A trombose na gravidez surge quando se forma um coágulo de sangue que obstrui uma veia ou artéria, impedindo que o sangue passe através desse local.
O tipo de trombose mais comum na gravidez é a trombose venosa profunda (TVP) que ocorre nas pernas. Isso acontece, não só por causa das mudanças hormonais da gravidez, mas também devido à compressão do útero na região pélvica, que dificulta a circulação de sangue nas pernas.
Se acha que pode estar com sinais de trombose nas pernas, selecione o que está sentindo para saber o seu risco:

O que fazer em caso de suspeita de trombose
Na presença de qualquer sintoma que possa fazer suspeitar de trombose, a grávida deve ligar imediatamente para o 192 ou ir ao pronto-socorro, já que a trombose é uma doença grave, que pode causar embolia pulmonar na mãe caso o coágulo se desloque até os pulmões, gerando sintomas como falta de ar, tosse com sangue ou dor no peito.
Já quando a trombose surge na placenta ou no cordão umbilical, geralmente não há sintomas, mas a diminuição dos movimentos do bebê pode indicar que algo está errado com a circulação sanguínea, sendo, também importante procurar atendimento médico nesta situação.
Tipos mais comuns de trombose na gravidez
A grávida tem um risco de 5 a 20 vezes maior de desenvolver trombose do que outra pessoa, sendo que os tipos mais comuns incluem:
- Trombose venosa profunda: é o tipo mais comum de trombose, e afeta mais frequentemente as pernas, apesar de poder surgir em qualquer região do corpo;
- Trombose hemorroidária: pode surgir quando a grávida tem hemorroidas e é mais frequente quando o bebê tem um peso muito elevado ou durante o parto, causando intensa dor na região anal e sangramento;
- Trombose na placenta: causado por coágulo nas veias da placenta, podendo provocar aborto nos casos mais graves. O principal sinal deste tipo de trombose é a diminuição dos movimentos do bebê;
- Trombose no cordão umbilical: apesar de ser uma situação muito rara, este tipo de trombose acontece nos vasos do cordão umbilical, impedindo o fluxo de sangue ao bebê e causando, também, redução dos movimentos do bebê;
- Trombose cerebral: provocada por um coágulo que chega até o cérebro, provocando sintomas de AVC, como falta de força num lado do corpo, dificuldade para falar e boca torta, por exemplo.
A trombose na gravidez, embora rara, é mais frequente em gestantes com idade superior a 35 anos, que já tiveram episódio de trombose numa gravidez anterior, estão grávidas de gêmeos ou que têm excesso de peso. Esta condição é perigosa, e quando identificada, deve ser tratada pelo obstetra com injeções de anticoagulantes, como a heparina, durante a gestação e 6 semanas após o parto.

Como é feito o tratamento
A trombose na gravidez tem cura, e o tratamento deve ser indicado pelo obstetra e, normalmente, inclui o uso de injeções de heparina, que ajudam a dissolver o coágulo, diminuindo o risco de formação de novos coágulos.
Na maior parte dos casos, o tratamento para trombose na gravidez deve ser mantido até ao final da gestação e até 6 semanas após o parto, pois durante o nascimento do bebê, seja por parto normal ou cesárea, as veias abdominais e pélvicas das mulheres sofrem lesões que podem aumentar o risco de formação de coágulos.
Como evitar a trombose na gravidez
Alguns cuidados para evitar a trombose na gravidez são:
- Utilizar meias de compressão desde o início da gestação, para facilitar a circulação sanguínea;
- Fazer exercício físico leve regular, como caminhadas ou natação, para melhorar a circulação do sangue;
- Evitar ficar mais de 8 horas deitada ou mais de 1 hora sentada;
- Não cruzar as pernas, pois dificulta a circulação de sangue nas pernas;
- Ter uma alimentação saudável, pobre em gordura e rica em fibras e água;
- Evitar fumar ou conviver com pessoas que fumam, porque a fumaça do cigarro pode aumentar o risco de trombose.
Estes cuidados devem ser feitos, principalmente, pela grávida que teve trombose na gravidez anterior. Além disso, a gestante deve informar o obstetra que já teve trombose, para iniciar o tratamento com injeções de heparina, se necessário, de forma a prevenir o surgimento de uma nova trombose.