Coceira na vagina: 12 causas comuns (e o que fazer)

Atualizado em outubro 2023

A principal causa de coceira na vagina é a alergia na região íntima, geralmente causada pelo uso de produtos íntimos ou calcinhas de material sintético. No entanto, a coceira vaginal também pode ser também causada por candidíase, infecções sexualmente transmissíveis (IST's) ou câncer vaginal, por exemplo.

Além da coceira, as mulheres podem também ter outros sintomas como vermelhidão e/ ou inchaço do local, placas esbranquiçadas na vagina, corrimento, cheiro intenso, dor ou queimação urinar e presença de pequenas bolinhas na vagina.

Na presença de coceira na vagina, principalmente se estiver acompanhada por outros sintomas, é importante consultar um ginecologista, para identificar a causa e iniciar o melhor tratamento, que pode envolver a realização de banho de assento, uso de pomadas e/ ou de antibióticos.

O que causa coceira na vagina

Para descobrir qual a possível causa da sua coceira vaginal, por favor responda às seguintes questões:

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Além da coceira, você também tem corrimento?

É importante lembrar que esta ferramenta serve apenas como orientação para tentar identificar a possível causa da coceira. Por esse motivo não deve substituir a consulta com o médico, que é o único profissional capaz de confirmar o diagnóstico e recomendar o tratamento adequado.

1. Candidíase

A candidíase é uma infecção causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida albicans, que acontece quando o sistema imunológico está enfraquecido ou quando ocorrem alterações no pH da região íntima, causando coceira, ardência, e corrimento branco com textura semelhante a nata ou leite talhado. Saiba como identificar os sintomas da candidíase.

O que fazer: o tratamento para candidíase normalmente é feito com o uso de pomadas antifúngicas ou medicamentos orais, receitados pelo ginecologista, como clotrimazol e miconazol, além de ser recomendado dormir sem roupa íntima e lavar a região genital somente com água e sabonete neutro.

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2. Alergias

O cloro, presente na água da banheira ou na piscina; o látex, presente na camisinha; o gel lubrificante; alguns sabonetes e até alguns tecidos, como lycra ou microfibra, são compostos que podem causar alergias, levando ao surgimento de coceira e outros sintomas, como sensação de queimação, vermelhidão ou inchaço na vagina.

O que fazer: o tratamento das alergias deve ser feito sob orientação do ginecologista que vai avaliar as possíveis causas e indicar o remédio mais adequado, podendo incluir corticoides e antialérgicos. É importante também evitar usar camisinhas com corante, aromatizante e látex, e usar calcinhas de algodão, por ser um material que não causa alergia e irritação na região íntima.

No entanto, para tratar a alergia ao sêmen, é recomendado usar preservativo em todas as relações sexuais, para evitar o contato direto com o esperma. Outro tratamento que pode ser recomendado pelo ginecologista, é a dessensibilização, onde o médico insere pequenas porções de sêmen, a cada 20 minutos, na vagina da mulher para que o organismo passe a reconhecer e aceitar o esperma. Saiba o que é e como tratar a alergia ao sêmen.

3. Infecções sexualmente transmissíveis

Algumas infecções sexualmente transmissíveis, ou IST's, como a tricomoníase, as verrugas vaginais ou a herpes genital, também podem causar coceira na vagina. Entenda os principais sintomas de IST na mulher.

O que fazer: quando a coceira surge após a relação sexual sem uso de preservativo, é recomendado passar por uma consulta com um ginecologista, para que sejam feitos exames e indicar o tratamento mais adequado, que pode incluir o uso de antibióticos e antivirais.

4. Vaginose bacteriana

A vaginose bacteriana é uma infecção que surge pelo desequilíbrio na flora vaginal, que pode ser causado pelo uso de duchas vaginais, alterações hormonais e pela presença de uma IST, por exemplo, e que favorecem o crescimento de bactérias ruins na vagina, levando ao surgimento de coceira e outros sintomas, como vermelhidão e corrimento com forte odor. Conheça outros sintomas da vaginose bacteriana.

O que fazer: para combater a vaginose bacteriana, o ginecologista geralmente recomenda o uso de antibióticos, que podem ser em forma de pomada para aplicar no local ou comprimidos orais. Além disso, é recomendado também usar preservativo durante as relações e evitar consumir bebidas alcoólicas.

5. Vaginite atrófica

Sendo mais comum durante a menopausa, a amamentação e durante o uso de remédios para tratar o câncer, a vaginite atrófica é uma inflamação na vagina causada pela diminuição do hormônio estrogênio no organismo, que causa sintomas, como coceira, corrimento com cheiro forte e dor ou queimação ao urinar. Veja como é a vaginite atrófica.

O que fazer: o tratamento da vaginite atrófica deve ser indicado pelo ginecologista, que poderá recomendar o uso do hormônio estrogênio, na forma de creme ou de comprimidos, de lubrificantes e de medicamentos analgésicos.

