O que é Escápula alada, principais causas e tratamento

Ortopedista
janeiro 2020

A escápula alada é uma situação rara caracterizada pela posição incorreta da escápula, que é o osso encontrado nas costas, que está conectado com o ombro e com a clavícula e que é sustentado por vários músculos, resultando em dor e desconforto na região do ombro.

Apesar de rara, essa situação pode acontecer devido ao enfraquecimento dos músculos que sustentam a escápula devido à doença ou como consequência de lesões no ombro ou de condições que afetem os nervos presentes no local como levantamento de peso excessivo ou lesões repetitivas relacionados com o trabalho, por exemplo.

O tratamento da escápula alada deve ser feito de acordo com a recomendação do ortopedista e normalmente é feito por meio de exercícios de fisioterapia. Em casos mais graves, pode ser indicada a realização de cirurgia com o objetivo de descomprimir o nervo e reposicionar a escápula.

Imagem ilustrativa número 1

Principais causas

A escápula alada pode acontecer tanto devido a lesão nos nervos como devido ao enfraquecimento dos músculos que sustentam a escápula, que são principalmente os músculos serrátil anterior e trapézio. Assim, as principais causas de escápula alada são:

  • Contratura muscular;
  • Lesões por esforço repetitivo;
  • Deslocamento do ombro, sendo a escápula alada uma consequência;
  • Perda progressiva da função muscular;
  • Pancadas e traumas fortes;
  • Infecções.

Como nesse caso a escápula não está posicionada corretamente, é possível que a pessoa tenha perda da mobilidade do ombro, além de dor, incômodo e desconforto no ombro, pescoço e coluna e formigamento do braço. Esses sintomas, quando não tratados podem levar ao comprometimento da realização de atividades do dia a dia, como escovar os dentes, pentear os cabelos e segurar sacolas, por exemplo.

O diagnóstico da escápula alada é feito pelo ortopedista por meio de avaliação clínica, em que é verificada a posição da escápula, além de serem realizados alguns movimentos com o braço e com os ombros para verificar se há limitação do movimento e se a pessoa sente alguma dor ou desconforto que seja indicativo de lesão nos nervos. Além disso, o médico pode recomendar a realização do exame de eletromiografia com o objetivo de verificar a atividade muscular e diagnosticas alterações nervosas. Entenda para que serve e como é feito o exame de eletromiografia.

Como é feito o tratamento

O tratamento para escápula alada deve ser feito de acordo com a recomendação do ortopedista e com a causa dessa alteração, sendo na maioria das vezes indicada a realização de exercícios de fisioterapia para relaxar e fortalecer os músculos, além de estimular a mobilidade do ombro, sendo a fisioterapia também importante para aliviar a dor e o desconforto.

Nos casos mais graves, que é quando a escápula alada acontece como consequência da compressão de um nervo, pode ser necessária a realização de cirurgia para descomprimir o nervo, seguida de sessões de fisioterapia para favorecer a recuperação.

Além disso, de acordo com a gravidade da escápula alada, o ortopedista também pode indicar a realização da estabilização da escápula, em que, com auxílio de uma tipoia, a escápula fica presa às costelas, evitando que fique em posição incorreta. ​​​​​​

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Escrito por Marcela Lemos - Biomédica. Atualizado por Manuel Reis - Enfermeiro, em janeiro de 2020. Revisão médica por Dr. Francisco Couto Valente - Ortopedista, em janeiro de 2020.

Bibliografia

  • SILVA, Jefferson B.; GERHARDT, Samantha; PACHECO, Ivan. Síndrome do aprisionamento fascial do nervo torácico longo: escápula alada. Revista Brasileira de Ortopedia. Vol 50. 5 ed; 573-577, 2015
  • WASHINGTON UNIVERSITY. Winged Scapula. Disponível em: <http://nerve.wustl.edu/nd_transfers_scapula.php>. Acesso em 27 nov 2019
Mostrar bibliografia completa
  • OLIVEIRA, Marco Aurélio; ALFARO, Yuri; KOTZIAS, Anastácio N.; KORMAN, Mário César. Osteocondroma retroescapular como diagnóstico diferencial de escápula alada. Revista Brasileira de Ortopedia. Vol 54. 3 ed; 241-246, 2019
Ortopedista
Médico ortopedista formado pela Faculdade Souza Marques em 2011, com CRM.RJ 52.92679-5 e Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia.