Transtorno do apego reativo: o que é, sintomas e tratamento

Atualizado em setembro 2021

O transtorno do apego reativo é um distúrbio que afeta especialmente bebês e crianças e que perturba sua forma de criar laços e relacionamentos.

Isso pode fazer com que a criança seja enxergada como fria, pouco carinhosa e emocionalmente desapegada, no entanto, na maior parte das vezes, tende a ser apenas uma defesa psicológica causada por situações traumáticas ou difíceis, como abandonado pelos pais ou violência doméstica.

Uma criança com transtorno de apego reativo não pode ser totalmente curada, porém com o acompanhamento certo ela pode se desenvolver normalmente, estabelecendo relações de confiança ao longo da sua vida. 

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

Alguns dos sintomas que podem indicar a presença desta síndrome em crianças, adolescentes ou adultos incluem: 

  • Sentimento de rejeição e abandono; 
  • Pobreza afetiva, demonstrando dificuldade em demonstrar carinho; 
  • Falta de empatia; 
  • Insegurança e isolamento; 
  • Timidez e afastamento; 
  • Agressividade em relação aos outros e ao mundo; 
  • Ansiedade e tensão.

Quando este transtorno surge no bebê, é comum o beber chorar, ter mau humor, evitar os carinhos dos pais, gostar de ficar sozinho ou evitar o contato visual. Um dos primeiros sinais de alerta para os pais é  quando a criança não faz diferenciação entre a mãe ou pai e aos estranhos, não existindo nenhuma afinidade especial, tal como seria esperado. 

O que causa o transtorno

Este transtorno surge geralmente na infância e pode ter diversas causas que incluem: 

  • Maus tratos ou abusos durante a infância; 
  • Abandono ou perda dos pais; 
  • Comportamento violentos ou hostis por parte dos pais ou dos cuidadores;
  • Mudanças repetidas dos cuidadores, por exemplo, mudar de orfanato ou de família várias vezes;
  • Crescer em ambientes que limitam a oportunidade de estabelecer apego, como instituições com muitas crianças e poucos cuidadores.

Este transtorno surge especialmente quando crianças com menos de 5 anos sofrem alguma separação da família, ou se forem vitimas de maus tratos, abusos ou negligência durante a infância. 

Como é o feito o tratamento

O transtorno do apego reativo necessita de ser tratado por um profissional treinado ou qualificado em distúrbios psicológicos, como é o caso de um psiquiatra ou psicólogo, que irá ajudar a criança a criar mecanismos que permitam desenvolver laços com a família e com a sociedade. 

Além disso, é muito importante que os pais ou responsáveis pela criança recebam também formação, aconselhamento ou terapia, para que possam aprenderem a lidar com a criança e com a situação. 

Nas crianças que vivem em orfanatos o acompanhamento das assistentes sociais também pode auxiliar na compreensão desse transtorno e estratégias para que ele possa ser vencido, fazendo com que a criança seja capaz de dar e receber afeto.