Dor no pâncreas: o que pode ser (e o que fazer)

Atualizado em dezembro 2023

A dor no pâncreas acontece a parte superior do abdômen, do lado esquerdo e pode ser sentida como pontadas, além de poder irradiar para outras partes do corpo, principalmente para as costas.

Além disso, quando essa dor é acompanhada por outros sintomas, como náuseas, diarreia e perda do apetite, por exemplo, pode ser indicativo de problemas no pâncreas, que devem ser investigados e o tratamento iniciado logo em seguida para prevenir complicações.

Algumas das situações que provocam essa dor são a pancreatite, que é a inflamação do pâncreas, e o câncer de pâncreas, que devem ser tratados de acordo com a recomendação do médico, podendo ser indicada realização de cirurgia, uso de medicamentos anti-inflamatórios ou analgésicos e mudança nos hábitos alimentares, por exemplo.

Imagem ilustrativa número 1

O que pode ser

As principais causas da dor no pâncreas são:

1. Pancreatite

A pancreatite corresponde à inflamação do pâncreas e acontece quando as enzimas produzidas pelo pâncreas são liberadas no seu interior, promovendo a destruição progressiva do órgão e sua inflamação e levando ao aparecimento de sinais e sintomas como dor, que piora com o passar do tempo e após as refeições, náuseas, perda de peso, desnutrição e fezes amareladas ou brancas.

A pancreatite é normalmente consequência de situações que interferem diretamente no funcionamento do órgão, como consumo excessivo de bebidas alcoólicas, obstrução das vias biliares, infecções como caxumba, fibrose cística ou presença de doença autoimune, por exemplo. Veja mais sobre as causas de pancreatite.

O que fazer: É importante consultar o gastroenterologista assim que apresentar sinais e sintomas de inflamação no pâncreas, pois assim é possível iniciar o tratamento rapidamente e evitar complicações, como pancreatite crônica e insuficiência pancreática. 

O tratamento para pancreatite é normalmente feito de acordo com a gravidade dos sintomas apresentados, podendo ser recomendado pelo médico uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, suplementação de enzimas pancreáticas, nos casos mais graves, e controle da dieta.

Confira algumas dicas de alimentação para quem tem pancreatite no vídeo a seguir

2. Insuficiência pancreática

A insuficiência pancreática é muitas vezes consequência da pancreatite crônica, sendo caracterizada pela ausência de produção de enzimas digestivas pelo pâncreas, levando ao aparecimento de alguns sintomas como dor no pâncreas, má digestão, presença de gordura nas fezes, fezes com mau cheiro, desnutrição e perda de peso.

O que fazer: Nesse caso, o gastroenterologista normalmente indica a reposição das enzimas pancreáticas, pois assim é possível que o processo digestivo melhore e a pessoa consiga absorver os nutrientes necessários, sendo assim também possível evitar a desnutrição e a anemia, promovendo a qualidade de vida da pessoa.

3. Câncer de pâncreas

O câncer de pâncreas é também outra situação em que há dor no pâncreas, além de outros sintomas como urina escura, fezes brancas, pele e olhos amarelados, diminuição do apetite e perda de peso. Esses sintomas normalmente surgem quando a doença está em fases mais avançadas e é mais frequente em pessoas com mais de 60 anos, com histórico na família ou que possuem hábitos que comprometem a saúde do pâncreas.

O que fazer: É recomendado que o tratamento seja feito de acordo com a recomendação do médico para promover a qualidade de vida da pessoa e evitar que ocorra metástase. Assim, é normalmente indicada a realização de cirurgia seguida da realização de sessões de quimio e radioterapia. Confira mais detalhes sobre o tratamento para o câncer de pâncreas.

Como saber se a dor é no pâncreas

A dor no pâncreas acontece na parte superior do abdômen e pode acontecer juntamente com outros sintomas, como:

  • Enjoo;
  • Vômitos;
  • Diarreia;
  • Perda do apetite;
  • Sensação de má digestão;
  • Sensação de barriga inchada;
  • Urina escura.

Além dos sintomas, para confirmar que a dor sentida é no pâncreas, é importante que o gastroenterologista seja consultado para que sejam indicados exames que avaliam a função desse órgão, como dosagem de amilase, lipase e gama-gt no sangue, além de exames de imagem, como ultrassonografia abdominal e tomografia computadorizada.

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