Metanfetamina: o que é, efeitos no corpo e riscos

Atualizado em março 2024

A metanfetamina é uma substância psicoativa sintética, derivada da anfetamina, que causa efeitos estimulantes no cérebro, levando a sensação de euforia, aumento do estado de vigília e agitação, sendo muitas vezes usada de forma ilegal como droga de abuso, e produzida em laboratórios ilegais em forma de pó, comprimido ou cristais.

A metanfetamina é uma substância proibida pela ANVISA, e não deve ser confundida com a anfetamina, que ainda é utilizada como remédio, em casos estritamente indicados pelo médico, como estimulante do sistema nervoso. Entenda o que são as anfetaminas e quais os seus efeitos.

O tempo de ação da metanfetamina no corpo, depende da quantidade utilizada e, do tamanho da pessoa, assim como do uso de outras drogas de abuso, podendo causar vício facilmente, além de efeitos tóxicos como psicose, paranoia, delírio, alucinação, sangramento no cérebro, comportamento violento, ou até convulsões e insuficiência respiratória, podendo colocar a vida em risco.

Imagem ilustrativa número 1

Como é feita

A metanfetamina é uma droga fabricada em laboratório, sendo derivada da anfetamina e, em laboratórios clandestinos, pode ser obtida através da manipulação da efedrina, uma substância presente em remédios para gripes e resfriados. 

Esta droga se apresenta em forma de pó branco, cristalino, inodoro e com sabor amargo, que é solúvel em líquidos e é usada indevidamente de diversas formas, inalada, fumada, ingerida ou injetada. Ela pode também ser transformada em cloridrato de metanfetamina, que tem uma forma cristalizada, o que a torna fumável e com maior potencial de causar dependência. 

Principais efeitos no organismo

A metanfetamina produz diversos efeitos no organismo, já que aumenta de forma potente neurotransmissores cerebrais, como serotonina, dopamina e noradrenalina.

Os efeitos da metanfetamina podem ser sentidos cerca de 5 a 30 minutos após o seu uso, o que depende da forma como foi utilizada.

Quando fumada ou injetada, a metanfetamina chega à corrente sanguínea e ao cérebro rapidamente, promovendo prazer intenso e imediato que pode durar apenas alguns minutos. Quando inalada ou ingerida, provoca sensação de euforia intensa, extroversão, aumento da energia, da libido e da sexualidade, e inibição do apetite, que podem durar por cerca de 6 a 12 horas.

Quais os riscos associados ao uso

A metanfetamina possui riscos tanto para a saúde física como mental, sendo os principais: 

  • Perda da memória;
  • Ataque de pânico;
  • Inquietação, irritabilidade e comportamento agressivo;
  • Psicose, depressão, paranoia, delírio, alucinação e desorientação;
  • Desnutrição e problemas dentais graves;
  • Dependência física e psicológica;
  • Danos nos vasos sanguíneos e estruturas do cérebro;
  • Edema pulmonar e insuficiência respiratória;
  • Insuficiência renal aguda;
  • Intoxicação no fígado e insuficiência hepática;
  • Destruição dos tecidos do nariz, no caso da droga inalada;
  • Doenças infecciosas, celulite infecciosa ou abscessos, no local em que a droga foi injetada;
  • Aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial;
  • Infarto, AVC ou hemorragia cerebral;
  • Aumento da temperatura corporal, causando transpiração intensa.

A metanfetamina também pode causar um "efeito de ajuste", conhecido como tweaking, caracterizado pela paranóia e alucinações constantes, o que leva à necessidade mais metanfetamina para obter os efeitos "desejados" da droga. Esse efeito é difícil de conseguir, levando a sintomas de frustração, irritabilidade, comportamento instável ou violento ou discussões domésticas, por exemplo.

Além disso, a pessoa em tweaking pode ser identificada pelos movimentos rápidos dos olhos, até 10 vezes mais rápidos do que o normal, voz trêmula ou movimentos espasmódicos. Confira os sinais que indicam que alguém está usando drogas

A metanfetamina quando utilizada em doses altas, pode causar overdose, que pode ser percebida através de sintomas como dor no peito, dor de cabeça forte, confusão mental, alterações na fala, dificuldade para respirar, desmaio, perda da consciência, convulsões e coma, que podem colocar a vida em risco.