Distrofia simpática reflexa: o que é, sintomas e tratamento

Atualizado em agosto 2023

A distrofia simpática reflexa é uma condição que causa dor forte e repentina numa perna, pé, braço ou mão, sendo geralmente causada por traumatismos no local afetado, como queda ou fratura, por exemplo.

Nesta condição, também conhecida como síndrome da dor complexa regional, a dor é sentida como sendo muito mais forte do que o esperado, e pode ser acompanhada de outros sintomas como alterações na cor a na temperatura da pele, suor excessivo ou fraqueza.

O tratamento da distrofia simpática reflexa é feito pelo clínico geral, ortopedista ou reumatologista, que podem indicar o uso de remédios, fisioterapia ou terapia ocupacional.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas da distrofia simpática reflexa

Os principais sintomas da distrofia simpática reflexa são: 

  • Intensa dor em forma de queimação na região afetada;
  • Inchaço, que pode dificultar o uso de sapatos ou casacos;
  • Dor intensa que surge por estímulos que normalmente não causam dor, chamada alodínia;
  • Sensação de dor mais forte do que o esperado para o tipo trauma, conhecida como hiperalgesia;
  • Aumento da sensibilidade ao toque ou ao frio;
  • Mudança na cor da pele;
  • Aumento do suor e pele fria;
  • Surgimento de pêlos;
  • Rigidez nas articulações;
  • Tremores;
  • Espasmos musculares;
  • Fraqueza muscular, que dificulta os movimentos.

Além disso, é muito comum que pessoas com a distrofia simpática reflexa apresentem ansiedade ou piora da depressão já existente, afetando a qualidade de vida.

As mulheres são as mais afetadas e na maioria das vezes os locais do corpo mais atingidos são as pernas e os pés, embora os braços e as mãos possam ser afetados. Raramente os dois braços ou as duas pernas são afetadas ao mesmo tempo.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da distrofia simpática reflexa é feito pelo clínico geral, ortopedista ou reumatologista, através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde, traumas ou lesões recentes em alguma parte do corpo.

Geralmente, o diagnóstico da distrofia simpática reflexa é essencialmente clínico, no entanto, o médico pode solicitar exames de sangue, raio X, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, para descartar outras condições de saúde que podem ter sintomas semelhantes, como síndrome de Guillain-Barré, esclerose múltipla, porfiria ou poliomielite, por exemplo.

Possíveis causas

As causas da distrofia simpática reflexa ainda não são totalmente conhecidas, mas sabe-se que pode surgir por uma combinação de fatores genéticos, imunológicos, inflamatórios ou neurológicos.

Geralmente, os sintomas da distrofia simpática reflexa podem surgir, em situações como:

  • Acidentes;
  • Traumatismos;
  • Fraturas ou lesões ósseas;
  • Cirurgias;
  • Infarto;
  • Infecções;
  • Torção em alguma articulação.
  • Eventos estressantes, como brigas, mudanças de emprego ou de escola;
  • Situações como morte ou doença na família.

Geralmente, a distrofia simpática reflexa é mais frequente em pessoas que sofrem de depressão ou são instáveis emocionalmente, tendo quadro de manias e inseguranças. No entanto, essa síndrome também pode afetar crianças que geralmente mostram-se perfeccionistas.

Como é feito o tratamento

O tratamento da distrofia simpática reflexa deve ser feito com orientação do clínico geral, ortopedista ou reumatologista, que pode indicar:

  • Analgésicos, como ibuprofeno ou naproxeno;
  • Antidepressivos, como amitriptilina;
  • Anticonvulsivantes, como gabapentina;
  • Corticóides, como a prednisona;
  • Bisfosfonatos, como alendronato;
  • Bloqueio anestésico local, feito pelo médico.

Além disso, o médico deve indicar a terapia ocupacional ou fisioterapia, que devem ser feitas com a orientação do fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional, com o objetivo de ajudar a aliviar a dor, diminuir o inchaço e melhorar os movimentos.

A fisioterapia pode ser feita com uso de bolsas frias ou quentes, aparelhos de eletroestimulação, uso de bandagem para diminuição do inchaço, massagem, exercícios para melhorar a força, fortalecer os ossos e desinchar, drenagem linfática manual ou uso de fitas coladas à pele para melhora da circulação sanguínea.

A acupuntura também consegue bons resultados, podendo ser recomendada como parte complementar do tratamento indicado pelo médico e pelo fisioterapeuta.

Quando a pessoa afetada realiza o tratamento proposto é possível haver uma melhora dos sintomas logo nas primeiras 6 a 8 semanas de tratamento e normalmente a cura é atingida em cerca de 6 meses.