Bicho geográfico: o que é, sintomas, transmissão e tratamento

Atualizado em janeiro 2023

Bicho geográfico é o nome popular da infecção por larva migrans, um parasita que podem ser transmitido através das fezes de cães e gatos contaminados. Os sintomas incluem pontos vermelhos na pele, coceira que piora à noite e inchaço na pele.

Os ovos do bicho geográfico podem entrar no organismo por meio de feridas ou cortes na pele, e penetrar na camada superior da pele, formando túneis avermelhados, semelhantes a um mapa sobre a pele.

Na maioria dos casos, a larva é eliminada naturalmente do organismo cerca de 4 a 8 semanas após a infecção, mas é importante fazer o tratamento de acordo com a recomendação do clínico geral ou dermatologista para evitar complicações na pele e aliviar os sintomas da doença.

Imagem ilustrativa número 4

Sintomas de bicho geográfico

Os principais sintomas de bicho geográfico são:

  • Pequeno ponto ou bolinha vermelha na pele;
  • Coceira intensa na pele, que piora à noite;
  • Linhas vermelhas e tortuosas na pele;
  • Sensação de movimento por baixo da pele;
  • Inchaço na pele.

Na forma ativa da doença, é comum observar que a lesão vai avançando cerca de 1 cm por dia na pele, e logo que seja identificada deve-se iniciar o tratamento.

Os sintomas podem surgir minutos ou semanas após o contato com o parasita, já que a larva pode permanecer dormente no organismo por alguns dias até começar a liberar secreções e deslocar-se na pele.

Os locais mais frequentes do aparecimento dos sintomas são os pés, mãos, joelhos e nádegas, já que entram mais facilmente em contato com o chão contaminado e, consequentemente, com a larva infectante.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do bicho geográfico é feito pelo clínico geral ou dermatologista, no caso de adultos, ou pediatra, no caso de crianças, através da avaliação da pele, histórico de saúde, histórico de viagens ou contato com cães ou gatos.

Como acontece a transmissão

O bicho geográfico é transmitido através do contato com o solo infectado com os ovos do parasita, que são liberados no ambiente quando cães e gatos infectados liberam as fezes. Assim, quando a pessoa anda descalço ou quando mexe no solo e depois coloca as mãos na boca, por exemplo, é possível haver a transmissão do bicho geográfico.

Ciclo de vida do bicho geográfico

Os gatos e cachorros são considerados hospedeiros definitivos do bicho geográfico e são infectados quando entram em contato com larvas presentes no ambiente de Ancylostoma braziliensis ou Ancylostoma caninum. Essa larvas, no intestino, desenvolvem-se até a fase adulta e liberam ovos, que são eliminados nas fezes dos animais.

No ambiente, o ovo eclode e libera larvas que desenvolvem-se até a sua fase infectante e que entra no organismo humano por meio de feridas na pele ou através do folículo capilar, e permanece na pele, levando ao aparecimento dos sintomas da infecção.

Como é feito o tratamento

Na maioria das vezes, a infecção desaparece após algumas semanas após a morte das larvas, no entanto, para diminuir a duração e aliviar os sintomas, o médico pode indicar alguns tratamentos, como:

  • Aplicação de compressa de gelo sobre a pele, para ajudar a aliviar a coceira e o inchaço;
  • Tiabendazol, na forma de solução tópica ou pomada, de 2 a 3 vezes por dia, durante 5 a 10 dias;
  • Albendazol, tiabendazol ou ivermectina, na forma de comprimidos, nos casos de infecção grave ou múltiplas lesões na pele;
  • Crioterapia com nitrogênio líquido, laser de dióxido de carbono ou spray de cloreto de etila, aplicados sobre a pele pelo médico.

Geralmente os sintomas do bicho geográfico reduzem cerca de 2 a 3 dias após o início do tratamento, sendo importante seguir o tratamento até o fim para garantir que a larva é completamente eliminada do corpo. Entenda como é feito o tratamento para bicho geográfico.

Prevenção do bicho geográfico

Uma das formas de evitar a contaminação com o bicho de pé é não andar descalço, em nenhum tipo de terreno, seja no asfalto, na grama ou na areia. No entanto, esta recomendação é mais difícil de seguir na praia e em parques e, por isso, é importante evitar as praias onde tenham animais domésticos como cachorros, por exemplo.

Em casa, os cães e gatos devem tomar remédios antiparasitários todos os anos, para que não possuam esses parasitas e não liberem ovos nas fezes, evitando, assim, a contaminação das pessoas.