O câncer nos rins, também conhecido por câncer renal, é um tipo relativamente comum de câncer que afeta principalmente homens entre 55 e 75 anos de idade, provocando sintomas como presença de sangue na urina, dor constante no fundo das costas ou aumento da pressão arterial, por exemplo.
Geralmente, o tipo de câncer no rim mais comum é o carcinoma celular renal, que pode ser facilmente curado com cirurgia, se identificado precocemente. Porém, se o câncer já tiver desenvolvido metástases, o tratamento pode ser mais difícil, podendo ser necessário fazer outros tratamentos, como radioterapia, além da cirurgia.

Sintomas de câncer no rim
Os sinais e sintomas de câncer no rim são pouco comuns na fase inicial da doença, mas à medida que há progressão do câncer, podem surgir alguns sintomas, sendo os principais:
- Sangue na urina;
- Inchaço ou massa na região abdominal;
- Dor constante no fundo das costas;
- Cansaço em excesso;
- Perda de peso constante;
- Febre baixa constante.
Além disso, como os rins são responsáveis por regular a pressão arterial e a produção de eritrócitos, também é comum uma alteração brusca nos valores da pressão arterial, assim como um aumento ou uma redução acentuada do número de eritrócitos no exame de sangue.
Caso surjam estes sintomas é importante consultar um clínico geral ou um nefrologista para avaliar se existe algum problema que possa estar causando os sintomas e, caso aconteça, identificar o câncer numa fase precoce, facilitando o tratamento.
Como confirmar o diagnóstico
Para avaliar o que está acontecendo nos rins e analisar a hipótese de câncer, o médico pode pedir vários exames como ultrassom, raio X do tórax, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, por exemplo.
O ultrassom, normalmente, é o primeiro exame a ser pedido, pois ajuda a identificar e avaliar possíveis massas e cistos no rim, que possam indicar câncer. Já os outros exames, podem ser feitos para confirmar o diagnóstico ou estadiar a doença.

Como é feito o tratamento
O tratamento do câncer no rim depende do tamanho e desenvolvimento do tumor, mas as principais formas de tratamento incluem:
1. Cirurgia
É feita em quase todos os casos e ajuda a remover a parte afetada do rim. Por isso, quando o câncer é identificado numa fase inicial, a cirurgia pode ser a única forma de tratamento necessária, uma vez que pode ser capaz de remover todas as células cancerígenas e curar o câncer.
Já nos casos mais avançados de câncer, a cirurgia pode ser usada juntamente com a radioterapia, por exemplo, para reduzir o tamanho do tumor e facilitar o tratamento.
2. Terapia biológica
Neste tipo de tratamento são usados remédios, como Sunitinib, Pazopanib ou Axitinib, que fortalecem o sistema imune e facilitam a eliminação das células do câncer.
Porém, este tipo de tratamento não é eficaz em todos os casos e, por isso, o médico pode precisar fazer varias avaliações durante o tratamento para adequar doses e, até, interromper o uso destes medicamentos.
3. Embolização
Esta técnica, normalmente, é utilizada em casos mais avançados de câncer quando o estado de saúde da pessoa não permite fazer cirurgia, e impede a passagem de sangue para a região afetada do rim, fazendo com que morra.
Para isso, o cirurgião insere um pequeno tubo, conhecido como cateter, na artéria da virilha e guia-o até ao rim. Depois, injeta uma substância que permite fechar os vasos sanguíneos e impedir a passagem do sangue.
4. Radioterapia
A radioterapia normalmente é usada em casos de câncer com metástase, pois utiliza radiação para atrasar o desenvolvimento do câncer e evitar que as metástases continuem crescendo.
Este tipo de tratamento geralmente é usado antes da cirurgia para tornar o tumor menor e fácil de remover, ou depois, para eliminar as células cancerígenas que não conseguiram ser retiradas com a cirurgia.
Embora seja necessário apenas poucos minutos de tratamento todos os dias, a radioterapia tem vários efeitos colaterais como cansaço excessivo, diarreia ou sensação de estar sempre doente.
Quem tem maior risco
O câncer de rim, além de ser mais comum em homens após os 60 anos, também é mais frequente em pessoas com:
- IMC superior a 30 Kg/m²;
- Pressão arterial alta;
- Histórico familiar de câncer de rim;
- Doenças genéticas, como síndrome de Von Hippel-Lindau;
- Fumantes;
- Obesidade.
Além disso, quem precisa fazer tratamento com diálise para filtrar o sangue, devido a outros problemas nos rins, também tem maior risco de desenvolver este tipo de câncer.