A colecistectomia é uma cirurgia que pode ser indicada pelo médico para tratar condições como pedra na vesícula, pancreatite biliar, colecistite e câncer de vesícula biliar, por exemplo.
Também conhecida como cirurgia de vesícula, a colecistectomia pode ser feita com a técnica videolaparoscópica ou aberta, que varia de acordo com o tipo de problema a ser tratado e a sua gravidade.
Leia também: Cirurgia de vesícula: como é feita e como é a recuperação tuasaude.com/cirurgia-de-vesiculaA colecistectomia é feita pelo cirurgião no hospital, com anestesia geral. A recuperação da colecistectomia dura de duas a 8 semanas, onde a pessoa deve manter a higienização adequada dos pontos e evitar atividades excessivas e levantamento de peso durante este período.
Quando a colecistectomia é indicada
A colecistectomia pode ser indicada em condições como:
- Pedra na vesícula;
- Colecistite;
- Pancreatite biliar;
- Discinesia biliar;
- Colecistite acalculosa.
A cirurgia de colecistectomia também pode ser indicada na presença de pólipos e em casos de câncer de vesícula biliar.
Leia também: 10 sintomas de problema na vesícula (com teste online) tuasaude.com/sintomas-de-problema-na-vesiculaSinais de colecistectomia
Embora este termo não existe cientificamente, os sinais de colecistectomia correspondem aos sintomas de problemas na vesícula biliar apresentados pela pessoa e que podem indicar a necessidade desta cirurgia.
Assim, os sinais de colecistectomia podem incluir dor no lado direito da barriga, náuseas ou vômitos, febre, pele amarelada e perda do apetite. Veja outros sintomas de problemas na vesícula biliar.
Preparo da colecistectomia
O preparo para a colecistectomia inclui uma avaliação médica completa, por meio de exames físicos, de sangue e de imagens, para avaliar o estado de saúde da pessoa e escolher o melhor tipo de cirurgia.
Antes da cirurgia, o médico também pede à pessoa para não fumar e interromper o uso de alguns medicamentos. No dia da cirurgia, a pessoa não pode comer ou beber por 6 horas ou mais, conforme orientação do médico.
Como é feita a colecistectomia
A colecistectomia pode ser feita de 2 formas:
1. Colecistectomia videolaparoscópica
A colecistectomia videolaparoscópica, ou colecistectomia vip, é feita conforme a seguir:
- O médico ou enfermeiro deita a pessoa de costas em uma maca;
- Administração antibióticos e/ou antitrombóticos intravenosos;
- Aplicação de anestesia geral, para a pessoa dormir durante a cirurgia e não sentir dor ou desconforto;
- O cirurgião faz um pequeno corte perto do umbigo e mais duas ou três pequenas incisões na parte superior direita do abdome;
- Bombeamento de gás dióxido de carbono para dentro do abdome, para criar espaço e permitir ao cirurgião visualizar a área;
- Inserção do laparoscópio, que é um instrumento com câmera e luz, através de um dos cortes para transmitir imagens para um monitor;
- Retirada da vesícula biliar, utilizando ferramentas cirúrgicas finas através das outras incisões;
- Fechamento dos cortes com pontos ou clipes.
Este tipo de cirurgia pode ser indicada para pessoas com pedra na vesícula, colecistite, pancreatite biliar, colecistite acalculosa, discinesia biliar e pólipos.
2. Colecistectomia aberta
A colecistectomia aberta, também chamada de colecistectomia convencional, também é feita com a administração de anestesia geral e alguns medicamentos antes da cirurgia.
Entretanto, diferente da colecistectomia videolaparoscópica, neste tipo de procedimento o cirurgião faz um corte maior no lado direito da barriga, para remover a vesícula.
Este tipo de cirurgia é indicado principalmente em casos de suspeita de câncer de vesícula biliar, inflamação grave da vesícula, sangramento descontrolado e dificuldades para identificar a anatomia biliar, por exemplo.
Como é a recuperação
A recuperação completa da colecistectomia videolaparoscópica pode levar cerca de duas semanas. Já a recuperação e uma colecistectomia aberta geralmente leva de 6 a 8 semanas.
Durante o período de recuperação, a pessoa pode apresentar sintomas como dor, diarreia ou prisão de ventre, gases e náuseas.
Cuidados no pós-operatório
No pós-operatório, os cuidados recomendados pelo médico incluem manter os pontos ou clipes bem higienizados e evitar atividades excessivas e levantamento de peso durante a recuperação.
É importante também fazer algumas mudanças na dieta, com o apoio do nutricionista, que deve ser inicialmente baixa em gordura, rica em frutas, vegetais e grãos integrais, para ajudar a evitar sintomas como gases, dor abdominal e diarreia.
Leia também: Dieta para quem retirou a vesícula: o que comer e o que evitar tuasaude.com/o-que-comer-depois-de-retirar-a-vesiculaRiscos de uma colecistectomia
Os possíveis riscos da colecistectomia são:
- Vazamento de bile;
- Pancreatite;
- Formação de hérnia;
- Lesão nos órgãos próximos;
- Hipercapnia;
- Enfisema subcutâneo;
- Colangite e estenose do ducto biliar.
Além disso, a colecistectomia aberta também pode causar perfuração colônica, que é a formação de um buraco na parede do cólon, no intestino grosso.
Por isso, deve-se entrar em contato com o médico imediatamente na presença de sintomas como febre, dor excessiva ou crescente na barriga, inchaço ou secreção no local dos pontos, náuseas e vômitos persistentes, urina escura ou fezes claras, pele e olhos amarelados ou ausência de evacuação por 3 dias.
Leia também: Qual o risco de morte na cirurgia de vesícula? tuasaude.com/medico-responde/risco-de-morte-na-cirurgia-de-vesiculaSíndrome pós-colecistectomia
A síndrome pós-colecistectomia é uma possível complicação da colecistectomia aberta.
Nesta síndrome, a pessoa pode apresentar sintomas de longo prazo, como náuseas, má digestão, refluxo, gases e inchaço, diarreia, dor abdominal e peles e olhos amarelados.
A síndrome pós-colecistectomia pode ser provocada por doenças digestivas prévias não diagnosticadas, pedras da vesícula presas nos ductos ou formação de novos cálculos, problemas nas funções do trato biliar ou complicações cirúrgicas.