Colecistectomia: o que é, quando é indicada (e como é feita)

A colecistectomia é uma cirurgia que pode ser indicada pelo médico para tratar condições como pedra na vesícula, pancreatite biliar, colecistite e câncer de vesícula biliar, por exemplo.

Também conhecida como cirurgia de vesícula, a colecistectomia pode ser feita com a técnica videolaparoscópica ou aberta, que varia de acordo com o tipo de problema a ser tratado e a sua gravidade.

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A colecistectomia é feita pelo cirurgião no hospital, com anestesia geral. A recuperação da colecistectomia dura de duas a 8 semanas, onde a pessoa deve manter a higienização adequada dos pontos e evitar atividades excessivas e levantamento de peso durante este período.

Imagem ilustrativa número 1

Quando a colecistectomia é indicada

A colecistectomia pode ser indicada em condições como:

  • Pedra na vesícula;
  • Colecistite;
  • Pancreatite biliar;
  • Discinesia biliar;
  • Colecistite acalculosa.

A cirurgia de colecistectomia também pode ser indicada na presença de pólipos e em casos de câncer de vesícula biliar.

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Sinais de colecistectomia

Embora este termo não existe cientificamente, os sinais de colecistectomia correspondem aos sintomas de problemas na vesícula biliar apresentados pela pessoa e que podem indicar a necessidade desta cirurgia.

Assim, os sinais de colecistectomia podem incluir dor no lado direito da barriga, náuseas ou vômitos, febre, pele amarelada e perda do apetite. Veja outros sintomas de problemas na vesícula biliar.

Preparo da colecistectomia

O preparo para a colecistectomia inclui uma avaliação médica completa, por meio de exames físicos, de sangue e de imagens, para avaliar o estado de saúde da pessoa e escolher o melhor tipo de cirurgia.

Antes da cirurgia, o médico também pede à pessoa para não fumar e interromper o uso de alguns medicamentos. No dia da cirurgia, a pessoa não pode comer ou beber por 6 horas ou mais, conforme orientação do médico.

Como é feita a colecistectomia

A colecistectomia pode ser feita de 2 formas:

1. Colecistectomia videolaparoscópica

A colecistectomia videolaparoscópica, ou colecistectomia vip, é feita conforme a seguir:

  1. O médico ou enfermeiro deita a pessoa de costas em uma maca;
  2. Administração antibióticos e/ou antitrombóticos intravenosos;
  3. Aplicação de anestesia geral, para a pessoa dormir durante a cirurgia e não sentir dor ou desconforto;
  4. O cirurgião faz um pequeno corte perto do umbigo e mais duas ou três pequenas incisões na parte superior direita do abdome;
  5. Bombeamento de gás dióxido de carbono para dentro do abdome, para criar espaço e permitir ao cirurgião visualizar a área;
  6. Inserção do laparoscópio, que é um instrumento com câmera e luz, através de um dos cortes para transmitir imagens para um monitor;
  7. Retirada da vesícula biliar, utilizando ferramentas cirúrgicas finas através das outras incisões;
  8. Fechamento dos cortes com pontos ou clipes.

Este tipo de cirurgia pode ser indicada para pessoas com pedra na vesícula, colecistite, pancreatite biliar, colecistite acalculosa, discinesia biliar e pólipos.

2. Colecistectomia aberta

A colecistectomia aberta, também chamada de colecistectomia convencional, também é feita com a administração de anestesia geral e alguns medicamentos antes da cirurgia.

Entretanto, diferente da colecistectomia videolaparoscópica, neste tipo de procedimento o cirurgião faz um corte maior no lado direito da barriga, para remover a vesícula.

Este tipo de cirurgia é indicado principalmente em casos de suspeita de câncer de vesícula biliar, inflamação grave da vesícula, sangramento descontrolado e dificuldades para identificar a anatomia biliar, por exemplo.

Como é a recuperação

A recuperação completa da colecistectomia videolaparoscópica pode levar cerca de duas semanas. Já a recuperação e uma colecistectomia aberta geralmente leva de 6 a 8 semanas.

Durante o período de recuperação, a pessoa pode apresentar sintomas como dor, diarreia ou prisão de ventre, gases e náuseas.

Cuidados no pós-operatório

No pós-operatório, os cuidados recomendados pelo médico incluem manter os pontos ou clipes bem higienizados e evitar atividades excessivas e levantamento de peso durante a recuperação.

É importante também fazer algumas mudanças na dieta, com o apoio do nutricionista, que deve ser inicialmente baixa em gordura, rica em frutas, vegetais e grãos integrais, para ajudar a evitar sintomas como gases, dor abdominal e diarreia.

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Riscos de uma colecistectomia

Os possíveis riscos da colecistectomia são:

  • Vazamento de bile;
  •  Pancreatite;
  • Formação de hérnia;
  • Lesão nos órgãos próximos;
  • Hipercapnia;
  • Enfisema subcutâneo;
  • Colangite e estenose do ducto biliar.

Além disso, a colecistectomia aberta também pode causar perfuração colônica, que é a formação de um buraco na parede do cólon, no intestino grosso.

Por isso, deve-se entrar em contato com o médico imediatamente na presença de sintomas como febre, dor excessiva ou crescente na barriga, inchaço ou secreção no local dos pontos, náuseas e vômitos persistentes, urina escura ou fezes claras, pele e olhos amarelados ou ausência de evacuação por 3 dias.

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Síndrome pós-colecistectomia

A síndrome pós-colecistectomia é uma possível complicação da colecistectomia aberta.

Nesta síndrome, a pessoa pode apresentar sintomas de longo prazo, como náuseas, má digestão, refluxo, gases e inchaço, diarreia, dor abdominal e peles e olhos amarelados.

A síndrome pós-colecistectomia pode ser provocada por doenças digestivas prévias não diagnosticadas, pedras da vesícula presas nos ductos ou formação de novos cálculos, problemas nas funções do trato biliar ou complicações cirúrgicas.

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