Febre do Nilo: o que é, sintomas e tratamento

Revisão médica: Drª Sylvia Hinrichsen
Infectologista
junho 2021

A febre do Nilo, também conhecida como doença do Nilo Ocidental, é uma infecção causada pela picada do mosquito do gênero Culex infectado pelo vírus do Nilo Ocidental.

Apesar de ser pouco frequente, a febre do Nilo acontece mais facilmente em idosos, porque possuem o sistema imunológico mais fragilizado, o que torna mais fácil a infecção e o desenvolvimento dos sintomas da doença.

Os sintomas da febre do Nilo normalmente surgem 14 dias após a picada do mosquito infectado e podem variar desde uma febre passageira até meningite, em que o vírus atinge e inflama a membrana que envolve o cérebro e a medula, podendo nesses casos surgir dor muscular, dor cabeça e rigidez no pescoço.

Imagem ilustrativa número 3

Principais sintomas

A maioria dos casos de febre do Nilo não leva ao aparecimento de sinais ou sintomas significativos, no entanto quando a pessoa possui o sistema imunológico mais fragilizado, como é o caso de crianças, idosos, grávidas ou pessoas com doenças crônicas, é possível notar o aparecimento de sintomas até 14 dias após a infecção com o vírus.

Os principais sintomas são:

  • Febre;
  • Mal-estar;
  • Tontura;
  • Grande perda de peso;
  • Diarreia;
  • Náusea;
  • Vômito;
  • Dor nos olhos;
  • Dor de cabeça;
  • Dor nos músculos ou nas articulações;
  • Manchas vermelhas na pele com bolhinhas, em alguns casos;
  • Cansaço excessivo;
  • Fraqueza muscular.

Em casos mais graves, quando a doença não é identificada e tratada, ou quando a pessoa possui o sistema imunológico muito comprometido, é possível que o vírus atinja o sistema nervoso e leve a complicações graves como encefalite, poliomielite ou meningite, principalmente, que é caracterizada pela rigidez na nuca. Saiba reconhecer os sintomas de meningite.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da febre do Nilo é feito pelo clínico geral ou pelo infectologista através da avaliação dos sinais e sintomas apresentados, além do resultado de exames de sangue, principalmente o sorológico, que tem como objetivo identificar a presença de antígenos e anticorpos contra o vírus.

Além disso, é recomendado pelo médico a realização de hemograma, em que normalmente é observado diminuição do número de linfócitos e hemoglobina, além de dosagem da proteína C reativa (PCR) e avaliação do LCR, principalmente se houver suspeita de meningite.

Dependendo dos sintomas, o médico pode indicar a realização de exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, para avaliar a gravidade da doença.

Como é feito o tratamento

Ainda não existe vacina ou tratamento especifico para tratar a febre do Nilo ou para eliminar eficazmente o vírus do corpo, e por isso o tratamento é feito apenas para aliviar os sintomas relacionados com a doença. Para isso podem ser utilizados alguns remédios, como Paracetamol ou Metoclopramida, por exemplo, que devem ser tomados de acordo com a recomendação do médico.

Nos casos mais graves pode ainda ser necessário o internamento, para que seja feito o acompanhamento adequado e seja realizado tratamento com soro na veia para hidratar, podendo também ser necessária a utilização de máquinas para ajudar a pessoa a respirar.

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Escrito por Marcela Lemos - Biomédica. Atualizado por Manuel Reis - Enfermeiro, em junho de 2021. Revisão médica por Drª Sylvia Hinrichsen - Infectologista, em junho de 2016.

Bibliografia

  • MINISTÉRIO DA SAÚDE. Febre do Nilo Ocidental: causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção. Disponível em: <https://saude.gov.br/saude-de-a-z/febre-do-nilo-ocidental>. Acesso em 12 mar 2020
  • CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Febre do Nilo: OIE notifica caso em equino em São Paulo. Disponível em: <https://www.crmvsp.gov.br/arquivo_release/05.09.2019_Febre_do_Nilo_OIE_notifica_caso_em_equino_em_Sao_Paulo.pdf>. Acesso em 10 nov 2020
Revisão médica:
Drª Sylvia Hinrichsen
Infectologista
Médica infectologista, doutorada em Medicina Tropical pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1995. Cremepe: 6522