamento muscular são danificados, o que pode acontecer devido a diversas situações, sendo as principais:

  • Pancadas fortes na cabeça;
  • Acidente Vascular Cerebral (AVC);
  • Tumores no cérebro;
  • Esclerose múltipla;
  • Doença de Parkinson;
  • Danos na medula espinhal;
  • Adrenoleucodistrofia, também conhecida como doença de Lorenzo;
  • Hidrocefalia.

Nas crianças, a hipertonia pode acontecer devido a danos durante a vida intrauterina ou efeito extrapiramidal, no entanto está principalmente relacionada com a paralisia cerebral, que corresponde à alterações no desenvolvimento do sistema nervoso devido à falta de oxigênio no cérebro ou presença de coágulos. Entenda o que é a paralisia cerebral e quais os tipos.

Como é feito o tratamento

O tratamento da hipertonia é recomendado pelo médico de acordo com a gravidade dos sintomas apresentados e tem como objetivo melhorar a capacidade motora e aliviar a dor, promovendo a qualidade de vida da pessoa. Para isso, o médico pode indicar o uso de medicamentos relaxantes musculares que podem ser usados por via oral ou diretamente no líquido cefalorraquidiano. Além disso, a toxina botulínica pode ser usada para aliviar a hipertonia em uma área específica do corpo porque seus efeitos são locais, e não em todo o corpo.

É importante também que seja realizada fisioterapia e terapia ocupacional para estimular os movimentos e evitar a resistência, além de ajudar no fortalecimento muscular. Em alguns casos pode ser indicado também o uso de órteses, que podem ser usados durante períodos de descanso da pessoa ou como forma de ajudar a realizar movimentos difíceis de serem executados.