Teratoma no ovário: o que é, sintomas e tratamento

Atualizado em setembro 2022

O teratoma de ovário é um tipo de tumor que surge devido à proliferação de células germinativas, que são responsáveis por dar origem aos óvulos, podendo ser benigno ou maligno, sendo mais frequente em mulheres jovens. Geralmente, esse tipo de tumor não provoca qualquer sintoma, no entanto, pode causar dor ou aumento do volume abdominal, o que depende do seu tamanho ou se afeta estruturas ao redor dos ovários.

O teratoma no ovário, ao se desenvolver, pode ser composto por diversos tipos de tecidos diferentes, por isso, em sua estrutura pode haver pele, cartilagens, ossos, dentes e até pêlos. Conheça mais sobre o teratoma e principais características.

Esse tipo de tumor, geralmente é diagnosticado durante exames de rotina, no entanto, na presença de sintomas de teratoma no ovário é importante consultar o ginecologista para que possa ser feita uma avaliação, identificado o tipo de teratoma, e indicado o tratamento mais adequado.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de teratoma no ovário

Os principais sintomas de teratoma no ovário são:

  • Dor ou desconforto abdominal, especialmente na parte inferior do abdômen;
  • Sangramento uterino;
  • Inchaço abdominal;
  • Crescimento da barriga;
  • Aumento da frequência urinária;
  • Cansaço excessivo;
  • Fraqueza;
  • Náusea ou vômitos;
  • Febre.

Em muitos casos, o teratoma de ovário não provoca sintomas, e pode ser descoberto acidentalmente em exames de rotina. No entanto, quando o tumor cresce muito, produz líquidos ao seu redor, pode levar ao surgimento dos sintomas.

Além disso, quando o tumor cresce para fora do ovário, pode causar uma torção do ovário ou até ruptura do tumor, o que causa intensa dor abdominal, sendo necessário atendimento no pronto-socorro imediatamente.

Geralmente, o teratoma, assim como outros cistos no ovário, não provoca infertilidade, exceto se causar um comprometimento extenso do ovário, e na grande maioria das vezes a mulher pode engravidar normalmente.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do teratoma no ovário, é feito pelo ginecologista através de exames como ultrassom abdominal, ultrassom transvaginal ou tomografia computadorizada, por exemplo.

Além disso, pode solicitar a realização da dosagem da alfafetoproteína e do beta-HCG no sangue, pois normalmente os níveis encontram-se alterados em caso de teratoma, podendo também ser indicativos de malignidade.

Outro exame que o médico pode solicitar é uma biópsia do teratoma, para identificar se é benigno ou maligno, e assim indicar o tratamento mais adequado.

Tipos de teratoma no ovário

Os principais tipos de teratoma no ovário são:

  • Teratoma benigno: também conhecido como teratoma maduro ou cisto dermoide, é o tipo de teratoma que surge na maioria dos casos, e o seu tratamento é feito com a sua remoção por cirurgia;
  • Teratoma maligno: também chamado de teratoma imaturo, é um tipo de câncer que pode se disseminar para outros tecidos do corpo, e surge em cerca de 15% dos casos. O tratamento é feito com remoção do ovário afetado e quimioterapia.

A partir da avaliação das características do teratoma, idade da mulher e presença de sintomas, o médico pode indicar o melhor tipo de tratamento com o objetivo de prevenir complicações.

Possíveis causas

A causa exata do teratoma de ovário não é completamente conhecida, no entanto, acredita-se que pode surgir devido a alterações no processo de diferenciação das células germinativas primordiais durante o período embrionário na gestação.

Estas células germinativas são capazes de se diferenciar formando qualquer tipo de célula especializada no corpo, por isto, é comum que o teratoma ovariano contenha pêlos, dentes, cartilagens ou ossos, por exemplo.

Como é feito o tratamento

O tratamento para o teratoma no ovário depende da idade da mulher, fatores de risco associados, presença de sintomas e desejo de engravidar. Nos casos em que o teratoma não é grande, não provoca sintomas, não apresenta sinais de malignidade e não interfere na qualidade de vida da mulher, o médico pode indicar que seja feito apenas o acompanhamento.

No entanto, nos casos em que o teratoma no ovário é muito grande ou causa desconforto, pode ser indicada a realização de cirurgia para retirada do teratoma, preservando o ovário sempre que possível. Porém, em alguns casos, é necessário remover o ovário afetado completamente, especialmente se houver sinais de malignidade ou quando o ovário foi muito comprometido pelo tumor.

Na maioria das vezes, a cirurgia é feita por videolaparoscopia, um método mais prático, rápido e que torna a recuperação mais rápida. No entanto, caso haja suspeita e câncer ou o teratoma seja muito grande, pode ser necessária cirurgia aberta convencional. Além disso, caso seja confirmada a presença de um câncer, o médico poderá indicar quimioterapia para otimizar o tratamento.