O baricitinib é um remédio que reduz a resposta do sistema imunológico, diminuindo a ação de enzimas que promovem a inflamação e o surgimento de lesões nas articulações nos casos de artrite reumatoide moderada a grave. Dessa forma, este remédio é capaz de aliviar os sintomas de artrite, como dor, rigidez e inchaço das articulações.
Além disso, o baricitinib está aprovado pela ANVISA para ser usado no tratamento da COVID-19 em adultos internados que estão precisando receber oxigênio por máscara, cateter nasal ou que precisam de alto fluxo de oxigênio ou ventilação não-invasiva, pois age diminuindo a inflamação e os danos nas células provocados pelo coronavírus.
Esse remédio é fornecido pelo SUS na forma de comprimidos de 2 ou 4 mg, com o nome comercial Olumiant, e deve ser usado somente com orientação do médico, para o tratamento da artrite reumatoide quando outros remédios não foram eficazes para controlar os sintomas, ou para tratamento da COVID-19 em hospitais.

Para que serve
O baricitinib é indicado para o tratamento da dor, rigidez e inchaço das articulações causados pela artrite reumatoide moderada a grave, além de diminuir a evolução da doença e dos danos nos ossos e nas articulações, quando outros remédios não foram capazes de controlar ou diminuir os sintomas
Este medicamento pode ser usado sozinho ou em combinação com o metotrexato, no tratamento da artrite reumatoide, conforme indicação médica.
O baricitinib é recomendado para o tratamento da COVID-19?
O baricitinib pode ajudar a bloquear a entrada do novo coronavírus nas células e reduzir o tempo de recuperação e a mortalidade em casos moderados a graves, em adultos hospitalizados ou crianças com mais de dois anos de idade que necessitem de oxigênio, ventilação mecânica ou oxigenação por membrana extracorpórea.
Por isso, esse remédio teve seu uso aprovado nos Estados Unidos, pela FDA, para o tratamento da suspeita de COVID-19 ou infecção pelo SARS-CoV-2 confirmada por exames laboratoriais, devendo ser usado em combinação com o remdesivir, que é um antiviral.
No Brasil, o baricitinib está aprovado pela ANVISA para o tratamento da COVID-19, para ser usado apenas em adultos internados em hospitais que estejam precisando receber oxigênio por máscara, cateter nasal ou por alto fluxo, ou ventilação não-invasiva. Confira todos os medicamentos aprovados e em estudo para o Covid-19.
Como tomar
O baricitinib deve ser tomado por via oral de acordo com a indicação médica, sendo que a dose recomendada para tratamento da artrite reumatoide em adultos é de 1 comprimido de 2 mg ou 4 mg, uma vez por dia, antes ou após alimentação.
O comprimido deve ser tomado sempre no mesmo horário, mas no caso de esquecimento deve-se tomar a dose assim que lembrar e depois reajustar os horários de acordo com esta última dose, continuando o tratamento de acordo com os novos horários programados. Não dobrar a dose para compensar a dose esquecida.
Antes de iniciar o tratamento com baricitinib, o médico deve indicar a realização de exames para se certificar de que não tem tuberculose ou outras infecções.
Possíveis efeitos colaterais
Alguns dos efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer durante o tratamento com baricitinib são reação alérgica aos componentes do comprimido, náusea ou aumento do risco de infecções que incluem tuberculose, infecções fúngicas, bacterianas ou virais como herpes simplex ou herpes zoster.
Além disso, o baricitinib pode aumentar o risco de desenvolvimento de linfoma, trombose venosa profunda ou embolia pulmonar.
É recomendado interromper o uso e procurar ajuda médica imediatamente caso surjam sintomas de alergia grave ao baricitinib como dificuldade para respirar, sensação de garganta fechada, inchaço na boca, língua ou rosto, ou urticária, ou se tomar o baricitinib em doses maiores do que as recomendadas para que seja feito acompanhamento dos efeitos colaterais. Saiba identificar os sintomas de reação alérgica grave.
Quem não deve usar
O baricitinib não deve ser usado por mulheres grávidas ou em amamentação, em casos de tuberculose ou infecções fúngicas como candidíase ou pneumocistose.
Este medicamento deve ser usado com precaução em pessoas que têm problemas de coagulação sanguínea, incluindo idosos, obesos, pessoas com histórico de trombose ou embolia ou pessoas que vão fazer algum tipo de cirurgia e necessitem ficar imobilizadas. Além disso, deve-se ter cautela também no caso de pessoas com insuficiência hepática ou renal, anemia ou em pessoas com o sistema imunológico debilitado, que podem necessitar de ajuste de dose pelo médico.