Ultrassom na fisioterapia: para que serve e como usar corretamente

Atualizado em abril 2020

O tratamento de fisioterapia com ultrassom pode ser feito para tratar inflamação das articulações e dor lombar, por exemplo, já que é capaz de estimular a cascata inflamatória e diminuir a dor, o inchaço e os espasmos musculares.

A fisioterapia com ultrassom pode ser usado de duas formas:

  • Ultrassom contínuo, onde as ondas são emitidas sem interrupções e que produz efeitos térmicos, alterando o metabolismo e a permeabilidade das células, auxiliando na cicatrização das feridas e diminuindo o inchaço, sendo também mais eficaz no tratamento de lesões crônicas;
  • Ultrassom pulsátil, ondas as ondas são emitidas com pequenas interrupções, o que não produz efeitos térmicos, mas também é capaz de estimular a cicatrização e diminuir os sinais inflamatórios, sendo mais indicado no tratamento de lesões agudas.

A fisioterapia com ultrassom é um tipo de tratamento muito eficaz e que não causa dor. A quantidade de sessões de fisioterapia variam de acordo com o tipo e grau da lesão, por isso deve ser sempre avaliada pelo próprio fisioterapeuta antes de iniciar o procedimento. No entanto não é recomendado usar o ultrassom diariamente por mais de 20 dias. 

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve

A fisioterapia com ultrassom é feita com o objetivo de aumentar o fluxo sanguíneo local e assim favorecer a cascata inflamatória, reduzindo o inchaço e estimulando as células inflamatórias, promovendo assim a cicatrização, remodelação do tecido e diminuindo o edema, dores e os espasmos musculares.

Esse tratamento é indicado para o tratamento de:

  • Artrose;
  • Inflamação das articulações;
  • Dor lombar;
  • Bursite;
  • Doenças ou dores crônicas ou agudas;
  • Espasmos musculares;
  • Contratura muscular.

Além disso, na estética pode-se usar o ultrassom de 3 Mhz para combater a celulite, por exemplo.

Como usar o ultrassom 

O ultrassom deve ser usado da forma correta, colocando uma camada de gel condutor diretamente na área afetada e depois acoplar a cabeça do equipamento, fazendo movimentos lentos, de forma circular, em forma de 8,  de cima para baixo, ou de um lado para o outro, mas nunca pode ficar parado sobre o mesmo local.

O equipamento pode ser regulado de acordo com a necessidade, podendo ser regulado da seguinte forma:

Frequência de onda:

  • 1Mhz - lesões profundas, como músculos, tendões
  • 3 MHz: tem uma capacidade de penetração menor da onda, sendo indicado para tratar disfunções na pele. 

Intensidade:

  • 0,5 à 1,6 W/cm2: a intensidade menor trata estruturas mais próximas da pele, enquanto que a intensidade maior trata regiões mais profundas, como lesão óssea

Tipo de emissão:

  • Contínuo: para lesões crônicas, onde o calor é indicado
  • Pulsátil: para lesões agudas, onde o calor é contraindicado

Ciclo de trabalho:

  • 1:2 (50%): fase subaguda
  • 1:5 (20%): fase aguda, de reparo tecidual 

O ultrassom também pode ser usado no modo sub aquático, ficando o cabeçote dentro de uma bacia com água, sendo ideal para estruturas como as mãos , punho ou dedos, onde seria muito difícil acoplar toda a era do equipamento. Nesse caso não é preciso colocar gel na pele, mas a estrutura a ser tratada e a cabeça do equipamento devem permanecer mergulhadas na água, e nesse caso o equipamento não precisa necessariamente ficar sempre em contato direto com a pele, podendo haver uma pequena distância. 

Como funciona o ultrassom 

O tratamento com ultrassom promove a liberação de calor para os tecidos, como tendões, músculos e articulações, diminuindo os sintomas de inflamação e promovendo a regeneração do tecido. Esse tratamento não é doloroso, não tem efeitos colaterais e é feito por meio de um transdutor capaz de gerar correntes elétricas de frequências alternadas e capazes de penetrar o tecido e estimular o fluxo sanguíneo da região.

As ondas sonoras liberadas por meio do transdutor penetram o tecido de acordo com o tipo de meio que se está usando, ou seja, gel ou loção, qualidade do transdutor, superfície de tratamento e do tipo de lesão que será tratada. Normalmente os ossos e a região de ligação dos tendões possuem baixa capacidade de absorção sendo recomendada a realização de outro tipo de tratamento ou a utilização de uma frequência mais baixa do ultrassom.

A capacidade de penetração das ondas no tecido é inversamente proporcional à frequência aplicada, podendo variar entre 0,5 e 5 MHz, sendo a frequência normalmente utilizada entre 1 e 3 MHz. 

Contraindicações do ultrassom na fisioterapia

Esse tipo de tratamento, porém, não deve ser utilizado em algumas situações, como por exemplo em caso de osteoporose avançada, presença de próteses, gravidez, câncer ativo e áreas tratadas com radioterapia ou que apresentam varizes, devendo ser escolhida outra opção de tratamento fisioterápico.