6. Vaginose citolítica

A vaginite citolítica acontece quando o número de lactobacilos, naturalmente presentes na vagina, aumentam muito, diminuindo o pH da região e causando sintomas parecidos com os da candidíase, como coceira, corrimento esbranquiçado, com textura semelhante a nata ou leite talhado e sem cheiro. Veja outros sintomas da vaginose citolítica.

O que fazer: para tratar a vaginose citolítica, o ginecologista pode indicar supositório vaginal, duchas ou banhos de assento com bicarbonato de sódio, para reduzir a quantidade de lactobacilos e aumentar o pH vaginal. Saiba como fazer o banho de assento com bicarbonato de sódio para vaginose citolítica.

7. Líquen plano

O líquen plano é uma doença inflamatória causada por uma reação do sistema imunológico a alguns medicamentos, produtos químicos ou estresse, causando coceira e ardência na vagina. Entenda o que é e conheça outros sintomas do líquen plano.

O que fazer: o tratamento do líquen plano deve ser feito com um dermatologista, ou ginecologista, que poderá indicar o uso de remédios antialérgicos, corticoides e psicoterapia, em casos de estresse.

8. Líquen escleroso

O líquen escleroso é uma doença de pele causada por uma inflamação, relacionada com fatores genéticos e imunológicos, e que pode causar o surgimento de sinais e sintomas, como coceira, irritação, descamação e bolhas na vagina. Veja todos os sintomas do líquen escleroso.

O que fazer: para combater o líquen escleroso, o médico poderá recomendar o uso de pomadas com corticoide e outras medidas, como evitar coçar a região genital, usar roupas de algodão e lavar a vagina somente com água e sabão neutro.

9. Câncer na vulva

O câncer na vulva é um tipo de câncer que acontece na área externa da vagina e que pode causar sintomas como coceira, dor, sangramentos fora do período menstrual, surgimento de feridas, caroço ou verrugas e alteração na cor e textura da vulva.

O que fazer: para tratar essa doença, o oncologista pode recomendar tratamentos, como radioterapia, quimioterapia ou cirurgia.

10. Dermatites

As dermatites são doenças inflamatórias causadas pela produção elevada de sebo na vulva ou pelo contato com produtos, como sabonete e perfumes, que causam irritação no local, levando ao surgimento de coceira, vermelhidão e descamação na vulva.

O que fazer: o tratamento varia de acordo com o tipo de dermatite, podendo ser indicado o uso de pomadas com corticoides e antifúngicos. Além disso, o médico também pode recomendar algumas medidas caseiras, como manter a vagina bem limpa e seca e evitar tomar banho com água muito quente, por exemplo.

11. Psoríase genital

A psoríase genital é uma doença autoimune que afeta a pele da vulva, a parte externa da vagina, causando o surgimento de coceira intensa e manchas avermelhadas, com descamação e com aspecto ressecado. Saiba o que é e como é o tratamento da psoríase genital.

O que fazer: para combater a psoríase genital, o médico pode indicar o uso de pomadas com corticoides e remédios de uso oral para diminuir a inflamação da pele.

12. Menopausa

A menopausa pode causar coceira na vagina e na região da vulva devido à diminuição do nível de estrogênio circulante, o que faz com que exista uma alteração na barreira que mantém a integridade da pele da área genital e diminuição da quantidade de secreções vaginais, resultando em ressecamento da região, irritação e coceira na região.

O que fazer: para tratar a coceira na vagina na menopausa, o ginecologista pode indicar a realização de reposição hormonal, o que ajuda a diminuir os sintomas desse período, além de cremes ou géis para hidratar a zona íntima. Além disso, é indicado utilizar roupa íntima de algodão e evitar roupas muito apertadas, já que podem provocar sudorese excessiva da região, piorando a coceira.

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Como evitar a coceira na vagina

Para evitar a coceira na vagina e na vulva é indicado:

  • Usar roupa íntima de algodão, evitando materiais sintéticos que não deixam a pele respirar e facilitam o crescimento de fungos;
  • Manter uma boa higiene íntima, lavando diariamente somente a região da vulva, diariamente e após as relações sexuais, com sabonete neutro;
  • Evitar o uso de calças muito justas, para impedir o aumento da temperatura na região íntima;
  • Trocar o absorvente a cada 4 ou 5 horas, porque a vagina fica em contato direto e constante com fungos e bactérias presentes na região íntima;
  • Usar preservativo durante as relações, para evitar a contaminação com as ISTs.

Estes cuidados ajudam também a aliviar a irritação local e a diminuir a coceira, quando já existe. É recomendado também evitar o consumo de alimentos com muito açúcar, como doces, bolos, geleias, refrigerantes e sorvetes.

Veja com a nutricionista Tatiana Zanin algumas dicas da alimentação para tratar a coceira:

youtube image - Como CURAR NATURALMENTE a candidíase