Câncer de vulva: o que é, sintomas, causas e tratamento (tem cura?)

O câncer de vulva é um tumor que pode afetar os grandes e pequenos lábios, o clitóris e a região ao redor do orifício vaginal e da uretra. Entre seus fatores de risco estão a infecção pelo HPV e o líquen escleroso.

Existem diferentes tipos de câncer de vulva e embora possam causar sintomas como alteração da cor e espessura da pele, dor ou ferida na região genital, alguns casos apresentam poucos ou nenhum sintoma. 

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Em caso de suspeita de câncer de vulva, é importante consultar um ginecologista para uma avaliação detalhada e iniciar o tratamento mais apropriado, que geralmente envolve a remoção do tumor por meio de cirurgia.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de câncer de vulva

Os principais sintomas do câncer de vulva incluem:

  • Coceira nas partes íntimas;
  • Vermelhidão no local;
  • Dor ou queimação;
  • Espessamento da pele;
  • Nódulo ou massa palpável no local;
  • Sangramento;
  • Surgimento de ínguas na virilha.

Além disso, alterações na pele, como verrugas, feridas ou lesões em forma de placa, também podem surgir no câncer de vulva. 

Em casos avançados, os sintomas podem ser mais perceptíveis e afetar outras partes do corpo, como dor na perna ou na virilha, inchaço dos pés ou pernas, perda de peso e cansaço intenso.

No entanto, algumas mulheres apresentam pouco ou nenhum sintoma, o que pode dificultar o diagnóstico.

Diagnóstico do câncer de vulva

O diagnóstico normalmente é feito pelo ginecologista, através da avaliação dos sintomas, do exame físico e da biópsia, que confirma a presença do tumor e identifica seu tipo. Entenda melhor para que serve uma biópsia.

Em caso de suspeita de câncer de vulva, marque consulta com o ginecologista mais próximo da sua região:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Além disso, outros exames podem ser solicitados pelo médico, como ressonância magnética, tomografia computadorizada e PET/CT, para ajudar a avaliar a extensão do tumor e identificar se o câncer se espalhou para outros órgãos ou linfonodos.

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Estadiamento do câncer de vulva

O estadiamento do câncer de vulva depende do tamanho do tumor e dos órgãos afetados, e consiste em 4 estágios:

  • Estágio I: o tumor afeta apenas a vulva;
  • Estágio II: além da vulva, o tumor afeta o ânus ou a parte inferior da uretra ou da vagina;
  • Estágio III: o tumor afeta linfonodos próximos da virilha;
  • Estágio IV: quando outras regiões do corpo como parte superior da uretra ou vagina, órgãos mais profundos ou mesmo distantes do local do tumor estão envolvidos.

Esta classificação é importante porque ajuda na decisão do tratamento mais adequado para cada pessoa.

Possíveis causas

O câncer de vulva pode ser causado por infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) ou por alterações crônicas da vulva, como o líquen escleroso, associadas a mutações genéticas. Entenda o que é HPV.

O risco de desenvolver a doença é maior em mulheres fumantes, que já fizeram radioterapia ou que possuem o sistema imunológico enfraquecido, como ocorre no caso de HIV ou uso de medicamentos imunossupressores.

Além de geralmente, acomete mulheres na pós-menopausa, com idade mediana de 68 anos.

Tipos de câncer de vulva

Os principais tipos de câncer de vulva são:

  • Carcinoma de células escamosas: é o tipo mais comum e geralmente está relacionado à infecção pelo HPV ou dermatoses crônicas, como líquen escleroso e líquen plano;
  • Carcinoma basocelular: embora aconteça devido à exposição ao sol, também pode surgir na pele da vulva mesmo que a região não tenha sido exposta;
  • Doença de Paget extramamária: pode surgir a partir de glândulas de suor na vulva ou como manifestação de um tumor em outras regiões do corpo;
  • Melanoma vulvar: embora raro, pode ocorrer a partir das células que dão cor à pele, os melanócitos; 
  • Carcinoma verrucoso: pode desenvolver-se na pele da vulva e ter a aparência de uma verruga;
  • Sarcoma: é um tipo raro que se desenvolve a partir de tecidos mais profundos da pele, como os músculos, por exemplo;
  • Adenocarcinoma: pode surgir a partir de glândulas presentes na vulva, como as glândulas de Bartholin.

Embora existam muitos tipos de câncer de vulva e os sintomas possam variar de um tipo para o outro, o mais comum é o carcinoma de células escamosas. 

Como é feito o tratamento

O tratamento depende do tipo de tumor e estadiamento do câncer de vulva, mas geralmente envolve:

1. Cirurgia

A cirurgia é o tratamento mais comum nos estágios iniciais do câncer de vulva, sendo os procedimentos mais comuns:

  • Vulvectomia local, que remove apenas o tumor com uma margem de segurança. Utilizada em tumores pequenos e iniciais; 
  • Vulvectomia parcial, que retira apenas parte da vulva, preservando ao máximo a anatomia e a função;  
  • Vulvectomia radical, cirurgia que remove toda a vulva afetada, incluindo tecido mais profundo. Indicada em tumores mais avançados:
  • Vulvectomia radical, sendo uma opção mais conservadora em alguns casos.

Em muitos casos, também é necessário avaliar os linfonodos da virilha por meio da biópsia do linfonodo sentinela ou da linfonodectomia inguinal, para verificar se houve disseminação da doença.

2. Radioterapia

A radioterapia pode ser usada depois da cirurgia, para reduzir o risco do câncer de vulva voltar, especialmente quando as margens estão próximas ou quando há comprometimento dos linfonodos.

Leia também: Radioterapia: o que é, para que serve e efeitos colaterais tuasaude.com/radioterapia

Em tumores mais avançados, pode ser usada antes da cirurgia para diminuir o tamanho do tumor ou como tratamento principal quando a cirurgia não é possível.

3. Quimiorradiação

A quimiorradiação combina radioterapia com pequenas doses de quimioterapia, que funciona como um “reforço” para aumentar o efeito da radiação.

É geralmente indicada em tumores mais avançados ou que não podem ser operados inicialmente. Essa abordagem pode reduzir o tumor e permitir cirurgia mais conservadora ou, em alguns casos, evitar a cirurgia radical.

4. Terapia Sistêmica

Em casos em que o câncer se espalha para fora da pelve, o foco do tratamento passa a ser o controle dos sintomas e o prolongamento da qualidade de vida, onde são utilizados medicamentos como quimioterápicos, terapias alvo e imunoterapia. Veja quando é indicada a imunoterapia.

Esses tratamentos ajudam a controlar o crescimento do tumor quando ele já está em órgãos distantes ou quando retorna após outros tratamentos.

Câncer de vulva tem cura?

O câncer de vulva pode ter cura, especialmente quando é descoberto e tratado nos estágios iniciais. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores são as chances de tratamento eficaz e de recuperação. 

Mesmo nos casos mais avançados, há opções de cirurgia, radioterapia e outros tratamentos que podem controlar a doença e melhorar a qualidade de vida.

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