Pressão alta na gravidez: sintomas, causas, riscos e tratamento

Atualizado em maio 2023

A pressão alta na gravidez é o aumento da pressão acima de 140/90 mmHg, podendo causar sintomas como dor de cabeça, náuseas, dor na barriga, visão embaçada ou inchaço do corpo.

As causas de pressão alta durante a gestação podem estar relacionadas com uma alimentação desequilibrada ou má formação da placenta. Além disso, a mulher tem maior risco de ter pressão alta na gravidez quando está grávida pela primeira vez, tem mais de 35 anos, é obesa e diabética.

Normalmente, a pressão arterial fica mais baixa na primeira metade da gestação, voltando ao normal ou podendo até subir ligeiramente na segunda metade da gravidez e mais perto do parto. Por isso, se a gestante tiver pressão alta, principalmente depois das 20 semanas de gestação, deve consultar imediatamente o obstetra.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de pressão alta na gravidez

Os principais sintomas de pressão alta na gravidez são:

  • Dor de cabeça constante, especialmente na nuca;
  • Dor na barriga;
  • Visão embaçada ou aumento da sensibilidade à luz;
  • Náuseas ou vômitos;
  • Ganho de peso repentino;
  • Inchaço de partes do corpo, como pernas ou braços;
  • Diminuição da quantidade de urina e da vontade de urinar.

A pressão alta na gravidez nem sempre causas sintomas, no entanto, pode ser detectada pelo obstetra durante o acompanhamento pré-natal.

No caso da grávida apresentar sintomas da pressão alta é recomendado ir ao hospital o mais rápido possível para iniciar o tratamento adequado e evitar complicações graves.

A pressão alta na gravidez é perigosa?

A pressão alta na gravidez pode ser perigosa, uma vez que pode levar ao desenvolvimento de pré-eclâmpsia, uma complicação grave que pode provocar o aborto caso não seja tratada adequadamente com alimentação equilibrada ou medicação. Entenda o que é pré-eclâmpsia e como identificar.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da pressão alta na gravidez é feito pelo obstetra através da medição da pressão arterial no consultório. 

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A pressão alta na gravidez é considerada leve quando apresenta uma medida entre 140/90 e 149/99 mmHg, moderada quando está entre 150/100 e 159/109 mmHg, e grave quando igual ou maior que 160/110 mmHg.

Possíveis causas

A causa exata da pressão alta na gravidez não é totalmente conhecida, mas algumas condições podem aumentar o risco do seu desenvolvimento, como:

  • Pressão alta preexistente;
  • Doença renal;
  • Diabetes mellitus;
  • Obesidade;
  • Apneia obstrutiva;
  • Trombofilia;
  • Insuficiência vascular;
  • Doenças autoimunes.

Além disso, mulheres com histórico anterior de pré-eclâmpsia ou síndrome de HELLP, ou histórico familiar de pressão alta na gestação, têm um risco aumentado de desenvolver pressão alta na gravidez.

Outros fatores pode podem aumentar o risco são idade materna maior que 35 anos, gestação gemelar ou múltiplas gestações, por exemplo.

Tipos de pressão alta na gravidez

Os principais tipos de pressão alta na gravidez são:

1. Hipertensão crônica

A hipertensão crônica é a pressão alta que surge antes da gravidez ou durante as primeiras 20 semanas de gestação.

Esse tipo de hipertensão, pode aumentar o risco de pré-eclâmpsia no 2º ou 3º trimestres da gravidez.

2. Hipertensão gestacional

A hipertensão gestacional normalmente ocorre após as 20 semanas de gestação ou próximo ao parto, sendo caracterizada pela pressão alta, sem a presença de proteínas na urina ou doenças renais ou cardíacos.

Geralmente, esse tipo de pressão alta na gravidez desaparece após o parto, mas em alguns casos a mulher pode desenvolver hipertensão crônica.

3. Pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia é um tipo de pressão alta na gravidez grave caracterizada por aumento da pressão arterial repentina e presença de proteínas na urina, podendo afetar a placenta, cérebro, rins, fígado ou rins. Saiba identificar os sintomas da pré-eclâmpsia

Esse tipo pode ocorrer após as 20 semanas de gestação em mulheres que não tinham pressão alta antes da gravidez ou que já tinham hipertensão crônica.

A pré-eclâmpsia pode aumentar o risco de eclâmpsia, que é uma complicação grave da gravidez, que pode colocar a vida da mulher e do bebê em risco.  

Como é feito o tratamento

O tratamento da pressão alta na gravidez deve ser feito com orientação do obstetra podendo ser recomendado repousar bastante durante o dia, beber 2 a 3 litros de água por dia e fazer uma alimentação equilibrada com pouco sal ou alimentos industrializados.

Além disso, o médico pode recomendar praticar exercício físico leve, como caminhada, yoga ou hidroginástica, 2 a 3 vezes por semana, e evitar beber mais do que um café por dia.

Porém, nos casos em que a pressão não diminui com estes cuidados, o obstetra pode recomendar o tratamento com remédios para pressão alta. 

Já nos casos mais graves, a grávida pode ter de deixar de trabalhar ou ficar internada no hospital, evitando o desenvolvimento de eclâmpsia. Saiba quais são os remédios para controlar a pressão alta e quais são indicados para a grávida.  

Dieta para controlar a pressão

A dieta para pressão alta na gravidez deve ser pobre em sal, rica em ácido fólico, pois tem ação vasodilatadora, ajudando a baixar a pressão arterial, e rica em água, para evitar o acúmulo de líquidos e aliviar a pressão dentro dos vasos. Veja os remédios caseiros para pressão alta na gravidez.

Para saber se o aumento de peso na gravidez está saudável, insira seus dados na calculadora a seguir:

semanas
Erro
cm
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Atenção: Esta calculadora não é adequada em caso de gravidez múltipla.

Riscos da pressão alta na gravidez

Os principais riscos da pressão alta na gravidez são:

  • Problemas no fígado, rins, placenta ou cérebro;
  • Diminuição do fluxo sanguíneo, oxigênio e nutrientes para o bebê;
  • AVC;
  • Problemas de coagulação sanguínea;
  • Descolamento prematuro da placenta;
  • Restrição de crescimento fetal;
  • Parto prematuro;
  • Baixo peso do bebê ao nascer.

Além disso, a pressão alta na gravidez aumenta o risco de pré-eclâmpsia que pode evoluir para eclâmpsia, causando convulsões, coma e até morte da mãe e do bebê.

Nos casos em que não se consegue baixar a pressão arterial, mesmo com os remédios prescritos pelo obstetra, o parto deve ser induzido para evitar o risco de morte.

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