O tratamento para água no pulmão, também conhecido como edema pulmonar, tem como objetivo manter os níveis adequados de oxigênio circulantes, evitando o surgimento de complicações, como parada respiratória ou falha de órgãos vitais. Por isso, é importante que a pessoa seja encaminhada ao hospital assim que houver suspeita de acúmulo de líquidos nos pulmões.
O tratamento normalmente consiste na utilização de máscaras de oxigênio e medicamentos que ajudam a eliminar o excesso de líquidos do organismo e restaurar a circulação de oxigênio. Além disso, em alguns casos pode ser indicada a realização de fisioterapia respiratória para fortalecer os pulmões.

Como é o tratamento
Uma vez que os pulmões estão preenchidos de líquido e não conseguem absorver a quantidade suficiente de oxigênio, o tratamento deve ser iniciado com o fornecimento de grandes quantidades de oxigênio através de uma máscara facial.
Após isso, para que seja possível retirar a máscara de oxigênio e permitir que a pessoa volta a respirar normalmente, são administrados remédios diuréticos, como a Furosemida, que eliminam o excesso de líquidos através da urina, permitindo que os pulmões se voltem a encher com ar.
Quando este problema está causando muita dificuldade para respirar ou dor intensa, o médico pode ainda utilizar injeções de morfina diretamente na veia para deixar o paciente mais confortável durante o tratamento.
Fisioterapia para água no pulmão
Após o edema pulmonar, os pulmões podem perder alguma da sua capacidade para expandir, deixando de conseguir carregar grandes quantidades de ar. Dessa forma, o pneumologista pode recomendar algumas sessões de fisioterapia respiratória para melhorar a capacidade do pulmão e fortalecer os músculos respiratórios, através de exercícios indicados por um fisioterapeuta.
Estas sessões podem ser feitas até 2 vezes por semana, durante o tempo necessário para recuperar toda a capacidade pulmonar. Veja como é feita a fisioterapia respiratória.
Sinais de melhora e piora
Os primeiros sinais de melhora surgem alguns minutos ou horas após o início do tratamento e incluem diminuição da dificuldade para respirar, aumento dos níveis de oxigênio, redução da dor no peito e alivio do chiado ao respirar.
Por outro lado, quando o tratamento não é iniciado, podem surgir alguns sinais de piora que incluem agravamento do sintomas como sensação de afogamento, extremidades arroxeadas, desmaio e, nos casos mais graves, parada respiratória.
Como evitar que volte a acontecer
Quando os sintomas estão controlados e os níveis de oxigênio no corpo estão equilibrados é importante identificar qual o problema que está causando o acúmulo de líquido nos pulmões, pois, se esse problema não for tratado, os sintomas de água no pulmão podem voltar.
Na maior parte dos casos, a água no pulmão surge devido a um problema cardíaco não tratado, como a insuficiência cardíaca, no entanto alterações do sistema nervoso ou infecções nos pulmões também podem levar ao acúmulo de líquidos no pulmão. Conheça as principais causas de água no pulmão.
Dependendo da causa, o pneumologista pode ainda utilizar outros medicamentos como:
- Remédios para o coração, como nitroglicerina: alivia a pressão sobre as artérias do coração, melhorando o seu funcionamento e evitando o acúmulo de sangue nos pulmões;
- Remédios para pressão alta, como Captopril: reduzem a pressão arterial, facilitando o trabalho do coração e evitando o acúmulo de líquidos.
Quando a causa do edema pulmonar já é conhecida desde o início, em pessoas que têm problemas cardíacos há alguns anos, por exemplo, o tratamento pode ser feito com estes remédios desde o início, para acelerar a eliminação do excesso de líquidos.
Porém, no caso de pessoas que não tinham o diagnóstico de uma doença até ao surgimento dos sintomas de água no pulmão, o pneumologista poderá encaminhar para um cardiologista ou outra especialidade para iniciar o tratamento adequado do problema, evitando que volto a surgir um quadro de água no pulmão.