Sistema nervoso autônomo: o que é, funções e doenças comuns

Atualizado em novembro 2022

O sistema nervoso autônomo é a parte do sistema nervoso que controla o funcionamento involuntário de órgãos, como o coração, bexiga e intestino, por meio de nervos que os conectam ao sistema nervoso central.

O sistema nervoso autônomo, ou SNA, é responsável por controlar a frequência cardíaca, eliminação da urina e movimentos do tubo digestório, por exemplo. Assim, quando ocorrem alterações no seu funcionamento, podem indicar doenças como transtornos de ansiedade, diabetes não controlada e tumores. 

Assim, em caso de suspeita de alterações no funcionamento do sistema nervoso autônomo, é importante consultar um neurologista ou clínico geral para que seja identificada a causa da alteração e, assim, ser possível iniciar o tratamento mais adequado.

Imagem ilustrativa número 1

Principais funções

As principais funções do sistema nervoso autônomo são:

  • Controlar o equilíbrio energético;
  • Regular a pressão arterial;
  • Controlar o fluxo de ar pelas vias aéreas;
  • Regular a temperatura do corpo;
  • Estimular ou interromper a secreção de glândulas no corpo;
  • Controlar a digestão de alimentos;
  • Aumentar ou diminuir a frequência cardíaca;
  • Controlar a eliminação de urina e evacuação;
  • Regular a atividade do sistema imunológico;
  • Controlar o funcionamento dos órgãos sexuais.

Assim, o sistema nervoso autônomo está envolvido no controle de praticamente todos os órgãos do corpo, sendo fundamental para manter o equilíbrio do seu funcionamento.   

Divisão do sistema nervoso autônomo

As principais divisões do sistema nervoso autônomo são:

Sistema nervoso simpático

O sistema nervoso simpático é a parte do sistema nervoso autônomo que quando estimulada aumenta a atividade do corpo e o seu estado de alerta, uma reação também conhecida como de “luta ou fuga”. 

Quando ativado, provoca o aumento da frequência cardíaca e pressão arterial, dilatação das pupilas e aumenta o fluxo de ar para os pulmões, por exemplo. 

Sistema nervoso parassimpático

O sistema nervoso parassimpático é a divisão do sistema nervoso autônomo que quando ativada provoca um estado de repouso no corpo e estimula a digestão. Esta atividade diminui a pressão arterial e frequência cardíaca, aumenta os movimentos intestinais e estimula a evacuação e eliminação de urina, por exemplo.

Diferenças entre sistema nervoso simpático e parassimpático

As principais diferenças entre o sistema nervoso simpático e parassimpático estão na tabela:

Característica Sistema nervoso simpático Sistema nervoso parassimpático
Funções

Dilatação das pupilas;

Aumento da frequência cardíaca; 

Vasoconstrição de pequenas artérias; 

Diminuição dos movimentos no tubo digestório; 

Diminuição das secreções para digestão; 

Retenção de urina; 

Ejaculação (homem).

Contração das pupilas; 

Diminuição da frequência cardíaca; 

Aumento dos movimentos no tubo digestório;

Aumento das secreções para digestão;

Liberação da urina; 

Ereção (homem).

Origem no sistema nervoso central Neurônios da região torácica e lombar da medula espinhal Neurônios do tronco encefálico e região sacral da medula espinhal
Localização dos gânglios nervosos Próximos à medula espinhal Próximos dos órgãos que controlam
Neurotransmissores envolvidos Acetilcolina e norepinefrina Apenas acetilcolina

Doenças comuns

São exemplos de doenças relativamente comuns que podem afetar o sistema nervoso autônomo:

  • Transtornos de ansiedade;
  • Diabetes não controlada;
  • Deficiência de vitamina B12;
  • Lesões na coluna;
  • Alguns tipos de dor de cabeça, como a cefaleia em salvas;

Além disso, doenças mais graves, como síndrome de Guillain-Barré, doença de Parkinson, HIV e tumores da medula espinhal, também podem afetar o sistema nervoso autônomo, prejudicando o seu funcionamento, o que é chamado de disautonomia. Entenda melhor o que é disautonomia.

Qual médico consultar

Em caso de suspeita de doenças afetando o sistema nervoso autônomo, é indicado consultar um neurologista ou clínico geral para uma avaliação. Dependendo da suspeita do médico, podem ser indicados exames como a dosagem de glicose ou vitamina B12 no sangue e tomografia computadorizada. Saiba quando procurar um neurologista e as doenças que trata.