Tratamento para clamídia: remédios e sinais de melhora

Revisão médica: Drª. Sheila Sedicias
Ginecologista
março 2021

O tratamento para clamídia é feito com o uso de antibióticos de acordo com a orientação do médico. Durante o tratamento recomenda-se que a pessoa não tenha nenhum tipo de contato íntimo e que seu parceiro também siga o mesmo tratamento para evitar novas infecções pelo agente causador da doença.

A clamídia é uma doença infecciosa causada pela bactéria Chlamydia trachomatis e que pode ser transmitida durante a relação sexual. A infecção por essa bactéria muitas vezes não causas nenhum sintoma, sendo importante que a mulher realize exames ginecológicos de rotina pelo menos 1 vez ao ano, assim como os homens devem ir ao urologista.

Além disso, para evitar não só a clamídia mas também outras doenças sexualmente transmissíveis, é importante usar preservativo em todas as relações sexuais, pois quando a clamídia não é identificada e tratada, a bactéria pode espalhar-se pelos outros órgãos pélvicos e causar danos irreversíveis, como por exemplo a infertilidade. Entenda o que é a Clamídia.

Imagem ilustrativa número 1

Remédios para clamídia

Os medicamentos mais indicados para o tratamento da clamídia são a Azitromicina, que pode ser tomada em dose única, ou a Doxiciclina, que deve ser tomada por 7 dias ou de acordo com a orientação do médico. Outros remédios que podem ser indicados para o tratamento da clamídia são Eritromicina, Tetraciclina, Ofloxacina, Rifampicina, Sulfametoxazol e Tetraciclina, que devem ser tomados de acordo com a recomendação médica.

Durante a gravidez, o tratamento da infecção deve ser feito com Azitromicina ou Eritromicina.

O medicamento indicado pelo ginecologista ou urologista deve ser tomado na dose e durante os dias por ele indicados e durante este período é aconselhado não ter contato íntimo e tomar os remédios até a data prescrita mesmo que os sintomas desapareçam antes dessa data. Além disso, os parceiros também devem ser tratados mesmo que não tenham sintomas, já que esta é uma doença que só passa de uma pessoa para outra através da relação sexual sem camisinha.

Durante o tratamento com antibióticos é possível que surjam efeitos colaterais relacionados ao medicamento, como por exemplo a diarreia, Caso isso aconteça, deve-se continuar com o medicamento, mas é indicado que a pessoa tome um repositor da flora intestinal como UL 250, por exemplo. Confira outras estratégias para combater a diarreia causada por antibióticos.

Sinais de melhora ou piora

Nas pessoas que apresentam sintomas de infecção por Chlamydia trachomatis os sinais de melhora podem ser observados após o segundo ou terceiro dia de tratamento. No entanto, em quem é assintomático pode ser mais difícil observar qualquer sinal de melhora, embora não indique que a pessoa não esteja sendo curada. Por isso, é importante nesses casos realizar cultura microbiológica da região genital para verificar a presença ou ausência da bactéria. Saiba reconhecer os sintomas de clamídia.

O aumento da gravidade dos sintomas ou surgimento de complicações, como a infertilidade por exemplo, podem ser observados nas pessoas que não realizam o tratamento da clamídia corretamente.

Possíveis complicações

As complicações da clamídia quando a doença não é tratada corretamente e são:

  • Infertilidade;
  • Doença inflamatória pélvica;
  • Inflamação da uretra;
  • Aderências pélvicas;
  • Salpingite, que corresponde à inflamação crônica das trompas uterinas;
  • Dor pélvica crônica;
  • Gravidez ectópica;
  • Obstrução nas trompas.

Além disso, no homem também pode haver a síndrome de Reiter, que é caracterizada pela inflamação da uretra, conjuntivite grave, chamada de Tracoma, artrite e lesões localizadas nos órgãos genitais. Entenda o que é a Síndrome de Reiter.

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Escrito por Marcela Lemos - Biomédica. Atualizado por Manuel Reis - Enfermeiro, em março de 2021. Revisão médica por Drª. Sheila Sedicias - Ginecologista, em fevereiro de 2016.
Revisão médica:
Drª. Sheila Sedicias
Ginecologista
Médica mastologista e ginecologista formada pela Universidade Federal de Pernambuco, em 2008 com registro profissional no CRM PE 17459.